Ele mal esperou que eu respondesse e seus lábios já estavam colados aos meus, eu estava quase cedendo, mas eu não podia simplesmente esquecer que horas atrás ele estava na cama com aquela loira aguada. Afastei-o bruscamente, ele me olhou indignado.
- Não pense que eu esqueci o que fez essa noite. - falei com a voz baixa e amargurada.
-Acostume-se. - deu de ombros voltando a agarrar-me pela cintura.
- Voce diz que me deseja mais que deseja ela, mas era com ela que você estava.
- Eu estava com raiva, okay? - falou me empurrando com força. Bipolar. - Você fica de mimimi com os meninos e quando eu faço alguma coisa ainda acha que tem moral pra reclamar, vai se foder, eu hein! - ele disse e em seguida subiu as escadas pisando forte.
Segundos depois ouvi uma das portas serem trancadas com muita força. Me joguei no sofá deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Ele é sempre um babaca, e eu sempre choro por causa dele, ele me faz mal, mas eu não consigo simplesmente deixá-lo. E eu me odeio por isso.
Acordei com uma mão pesada acariciando meu corpo de cima a baixo. Gelei. E se fossem um daqueles grandalhões que trabalham aqui? Bailey está bravo comigo, então certamente não era ele.
Senti a ceda de minha camisola deslizar sobre minha perna e logo alguns beijos serem distribuídos pela minha coxa até a minha bunda. Os beijos pararam mas a mão continuava a dar leves apertos na minha bunda. Todo o medo que eu sentia passou, eu conhecia aquele toque. Abri os olhos devagar, Bailey me encarava com um sorriso.
-Aposto que você pensou que era algum tarado.-eu ri.-Bom dia.
É, ele é bipolar.E estranho.
- Que bela maneira de acordar uma dama. -brinquei.
- Você vai comigo a uma festa hoje. - ele apoiou seus braços ao lado do meu corpo e começou a dar leves chupões no meu pescoço.
-Festa, é? - falei mordendo o lábio na tentativa de reprimir um gemido.
-Uhum - murmurou-Um empregado vai te levar ao shopping, falou saindo de cima de mim- Não compre nada que mostre de mais, não quero ninguém olhando demais pra você
-Vai me deixar sair sozinha?
- Você não vai sozinha, vai com um de meus homens.-fiz cara de nojo - Não se preocupe, ele não vai nem se quer olhar pra sua cara, e se olhar me avise pra eu mandar alguém matá-lo. - revirei os lhos.
-Mas mesmo assim, está me deixando sair sem você.- fiquei de joelhos na cama, Bailey estava sentado na ponta da cama de costas para mim, abracei-o por trás apoiando minha cabeça em seu ombro - Confia em mim, May? - sussurrei.
- Não é questões de confiar, amorzinho - falou no seu tom debochado de sempre - Eu sou a única pessoa que você tem agora, você não teria para onde ir caso me deixasse.
-Quem disse? - provoquei.
- Eu disse. - afirmou - Agora anda, vai se trocar.
-O que quer que eu vista? Aquelas roupa de vadia da boate?
-Fala direito comigo, garota! -repreendeu.-Pega uma camisa minha, sei lá, te vira. - Falou levantando-se indo em direção a porta.
-Vai sair?
- Não é da sua conta. - piscou e bateu a porta.
Idiota!
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