Pedido de imyournightmare64
Eu sei que você me pediu algo fofo e hot, maaaas, esta é a primeira coisa que escrevo com ele, me pareceu bom o resultado. Em breve farei outro do jeito que me pediu.
Personagem: Chuck Shurley
Palavras: 949
Avisos: linguagem e menção de abuso sexual.🌧
Seus pés balançaram e você encarava a chuva que caia do céu escuro, a via cair em poças que ficavam maiores a cada momento, ouvia os barulhos de carros passando bem ao fundo. O ar era frio e trazia uma sensação de melancolia, o coração apertado e a pele gelada. A rua onde se encontrava estava vazia, você havia se sentado no banco coberto, esperando o próximo ônibus chegar.
Não sabia exatamente o que pensar, os olhos estavam desfocados, não se concentrando em algo específico agora, a mente em branco. A água que vinha de vez enquanto com o vento, molhava aos poucos seu rosto, que mantinha as bochechas e lábios vermelhos, obra da baixa temperatura.
Você ouviu passos se aproximando mas não se incomodou em olhar, estava em um transe profundo, completamente perdida. Sem sentido.
- Vai ficar tudo bem - a voz masculina ecoou em sua cabeça, fazendo levemente você vira-la, encarando o homem ao lado.
A luz que saia do poste era um pouco fraca, a maior parte da iluminação vindo da lua, que brilhava no céu. O homem tinha olhos azuis, um cabelo castanho e barba da mesma cor, trazia consigo uma bolsa e um sorriso reconfortante. Você apenas o observou.
- Bem, eu acho que não. - seu rosto continuou sem emoção, enquanto ele ainda oferecia seu belo sorriso.
- Eu aposto que sim, eu ouvi uma vez que Deus não nos dá um fardo maior do que conseguimos carregar - ele soltou um pequeno riso anasalado - Interessante perspectiva, mas acho que é verdade.
Você sorriu de lado, achando o conselho um pouco engraçado.
- Acho que eu e o cara lá de cima não nos damos muito bem. - você confessou, ainda sorrindo sarcástica.
- Nunca é tarde para concertar as coisas. - ele se mexeu no banco, virando-se minimamente para você.
- Você é algum tipo de couch? - ele pareceu não entender, você levantou suas mãos, rindo um pouco. - Por que se for e estiver tentando me vender algum curso, porra, meus problemas não vão sumir com merda de auto-ajuda. - a expressão no rosto dele pareceu um pouco assustada, logo depois, divertida.
- Oh, não não, não é nada disso! Apenas, querendo ajudar. - ele tranquilizou. Seus ombros caíram e as mãos baixaram, assentindo, baixou a guarda um pouco.
- Agradeço, mas eu acho... que vou ter que encontrar meu caminho sozinha. - suspirou, olhando para a rua novamente. - Eu tenho tantos problemas que meus problemas tem problemas. - sorriu levemente, nitidamente cansada.
- Sinto muito por isso. - a voz era mais baixa que o normal, parecendo triste por você.
- Não sinta, você não tem culpa de nada. - olhou novamente para as poças, a chuva estava mais fraca.
- E de quem é? - ele praticamente sussurrou.
Você sentiu seus olhos marejarem, a visão ficando minimamente turva quando uma única lágrima caiu de seus olhos. Você sentiu o peso em seus ombros mais forte que nunca, e se pegou pela primeira vez falando sobre o assunto, já que estava sozinha na grande cidade.
- Eu não sei... Eu não tenho ninguém com que posso contar aqui, meu chefe me assedia e me ameaça falando que se eu abrir a boca perco meu emprego, e... Deus sabe o quanto eu preciso do emprego... - outra lágrima caiu, a dor sendo mais forte do que nunca. - Minha mãe me odeia... - sentiu que ele ia falar algo mas antes que pudesse o cortou. - E não adianta me falar que ela não me odeia, pode crer que sim, ela me disse isso pelo telefone hoje de manhã... - alguns segundos se passaram em silêncio, nem o barulho dos carros ao fundo eram ouvidos mais. - Então companheiro do ponto de ônibus, acha que Deus pode concertar isso? - você sorriu sarcástica, o olhando.
Céus, ele pôde ver a dor em seus olhos, sentiu vontade de te abraçar, vontade de tirar nem que fosse metade do sofrimento que sentia. Mas apenas a encarou, sem saber o que fazer.
- Eu não sei... - ele fechou os olhos brevemente. - Mas quem sabe eu possa. - sussurrou, enquanto abre a mochila, você olha confusa mas logo ele tira de lá uma caneta e papel, anotando algo. - Me ligue, posso arrumar um emprego para você, e quanto a parte de estar sozinha... posso ser seu amigo da cidade. - sorriu, entregando a você o papel, exitante, mas esperançosa, você o pegou.
- Chuck - leu baixinho, olhou para o homem e assentiu. - Bondade suspeita vindo de um homem com o mesmo nome que um boneco assassino. - sorriu, pela primeira vez ele viu verdade no gesto.
- Bem, em minha defesa, ele pegou meu nome, e não o contrário. - sorriu também, você assentiu, um pouco mais divertida.
Seu rosto se virou quando ouviu o ônibus se aproximar na rua, olhando para o homem, ele ainda sorria para você.
- Bem, acho que é aqui que nos despedimos, Chuck. - se levantou, estendendo a mão, que logo foi apertada por ele.
- Tchau (S/n), e me ligue. - ele avisou, você ergueu uma sobrancelha, se perguntando como ele sabia seu nome, mas preferiu não perguntar, talvez tivesse deixado escapar no meio da conversa sem perceber.
Assentindo você se afastou, andando para entrar no veículo, logo ao pagar e sentar, enquanto o ônibus andava, suspirou. Sentia que um peso havia saído de seus ombros, um alívio tomando seu corpo e era como se o ar fosse mais puro de se respirar agora.
Olhou pela janela, já não chovia mais.
Talvez as coisas melhorassem, afinal.
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Imagines Supernatural - 🌼
FanfictionQuem nunca imaginou uma história de amor com nossos meninos de supernatural? Venha se iludir com alguns imagines 🌼 PEDIDOS ABERTOS