ᴘʀᴏsᴛɪᴛᴜᴛɪᴏɴ ʜᴏᴜsᴇ

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Joalin Loukamaa

Eu estava 100% morta.

Meus pés mal podiam tocar o chão e eu ainda teria que andar mais dois quarteirões até a minha casa. A lanchonete onde eu trabalho é praticamente do outro lado da cidade.

Sentei num canto da calçada e suspirei. Preciso descansar pelo menos cinco minutos.

Levantei a cabeça e fechei os olhos puxando ar. Ouvi um barulho bem próximo, parecia um carro. Abri os olhos de imediato. Havia um carro preto quase parando perto da calçada, e que carro. O carro finalmente parou e o vidro abaixou devagar, havia um garoto dentro, e que garoto.

Ele tinha uma aparência legal, era fofo.

-O que uma garota como você faz aqui a essa hora?-perguntou.

"E o que você tem a ver com isso?" pensei em dizer mas achei melhor ser educada em agradecimento a boa vontade do rapaz de se preocupar com uma estranha.

- Estou indo para casa- respondi.

- Indo pra casa? - assenti- Sentada ai? - riu fraco- Se quiser posso te dar uma carona.

-Minha mãe me ensinou a não entrar em carros de estranhos. - ele riu.

-E sério isso? - assenti com a cabeça outra vez- Me chamo Josh, agora entra ai.

-Belo nome, Josh.Mas ainda não me convenceu.

- Tudo bem então, fica ai.

Ele já ja ligar o carro outra vez, mas eu o impedi antes que prosseguisse. E daí se ele for um sequestrador, estuprador ou o que quer que seja? Eu não tenho muito a perder, certo? De qualquer modo eu vou apanhar assim que chegar em casa.

- Aceito sua carona, Josh.-ele riu fraco- Me chamo Joalin, Joalin Loukamaa. - dei a volta e entrei no carro.

- Beauchamp- ele disse assim que entrei.

-Oi?

- Meu nome, Josh Beauchamp.

- Ah, prazer.

- Isso vem depois. - ele me olhou com um sorriso malicioso.

Confesso que fiquei com medo, mas eu já entrei no carro e além do mais, como eu já disse, não tenho nada a perder além da minha vida de surras diárias, antes eu tinha minha mãe para me defender, mas agora que ela morreu tudo virou de cabeça para baixo.

Eu disse a Josh onde morava, ele disse que sabia como chegar lá, mas alguns minutos depois eu percebi que estávamos indo pelo caminho errado.

-Josh, esse não é o caminho para a minha casa.

-Eu sei. - ele riu passando a mão pela minha coxa.

Engoli secco.

- Para onde está me levando?

- Você já vai saber. - sorriu sínico mais uma vez. Isso já está me irritando.

-Para onde está me levando? - perguntei dessa vez
mais alto.

-Calma ai nervosinha. - riu- Olha só, chegamos. -falou desligando o carro- Sua nova casa.

- O que? -olhei de dentro do carro, era uma boate.- Eu não vou entrar ai, muito obrigada pelo passeio mas eu estou indo para casa.

- Essa é a sua casa agora - repetiu- E nem tente fugir.

Ele assobiou e dois homens fortes vieram até a porta do carro, ele saiu e entrou na tal boate, um dos dois homens abriu a porta enquanto o outro me guiava pelo braço até dentro da boate. Eu não conseguia parar de chorar. Não podia ser diferente, mesmo minha vida sendo a merda que é, eu não podia estar aqui. Eu gritava e esperneava enquanto eles me levavam para dentro daquele lugar imundo, um garoto andava ao nosso lado, ele deve ter mais ou menos a minha idade e parecia completamente irritado com meu choro, e resolveu interromper.

 𝑪𝒓𝒊𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑳𝒐𝒗𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora