nostalgia - D.W

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Personagem: Dean Winchester
Palavras: 2409
Avisos: nenhum.

🦋

- Vamos Morgan, atenda a porta enquanto a mamãe termina o jantar. - você pediu ao menino ao seu lado, seguido de um "sim mamãe", o pequeno saiu da cozinha, indo em direção a sala.

Você estranhou, não estava esperando visitas, na verdade, não tinha quem a visitar. Mas provavelmente seria uma vizinha querendo algo, ou talvez alguém perdido. Não deu tanta importância, o bairro era calmo e tinha que por sua atenção a panela a frente, não seria legal queimar a refeição.

- Sim, ela está, só um minuto senhor - você ouviu a voz de Morgan ao longe, conversando com a pessoa a porta.

- Querido, quem está aí? - você perguntou, a criança não veio ao seu encontro, mas respondeu ao longe.

- Eu não sei, mas ele tem um carro legal - você sorriu um pouco, dês de sempre ele amava todos os tipos de carro, mas principalmente os antigos. Seu gosto era refinado para uma criança que estava vendo coisas novas a todo tempo, suspeitava de ele ter sido influenciado por você, o belo mustang descansava na garagem.

Você se atrapalhou um pouco no processo de desligar o fogo e limpar as mãos. Ainda com um pano as secando, você andou em direção a sala, distraída, tentando arrumar os fios do cabelo.

Não esperava ver alguém a essa hora, sua aparência estava... peculiar, roupas simples, cabelo amarrado e com várias mechas saindo do lugar, o rosto um pouco cansado. Uma mulher diferente do que costumava ser, definitivamente diferente, a gravidez e a dificuldade de criar um filho sem nenhuma ajuda em uma cidade completamente nova. Não se arrependia de nada, apesar de não ser mais tão confiante em relação a aparência, apenas olhar para o rosto do menino e pronto, não tinha nada mais para se preocupar, todo o esforço valeu a pena.

- Pois não? - ao levantar o olhar para a pessoa, sentiu como se seus joelhos falassem. O ar foi arrancado de seus pulmões e podia saber que ficou pálida.
Havia um fantasma na sua porta, ou pelo menos, a sensação era essa. Dean Winchester, alguém do seu passado, alguém que você havia enterrado a sete palmos na sua memória. Alguém que você havia tentado esquecer a muito tempo atrás.

Ele te olhou e sorriu um pouco, parecendo envergonhado, ou desconfortável. Demorou pelo menos alguns segundos para você o analisar, tentando assimilar e aceitar, que ele estava ali, parado em sua porta.

Voltando para sua vida do nada, como se não houvesse terminado como terminou.

- M-Morgan, vá por as coisas... na mesa - pediu, mas seu olhar não conseguiu se desprender dos olhos verdes a sua frente.

A criança saiu para fazer o que foi pedido, mas não antes de passar ao seu lado, apertando sua mão em seus pequenos dedos, sussurrando um "fique bem". Você não pôde responder, ainda perplexa e confusa.

- Fale alguma coisa - ele falou, pela primeira vez. Sua memória a traindo e se recordando das incontáveis vezes em que apreciou imensamente essa voz.

- Falar o que? - o que poderia dizer? A três minutos atrás estava apenas cozinhando o jantar e... agora tinha Dean, aqui, depois de anos, na sua frente. O que poderia dizer? Seus dedos formigavam e seus sentidos pareceram se aprimorar, tudo ficando mais sensível, semelhante a uma droga.

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