Peguei uma camisa qualquer de Bailey no armário dele, ficou ótima em mim, ele com certeza não sentiria falta se eu a roubasse para mim. A camisa batia no meio das minhas coxas e cobria o short que eu usava por baixo, ele não vai gostar que eu saia assim mas fazer o que se é o que temos para hoje.
Desci as escadas irritada.
Bailey é completamente ridículo. Uma hora ele está carinhoso, outra hora ele age como um idiota. E o pior de tudo é que eu gosto disso, do seu jeito mandão, possessivo, gosto do seu toque, gosto tanto a ponto de nunca resistir a ele. E isso que me torna fraca.
O segurança, guarda, ou sei lá o que, que me levaria ao shopping já me esperava na sala, como Shawn disse, ele nem shopping olhou para minha cara, ele abriu a porta para eu passar,estávamos a caminho do carro quando Bailey apareceu sem camisa, e completamente molhado, seu cabelo estava bagunçado de uma forma bem legal, ou sexy. Chamem do que quiser. Seu carro estava na frente da garagem cheio de espuma, deduzi que ele estava - tentando - lavá-lo.
-Já sabe não é?.-falou como tal homem - Nada de contato físico, nada de contato visual.
- Sim, senhor. - o homem assentiu.
-Se alguma coisa acontecer com ela eu corto seu pinto. -ameaçou - Volte antes das três da tarde. -falou, dessa vez para mim. Ele veio até mim e me deu um selinho leve - Tchau.
- Tchau - respondi no mesmo tom baixo que ele.
Dei uma útima olhada para trás antes de entrar no carro. Bailey já havia voltado a dificil tarefa de lavar a sua Ferrari ltália branca. Ele era tão desajeitado e ao mesmo tempo tão sexy. Ele tem completa razão, eu não teria coragem de deixá-lo. Eu sentiria falta dele, de suas burradas e daqueles momentos em que ele demonstrava amor, por mais que eu saiba que ele não ama ninguém, mas algumas vezes eu sinto como se ele me amasse, do mesmo modo que euo amo, como se ele precisasse de mim, tanto quanto eu preciso dele. Mas, claro, tudo coisa da minha cabeça.
Chegamos ao shopping mais rápido que eu imaginava,fui nas melhores lojas que haviam aqui, escolhi o vestido para a festa que não custou nada barato, e comprei mas algumas roupas que eu precisaria, Bailey caga dinheiro então certamente não iria se importar. Fui até a praça de alimentação comer algo, o segurança de Bailey não parava de olhar ao redor como se tivesse algo estranho, mas se eu perguntasse ele com certeza não responderia.
Estava indo para a mesa quando um tumulto se iniciou, pessoas gritavam e corriam para todos os lados. O segurança de Bailey me puxou fortemente pelo braço e me tirou de lá, estávamos no estacionamento subterrâneo do shopping.
- A senhora está bem?
- O que foi aquilo? - perguntei assustada.
- Temos que sair daqui. - falou sério - Agora.
- Mas por.. - minha voz foi interrompida por um disparo, fechei os olhos temendo o pior.
Abri os olhos devagar e vi o segurança morto com uma bala fincada em seu peito. Eu nunca tinha visto uma pessoa morta. Aquilo era demais para uma garota como eu que sonhava com príncipes e bosques. Me virei pronta para correr mas esbarrei em algo. Ou melhor, alguém.
- Aonde a princesinha pensa que vai?
Bailey May
Já eram três e meia da tarde. Joalin ainda não havia voltado. Já estava ficando preocupado.
Opa.
Iritado.
Eu quis dizer irritado.
Ah deixa, eu tava preocupado mesmo.
Eu mandei que voltasse antes das três. Will é um dos meus homens mais confiáveis e obedientes, ele não me desobedeceria nem por ordem divina. Calma, exagerei. Talvez por ordem divina sim, mas foda se.
Peguei meu celular e disquei o número de Noah.
-Alô, posso saber o que você quer? - atendeu.
- Fala direito comigo que eu não sou suas nega.
- Fala logoo que é, viadão. - Viadão. Risos.
- A Lin cara..
-Lin?- ele interrompeu.
- Joalin.
-Não acredito que me ligou pra pedir conselhos amorosos, você ta virando viado bro, se situa.
-Conselhos amorosos o teu rabo, Urrea. A Joalin,ela saiu e devia voltar antes das três.
- Ih, fugiu.
- Não, eu mandei Will com ela, mas a escuta dele está desligada.
-Acha que ele fez alguma coisa?
- Não... Ele não. - ouvi um sinal de que tinha alguém na linha.-Calma, tem alguém ligando, deve ser ela. -encerrei a chamada com Noah - Joalin?
-May... Meu velho amigo...-senti um arrepio na espinha, mas não de medo, de raiva. Eu conhecia aquela voz- Quanto tempo..
- Jake..
-Isso mesmo, Bailey, sou eu, Jake. - respondeu debochado - Suponho que esteja em busca de algo, muito valioso por sinal, você tem uma bela garota May, ela tem um par de seios enormes, vou adorar brincar um pouco com ela mais tarde... só nós dois.
-ESCUTA AQUI SEU FILHO DA PUTA, SE VOCÊ ENCOSTAR UM DEDO NA MINHA JOALIN EU MESMO VOU FAZER QUESTÃO DE TE COLOCAR A MAIS DE SETE PALMOS ABAIXO DA TERRA!
-Uh, calma rapazinho - riu debochado - Quem diria, Bailey May,apaixonado... - gargalhou.
-Onde você a deixou? - respirei fundo tentando manter a calma.
-Quer a garota de volta não quer? - debochou - É uma ótima sensação quando alguém toma algo que é seu, não é? Como o dinheiro que você me tomou anos atrás, lembra May?
- Ela não tem nada a ver com isso, Jake!
- E o seguinte, o dinheiro, em troca da vida da moça.
-Não vou te dar dinheiro nenhum.
- Então é bom que tenha se despedido da.. Como você se chama mesmo docinho? - ouvi a voz dela sussurrar algo - Ela não quer me dizer o nome, garotinha rebelde essa, não é? Vamos ver se também é rebelde assim na cama.
- Quanto você quer? -respirei fundo tentando buscar forças para ignorar esses comentários.
- Um milhão de dólares.
- Isso é mais do que tomamos de você.
- Eu não quero saber, um milhão ou a garota morre.
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