uma vez por mês - S.W

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Quando sai da cama eu literalmente não podia imaginar que o dia seria tão caótico, mas deixe-me explicar. Bem, me chamo (s/n), tenho 16 anos, e sou uma caçadora, isso, caçadora. Não de servos, não de coelhos, mas sim de demônios, eu sei, você deve se perguntar por que inferno uma garota de 16 anos está caçando demônios, mas relaxe, tem os lobisomens, metamorfos, vampiros, fantasmas e toda merda mais.

Minha vida mudou completamente apenas quando tinha 10 anos, tão pequena tive que ver meu pai ser morto pelos malditos de olhos negros. Uma merda, porém, agora eu podia me considerar uma Winchester, John havia me "adotado", assim que soube da morte de meu pai. Agora eu viajava o país com os Winchesters, caçando, seguindo o negócio de minha e sua família.

Não era assim tão ruim, apesar de eu sentir falta de uma presença feminina, os garotos não eram tão ruins assim. Dean era engraçado e me tratava como sua irmã mais nova, e Sam... bem, Sam me tratava de uma maneira que nem eu sei explicar, mas é simplesmente perfeito. Após alguns anos de convivência, nos tornamos inseparáveis, compartilhando absolutamente tudo. Eu meio que tinha uma quedinha de, o que? Uns 100 metros pelo Winchester mais novo, mas nada que eu admitiria para ele.

– Hey (s/n) – Sam balança suas mãos a minha frente, me tirando do pequeno transe, retiro meus fones e o olho. – Dean está no mercado com papai, perguntou se você quer alguma coisa.

– Não, estou bem – respondo simples e ele apenas assente, falando algo no telefone e logo desligando.

– Então, como vai pequena? – ele se joga ao meu lado na cama do hotel, passando seu braço por meus ombros.

– Hey, não sou pequena, você é apenas 3 centímetros mais alto – dou um leve soco em sua coxa, o fazendo rir.

– Certo, certo, mas vai continuar sendo minha pequena – ele sorri divertido e posso sentir minhas bochechas esquentarem.

– Idiota – tento disfarçar e me levanto, rapidamente uma dor aguda surge na parte inferior de meu abdômen, como se agulhas o perfurassem. Merda.

Cambaleio para o lado tentando manter o equilíbrio, enquanto minhas mãos seguram minha barriga, me fazendo contorcer com a dor.

– Filho da... – novamente uma pontada vem, me fazendo quase perder o fôlego. Sam rapidamente se levanta, vindo até mim com um olhar preocupado.

– (s/n) você tá... Merda, você tá sangrando! – seus olhos se arregalam quando vão em direção a minhas calças, sangue descia pelo jeans no meio de minhas coxas.

Eu só podia pensar em uma coisa: Porra, eu vou morrer!

– Merda Sam! E agora? – pergunto assustada.

– Eu não sei! Você foi ferida?

– Não! – a dor parece cessar por um tempo, me fazendo respirar fundo, agradecendo a Deus.

– Eu vou ligar para o Dean! – ele avisa, pegando seu telefone. Apesar da vergonha de estar sangrando daquele lugar, não podia fazer muita coisa.

Após alguns minutos de ligação, Sam desliga o telefone, vindo até mim, que só sabia andar de um lado para o outro na sala.

Merda será que eu vou morrer?
Isso é uma doença?
Feitiço?

– Papai falou que está tudo bem, que isso é normal, eu não sei como.

– Eu estou sangrando por você sabe onde e ele me diz que é normal?! – altero meu tom ao sentir as dores voltando.

– Bem, pelo visto você está menstruada, ele disse que vai lhe comprar absorventes. — vem até mim, pousando suas mãos em meu ombro – Relaxe, estou aqui com você, nada de ruim vai acontecer.

Um leve sorriso dolorido sai de meus lábios, enquanto ele me abraça, minhas mãos envolvem seu ombro e ele acaricia meus cabelos.

– O que acha de pesquisar no google? – pergunta e eu assinto, curiosa, é claro.

Sam então pega seu notebook e se senta na cama, eu resolvo ficar em pé, sendo melhor não sentar na cama desse jeito.

– Bem, aqui diz que isso é normal e dura pouco... – avisa com seus olhos grudados na tela.

Okay, pouco, dura pouco... Pouco quanto?

– Também fala que acontece uma vez por mês – ele me olha, lançando uma pequena careta.

– O que!? Merda uma vez por mês!? – eu vou acabar surtando, certamente eu vou morrer por perca de sangue.

– Oh... – ele parece surpreso com algo que lê, mas eu já nem quero saber, é demais para mim.

Meus paços se tornam pesados no chão, andando em círculos basicamente, até que sinto Sam ao meu lado, me puxando para um abraço. Me surpreendo, parando e me permitindo me aconchegar em seus braços, passo a mão por seu cabelo enquanto descanso o rosto em seu pescoço.

Ele então se afasta um pouco, mas sem tirar suas mãos de mim, me roubando um rápido selinho. Isso sim é demais para mim!

– O-o que... – minha boca se abre e fecha, sem saber as palavras certas para expressar qualquer reação, apenas choque.

– O site diz que você precisa de carinho, isso eu posso te dar muito bem! – responde com suas bochechas coradas, olhando para qualquer canto que não fosse meus olhos.

– Com certeza! – afirmo, o puxando para mais um beijo.

×××

Eu realmente não sei se ficou muito bom kkk eu não sei descrever uma cólica, eu nunca tive muitas, então...

Espero que tenham gostado.

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