chapter nine

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13 𝓭𝓮 𝓯𝓮𝓿𝓮𝓻𝓮𝓲𝓻𝓸 𝓭𝓮 2027 - 8 𝓱𝓸𝓻𝓪𝓼 𝓭𝓪 𝓶𝓪𝓷𝓱𝓪

Nᴀʀʀᴀᴅᴏʀᴀ

Escapar da morte uma vez, já era aterrorizante, agora escapar da morte pela décima vez? Talvez esteja errada a contagem de quantas vezes Any entrou quase morrendo e saindo com vida. Já não bastava manter a calma, pois cada um que se encontrava naquela sala sabia que em algum momento não seria mais possível.

Em algum momento, o doutor chegaria e falaria uma coisa que todos temiam. "ela não resistiu". Talvez, só talvez Any deveria partir para que não sofresse mais. A cada dia que se passava, tinha total certeza que se machucaria e ficaria com hematomas da madrugada, o que fez com Bailey ficasse com medo mas saberia que a morte poderia ser o melhor para a sua irmã.

Já não aguentava mais que ela sofresse. Ele poderia aguentar? Talvez, mas seria difícil, mas ainda sim, vê-la toda triste e sem esperança era o que o machucava. Já não aguentava mais vê-la desse jeito, sem vida. Sua irmã não era desse jeito, tinha uma luz que iluminava todos.

- venha comer - Sofya o chamava pela décima vez. Ele não saia daquela porta por nada, com esperança de vê-la saindo e acompanharia ela até o quarto que ficava.

- eu não vou sair daqui - resmunga e ela se senta ao seu lado, pegando em sua mão.

Já fazia algum tempo que não se viam e nem conversavam mais. Já que o seu término não foi um dos melhores, mas sempre esclareceram que ficariam juntos e apoiando um ao outro.

- então, eu não vou sair daqui também - ele a olha com um pouco de luz sobre seus olhos. Amava te-la por perto, lembrava de quando tudo estava bem. - você não está mais sozinho. Eu não vou mais sair do seu lado.

- eu não aguento mais - desaba. Ele sempre foi alguém que conseguia se manter na linha quando estava perto de outras pessoas, mas, ninguém sabia que ele chorava quando entrava dentro de sua casa.

A casa estava vazia. Seus pais se foram e sua irmã não saia do hospital já fazia meses. O brilho e a felicidade de entrar lá, já não era o mesmo então, ou passava muito tempo só lado de Any ou trabalhava nas suas horas vagas para sustentar o tratamento que Any estava fazendo durante tempos.

- devo nem imaginar o quanto está sofrendo, bailey - as mãos macias de Sofya passava pelo rosto de Bailey enxugando cada lágrima que caia. Pareciam namorados ainda quem via de longe. - não finja ser esse homem forte, todos nós somos fracos mas não precisa se manter assim.

- e-eu sei - funga e ela o abraça. Amava o cheiro dele e sabia que nunca havia mudado, se pudesse beijaria ele neste momento. - eu senti tanto a sua falta, pequena.

- eu também senti a sua falta, baleia. - sabina havia feito aquele trocadilho com o nome de Bailey e pegou. Se tornando o apelido mais usado pelo casal.

- baleia, Sofya? - ela solta um pequeno riso fazendo com que ele soltasse um pequeno sorriso.

- eu consegui te fazer sorrir, olha - ela aponta para seus lábios e ele concorda com ela de uma forma. - falta agora te convencer de ir comer alguma coisa, né?

- eu não sei se quero comer - ele responde e ela faz um pequeno biquinho.

- Sofya - os dois olham para trás e havia cerca de cinco pessoas. Sendo acompanhadas por 2 mulheres e 3 homens.

Mʏ Mᴏsᴛ Pʀᴇᴄɪᴏᴜs Pᴏssᴇssɪᴏɴ Onde histórias criam vida. Descubra agora