Faz três meses que estou dentro um hospital, sem poder andar exceto para ir ao banheiro acompanhada de diversas enfermeiras. Mas, para sair daqui? Eu não posso, estou presa a esse quarto e para dizer a verdade, eu já não tenho mais esperança de sair daqui viva... Bailey, meu irmão diz que tenho que ter esperança, mas é uma das coisas que já não tenho desde que descobri que tenho um tumor cerebral.
Descobri quando tinha apenas vinte e três anos. Estava saindo da cafeteira quando tive um ataque de convulsão, eu não me lembro de nada daquele dia. Exceto de acordar em uma cama de hospital e ver meu irmão com os olhos avermelhados e cansados, aquilo foi de partir o meu coração. O doutor entrou logo em seguida e eu fiquei totalmente curiosa para saber o que tinha acontecido comigo, eu nunca havia passado mal ao ponto de ter convulsão, mas cheguei a ter dores de cabeça e uma dificuldade de mexer meu braço e a mão esquerda durante um tempo mas logo voltou. Naquele instante que o doutor disse que eu tinha um tumor cerebral que era maligno, meu mundo caiu e eu percebi que a de meu irmão também caiu. Tem dias que eu não consigo falar nada e nem entender o que estão falando, esqueço de pequenos detalhes que estão ao meu redor mas logo me recordo. Bailey, meu irmão mais novo ele tenta se manter forte e me dá esperanças de viver, já que a última maneira de eu sobreviver é fazendo uma cirurgia mas ainda sim corro risco de morte, então pra que tentar? Não iria sair viva daquela maca.
Me deram o prazo de vida até dois anos, acredito que esse seja o meu último viva e isso me assusta um pouco. Minha melhor amiga, Sabina sempre vem aqui me vê e sinto que ela está perdendo o chão ao me vê sempre. Eu já não sou a mesma, estou magra e fraca, as enfermeiras precisam me ajudar a se levantar já que eu sempre quase desmaio ou caio.
A única coisa que me permite viver, que me dá esperança. É o amor que sinto pelo meu ex-melhor amigo, Josh Plotnikova Beauchamp. Vocês já devem ter escutado falar dele, já que ele é um astro. Éramos amigos de infância e estudamos até o colegial, logo depois ele começou a sua carreira e nunca mais voltou para me vê ou nada do tipo. Não mantive contato, já que seu número havia mudado. Sabina me aconselhou a escrever cartas para ele, já que amá-lo me deixa viva e eu preciso estar viva por algum tempo a mais, ou melhor, eu preciso ter forças para viver.
Então eu comecei a escrever cartas para ele, Sabina e Noah me prometeram que iriam enviá-las após minha morte, mas houve um tempo que eu não conseguia escrever nada pois estava sem força e lá estava meu melhor amigo para me ajudar. Noah passava noites comigo, sempre escrevia para mim quando eu conseguia falar alguma coisa, já que tem dias que eu não consigo nem abrir a boca para falar direito.
No total deu quinze cartas, eu espero que ele consiga lê tudo e entenda o que eu sinto, ou sentia já que se algum dia ele me procurar eu já estarei sem vida. Mas uma vida eu tenho certeza, ele foi o primeiro cara que eu amei e será o último que eu amarei.
“Oi Josh, sou eu de novo. Essa deve ser décima sexta carta que você vai lê e eu sei que você vai pensar que é muito exagero. Mas gostaria de te contar uma coisa, promete que irá guardar segredo? Bom, sabe aquele dia no parque aquático que a gente foi junto com o colégio no 1°Colegial? Deve se lembrar, pois foi onde eu quase me afoguei e você estava lá para me salvar. Você foi o meu salva-vidas. Foi ali que eu percebi que eu precisava de você sempre, e que eu não seria nada sem você. Foi ali que eu percebi que você era o meu refúgio e principalmente a pessoa que me ajudaria a se levantar quando eu caísse e adivinha? O amor que eu sinto por você, ele que me salva nessa cama de hospital. Meu irmão diz que eu tenho que ter esperanças e que algum dia eu vou sair dessa cama e deste hospital, mas para ser realista acredito que sairei sem vida. Eu acho que já repeti isso umas trezentas vezes nas cartas anteriores. Ah, eu esqueci de te contar. Ontem, 06 de fevereiro eu dei uma engordado. Os doutores disseram que é um milagre, já que a doença me faz emagrecer cada vez mais, tirando minhas forças. É um bom começo né? Pelo menos a Sabina e o Noah diz também. Já não tenho mais o que falar Josh. Eu só queria poder ter encontrar e te abraçar, mas isso não será possível. Enfim, eu te amo minha calopsita para todo o sempre.
De sua moana Para meu calopsita “
- Pronto Bina – entrego minha carta sobre a sua mão – pode colocar no envelope e guardá-las junto com as outras.
- gosto de te vê animada Any – sorri – eu não vejo a hora de podermos visitar New York, a cidade que tanto sonhamos né?
- Eu não acho que irei sair tão cedo Bina... Esse é meu último ano viva – suspiro firme e olho para o teto para que não caia uma lágrima. Sinto meu braço e minha perna adormecer novamente – eu não sinto minha perna novamente.
- calma meu amor, vai passar – ela vem até mim e me abraça firme – eu nunca vou sair do seu lado minha princesa.
- obrigada – sussurro – você não sabe como me faz bem tê-la aqui – deixo uma lágrima escorrer – eu não quero morrer Bina.
- você não vai morrer – ela me tira de seus braços - ontem você conseguiu da uma engordada, conseguiu comer e não colocar nada pra fora. É um começo, para tudo há uma saída.
- eu queria ter essa sua esperança. – sorrio sem mostrar os dentes – eu só queria poder dormir tranquila, sem ter medo de acordar no dia e não entender nada que estão falando e poder falar sempre, sem errar uma palavra.
- calma – ela diz uma única palavra – um passo de cada vez. Seu corpo está reagindo bem aos novos medicamentos, isso é um grande passo.
- eu sei. – respiro firme – eu tenho a melhor amiga do mundo inteiro – ela começa a rir e eu a acompanho.
É a primeira vez que eu dou risada sem alguém me forçar. Deve ser um começo mesmo.
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É a minha primeira fanfic com este tema, então peço que sejam muito paciente sobre tudo isso tá?
Não me ataquem por isso está acontecendo com Any. É totalmente ficção e eu quis tentar buscar um assunto que se encontramos poucos nas fanfics.
"por favor, não seja leitores fantasmas. Comentem e de estrelas para que eu saiba que estão gostando."
