𝑪𝒓𝒊𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑳𝒐𝒗𝒆

ғɪᴍ

Joalin Loukamaa

-Aww.... - gemi baixo em seu ouvido enquanto ele me dava enfocadas profundas.

Ele acelerou os movimentos me fazendo querer gritar de prazer. Eu arranhava suas costas com uma das mãos enquanto a outra percorria os fios escuros de seus cabelos. Chegamos no nosso ápice juntos, ele caiu do meu lado e suspirou.

Não acredito que fizemos isso num caminhão, esse é certamente um dos lugares mais inusitado para essas coisas. Ou talvez não, quando se fala de Bailey, nada é inusitado. Nos vestimos rápido, ele vestiu apenas a calça e jogou a camisa por cima do ombro. sentou-se escorandose  na carroceria do caminhão e me puxou para o seu lado.

-Eu senti falta disso. - falou alisando minha perna.

- Hm.

-O que foi?

-Tem certeza que nāo pegou ninguém enquanto eu estava fora?

-E claro que sim Joalin, acha que eu teria cabeça pra isso com você presa?

- Não teria cabeça nem pra Nathalie?

-Claro que não, ainda não entendi o por quê de se sentir tão insegura quanto a Nathalie.

- Por que será, May?Ela mais bonita de um jeito que eu jamais vou conseguir ser.

- Você não precisa disso - falou - Sabe, a Nathalie pode foder bem, mas você pode foder melhor- arregalei os olhos.

-BAILEY! falei socando seu braço.

- Ai - reclamou- Que foi?! Eu só falei a verdade, e eu não acho que ela seja mais bonita que você, você é melhor que ela em todos os sentidos, você não tem noção do quanto foi sexy você matando o policial hoje, e quando matou o Franco nem se fala.- eu ri - Mas que fique bem claro que você não vai voltar a fazer isso, entendeu? - falou autoritário.

- Entendi. - respondi - Agora vem cá, eu estava com saudades. - falei o puxando para um beijo mas ele se afastou.

- Eca, Joalin! Você ta melosa - riu.

- Não vai me dar beijo?- falei fazendo bico e me agarrando a ele.

-Sai diabo! - falou divertido me afastando dele - Eu não! - "intensifiquei" meu bico.-Você não vai tocar minha alma com esse bico podre, Joalinda.

- Você é tão insensivel. - falei desmanchando o bico.

Ele ia responder mas fomos interrompidos por uma freada brusca do caminhão que quase jogou nossos corpos para frente. Olhei para Bailey tentando entendero que aconteceu, mas ele tinha a mesma cara que eu.

-  AE BOMBINHOS, PODEM DESCER, CHEGAMOS!- Lamar gritou. Essa freada toda não foi nada? Alguém bate nesse garoto, por favor.

Vestimos nossas roupas e saímos do caminhão indo até onde os meninos estavam, quando sirenes foram ouvidas, olhamos uns para os outros, íamos entrar nos nossos carros mas já era tarde demais para fugir, dezenas de viaturas nos trancaram de ambos os lados da estrada, não havia como fugir.

Apertei a mão de Bailey assustada. Eles estavam ali, na nossa frente. Os policiais desceram de seus carros, estavam fortemente armados. Segundos depois vimos fios loiros surgirem de dentro de uma das viaturas da policia, e Nathalie sair da mesma. Ela nos encarava com os olhos marejados porém um sorriso irônico no rosto.

Ela nos entregou para a polícia?

E isso?

-FILHA DA PUTA! - Bailey gritou para Nathalie, no mesmo instante sacou uma arma e disparou várias vezes contra ela.

Foi tão rápido que quando vi Nathalie já estava morta no chão, os policiais traziam armas bem mais pesadas que as de Bailey, ouvi todos eles sacarem as armas, tudo começou a se passar em um tipo de câmera lenta diante dos meus olhos, eu olhei para cada um deles, estavam com os braços para o alto em sinal de rendição, todos eles, menos Bailey.

Olhei para Josh, ele me olhou e sibilou um "vai ficar tudo bem", mas assim que ele fez isso os policiais dispararam contra ele, contra todos eles, assim que vi seus corpos serem tomados por incontáveis balas entrei em pânico, eles disparavam sem pena e sem parar, senti um aperto no peito e uma dor de tamanho inimaginável invadir meu peito ao ver Bailey no chão, com várias balas enterradas no peito.

- BAILEY! - gritei me abaixando- Amor nãoo morre, por favor! Fica comigo Bailey!

-Li..Lin-falou com dificuldade, sentei no chão quente e coloquei sua cabeça em meu colo- Eu te amo ta bem? Promete que não vai.. -ele puxou ar - Que não vai deixar de me amar.

-Eu prometo, eu prometo meu amor. - falei e vi seus olhos se fecharem aos poucos.- BAILEY! ACORDA!BAILEY!-gritei.

-Você vem com a gente! - um policial falou me arracando do chão - Anda!

- NÃO! ME LARGA! EU NÃO VOU, EU QUERO FICAR COM ELE!

-Ele está morto! - debochou - Acho que não vai servir pra muita coisa.

- FILHO DA PUTA! - gritei chutando seus pontos baixos, tentei correr mas dois policiais me seguraram.-SHAWN! gritei novamente olhando para o seu corpo que agora já estava pouco mais longe de mim- Volta amor, não
me deixa.... - implorei agora mais baixo.- EU QUERO MORRER, MOÇO POR FAVOR! ME MATA, EU NÃO QUERO VIVER, EU NÃO QUERO UM MUNDO SEM BAILEY MAY! - eles me ignoraram me jogando dentro da viatura, alguns carros chegaram para levar os corpos, eu observava tudo desesperada detro da viatura.

Hoje teria tudo para ser o melhor dia da minha vida..Algumas pessoas dizem que grandes felicidades veem para te preparar para algo muito doloroso que virá a seguir. Eu acho que eles estavam certas. Eu nunca imaginei que sentiria tamanha dor. Eu gostaria que aquelas balas tivessem sido em mim, eu não me importaria contando que o mundo ainda tivesse seu sorriso, sua risada é o jeito que ele arruma seu cabelo.

Por ironia do destino, ou não, havia uma arma ao meu lado. Peguei a mesma sem pensar duas vezes e encostei seu cano frio em minha testa, fechei os olhos e respirei fundo, minhas mãos tremias e meu choro ainda era incontrolável, abri os olhos encarando meu reflexo no retrovisor. Eu não estava com capacidade para pensar, mas eu podia ter certeza de uma coisa. Eu não queria viver. A vida já me revirou de todas as maneiras possiveis, me fez de fantoche, me fez sofrer.. Saquei a arma e suspirei.

Apertei o gatilho. Minha visão começou a escurecer mas eu ainda podia ver as sombras dos policiais correndo até mim, antes de tudo escurecer.

Senti uma leveza me invadir, era como se eu estivesse flutuando, todos os meus músculos estavam relaxados e eu podia ouvir sua risada bem de longe. Eu sempre soube que esse amor seria a minha morte, mas esse não era o fim, pois se que em algum lugar na eternidade nos encontraremos outra vez..

Fim