ɴᴀᴛʜᴀʟɪᴇ ᴀɢᴀɪɴ

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Acordei com a luz do sol que atravessava a enorme janela do quarto. Meu corpo estava dolorido e a primeira coisa que eu senti foi vontade de voltar a dormir, estava um clima tão bom, frio mas com sol. Me revirei de leve na cama tentando me soltar de Bailey mas ele apertou seus braços em minha cintura. Resmunguei e ouvi sua risada abafada. Ele estava acordado?

-Por acaso está tentando fugir de mim, senhorita?-falou com voz de sono.

- Eu não faria isso, você iria atrás de mim.

- Quem disse?

- Você disse. - ele riu fraco.

- Vem cá, me dá um beijo - pediu com a voz carinhosa. Dei um selinho nele e ele sorriu.

Que maravilha, o dia já começou estranho.

- O que deu em você hoje? - falei levantando da cama e indo até o banheiro.

- Nada, por que? - ele respondeu alto, para que eu pudesse ouvir.

-Você ta meloso -falei num tom divertido, joguei água no meu rosto, enxuguei meu rosto e voltei para o quarto.

- Não entendo você, Joalin. Se eu sou carinhoso, voce reclama, se eu sou chato você reclama, se eu atiro no seu pai, você reclama. - revirei os olhos.

- Vamos descer, May.

-Só depois que você colocar uma blusa, nāo vai descer assim.

- Por que não?

- Por que você não está mais na boate, não é uma puta, é a minha garota, e eu não quero ninguém olhando para você, quantas vezes vou precisar dizer isso? - respondeu rude porém em um tom baixo.

- Você é possessivo sabia? - ele não respondeu.

Entrei no closet e peguei a blusa que eu usava, já que eu não sei o que aconteceu com as roupas que eu comprei ontem.

Vesti a mesma e sai. Bailey estava com a mesma calça moletom e sem blusa, um de seus braços estava apoiado na enorme porta de vidro da varanda do quarto, uma brisa fraca entrava movimentando a cortina branca, ele jogou a cabeça para trás soltando um exagero de fumaça, só então notei que ele tinha um cigarro entre os dedos.

Eu teria achado aquilo extremamente sexy, se eu não odiasse cigarros.

- Odeio fumaça... -Comentei.

-Odeio fumaça - ele repetiu debochado fazendo uma imitação horrorosa da minha voz.

- Vamos descer agora?

- Pode ir, vou tomar café com a Nathalie hoje.

-Você vai o que?

- Tomar café com a Nathalie, está surda?

-Não, surda não. - falei sentindo um nó em minha garganta- Cega talvez... Sabe onde deixei o meu celular?

- Pra que você quer ele?

-Como assim "pra que?", é o meu celular. - falei óbvia - Vou ir encontrar o Dave na lanchonete.

- Ah, não vai não. - riu debochado.

- Eu não estou te pedindo permissão, May.

-Você não vai, Joalin, não vai sair desta casa. - travou o maxilar. - Não pra ver ele.

-Tudo bem  então, vou na boate visitar as meninas, e o Francis.- provoquei.

- Vai, aproveita e fica lá, ai você vai poder convidar seu amiguinho pra te comer.

- Divirta-se com a Nathalie, amor.- falei cínica - Volto a tarde. -pisquei para ele e sai.

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Um beijo na bunda até a próxima 😘

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