Capítulo 32- Catarina

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"🖤"

Meu Deus Catarina, alguém atira em sua vó e você ai na cama com um cara quase desconhecido.
Não tem como não se sentir culpada com isso.

Entro no hospital caminhando até a sala em passos rápidos e quando abro a porta ela não esta ali. Apenas a Sienna, o Ravi e o Bruno que supreendentemente ta aqui segurando o Bento, então vou me ligando das coisas que aconteceram. As mensagens, o Bruno chegando com o Vicente. O Ravi...

Travo uma guerra de olhar com ele e a Sienna que me olham.

Catarina: Foi você não foi? - cruzo os braços e travo o olhar.

Ravi: Você ta maluca? - fingi não ter entendido.

Catarina: Você disse...foi você, e você deixou claro aquele dia- cuspo as palavras indo pra cima dele.

Ravi: Para de ser maluca. Eu não atiraria em ninguém assim. Eu falei apenas que não devolveria o Bento. - segura meus pulsos- Ela é importante para ele, e se ela é importante para o meu filho, também é pra mim.

Sienna: Até porque ele não é um objeto emprestado- grita- É do meu filho que vocês estão falando e da vó dele que acabou de levar um tiro dentro de um hospital particular.

Bruno segura em meus ombros e me empurra pra fora do quarto. Tento me debater, mas ele é mais forte. Nem percebo que ele deixa o Bento la dentro.

Bruno: Para com isso cara. Você põe a culpa de tudo nas pessoas. - fala olhando em meus olhos

Catarina: Você tem razão. É culpa minha. Tudo! Eu aceitar a proposta, ir para uma festa, trair meu namorado, me deitar com você e deixar minha vó morrer. - choro, porque no final sempre sou eu que erro.

Sinto seus braços me apertando, porque ele sempre tem que esta quando me sinto fraca? Eu não mereço alguém assim.

Bruno: também não é culpa sua. É natural da vida pregar uma dessa.

Catarina: Eu poderia ter prevenido. Na mensagem dizia pra não abrir a porta ou alguém estaria morto - me afasto

Bruno: O que? Que mensagem, Catarina?- se afasta

Catarina: As que eu te falei - explico

Bruno: Cadê o seu celular? - pego do bolso lhe entregando e ele vai até a porta do quarto abrindo- Sienna? Tem algumas mensagens estranhas no celular da Catarina- joga o celular pra ela e fecha a porta em seguida- O cara que eu falei que tava rondando a casa, pode ser ele

Catarina: E quem era? Olha não importa, eu só quero a minha vó

Bruno: Não sei quem era, ele estava com um capuz. A Jaqueta era da supreme.- fixo meus olhos atrás dele e a cada característica um frio me percorre, eu conheceria o retrato falado de qualquer forma.

Mas ele estava ali, apontando uma arma para nós dois, seus olhos avermelhados e um sorriso maldito. Você percebia o quanto ele se sentia contente com aquele momento.
Tudo em mim doía.

Era uma dor bem profunda, meu coração em caquinhos se destruía e mesmo que estivesse disposta a catar os momentos bons, um medo não deixava se quer tocar. Mas minha voz foi saindo aos poucos...

Catarina: O Nando - tremo e ele se vira olhando. - é muito rápido mas ele aponta a arma pra cima e atira- Aaaaah - Grito desesperada e quando ele aponta pro Bruno me movo entrando em sua frente.

Eu achava que ele não seria louco de atirar em mim. Afinal haveria um pingo de consideração. Então o Bruno me puxar outra vez pra trás de sí, escutamos sua voz maldita.

Nando: Sai da frente dessa vagabunda - atira na coxa dele e ele gruni de dor, meu coração lateja, não é possível que isso esteja acontecendo.

Escuto várias armas engatilhadas e me abaixo para tocar o Bruno. O Mascara, Ravi e Sienna estão com as armas apontadas. Atrás do Nando chega seguranças do hospital e provavelmente do Ravi.

Seguro o Bruno forte, e dessa vez ouço outros dois tiros, sinto o ardor em meus braços e quando olho pra trás ele também tem um tiro no ombro. Baleado ele cai de joelhos e o Ravi junto com a Sienna vão até ele.

Máscara: Foi de raspão- se abaixa pegando em meu braço. - Vai ficar bem.

Cata: Me desculpa Bruno. Você não tem nada a ver com isso e acabou... - ele nega

Bruno: Relaxa, ta tudo bem - me levanto com meu braço doendo muito "mesmo de raspão".
Meu pai ajuda o Bruno e a Isa abre a porta fechando atrás de si por causa do Bento.

Isa: Você ta bem? Meu Deus eu não estava pronta pra isso- choro em seu colo - não deixa eu te perder.

Catarina: Me desculpa. Só te passo dor de cabeça. Me desculpa, mas não me deixa- não sei porque falo isso, mas sinto medo, muito medo deles me deixarem.

Isa: Eu não vou te deixar nunca. Você foi a melhor coisa que me aconteceu- beija meu rosto ajeitando meus cabelos.

Catarina: isso tudo é culpa minha mãe, eu não queria que isso ficasse assim. Só faço burrada deixei minha vozinha morrer e - Mascara envolve a gente e eu fico quieta.

Mascara: Ta tudo bem. Toda familia passa por isso. - sinto uma agulha em meu braço e meu corpo ficando molinho.

[...]

Acordo e dessa vez sou eu em uma cama de hospital. Olho para o Luan e a Isa, eles se levantam.

Catarina: Vocês me doparam - afirmo- eu lembro da agulha.

Isa: Foi a enfermeira- Luan rir achando graça no que eu disse

Mascara: Como você esta? - encosta beijando minha testa

Cata: Estou bem - olho meu braço com curativo

Então ele olha pra Isa e ela assente. Eles tem algo pra mim contar.

Cata: Foi a minha vó? Pode falar, o Nando não seria burro de atirar pra deixa-la viva

Isa: Na verdade quando ele foi atirar chegou um enfermeiro, o tiro foi proximo ao coração, dai ele pulou a janela e foi o tempo que o hospital nos ligou- põe o cabelo atrás da orelha- mas o Dr. Kaique havia conseguido uma cirurgia com o amigo dele de plantão, o que nesse tempo aconteceu duas parada. Ela não resistiu...

Mascara: Vamos acreditar que ela morreu após as paradas cardíacas. Não vamos focar em todo mal que ele causou. - não consigo responder porque apenas choro

Choro muito. É uma dor inexplicável, mas que a gente sabe que aconteceria, só não era desse jeito.

Isa: Quer saber sobre o Bruno? -assinto. Ela se aproxima acariciando meus cabelos.

Mascara: Vocês estão tendo algo? - olha torto

Isa: Luan! Ciúmes agora não! - reclama- ele ta bem, retiraram a bala e disse que assim que você acordasse fosse cuidar dele. - poderíamos rir, mas eu não consigo- ele ainda não sabe

Cata: E o... - não consigo falar o nome dele

Mascara: Você não precisa saber.

Isa: Fica conversando com seu pai, vou chamar o doutor.

Sob A Luz Das Câmeras- BônusOnde histórias criam vida. Descubra agora