ʙᴀᴄᴋ ᴛᴏ ᴍᴇ

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Acordei sentindo meu corpo inteiro latejar. Bailey e eu havíamos adormecido, eu com a cabeça em seu peito e ele com os braços em volta de minha cintura. Ele ainda dormia sereno, levantei o olhar encarando seu rosto angelical. Como um garoto assim, aparentemente doce, pode causar tanto caos, tanta dor, matar, roubar..

E não é só o Bailey, são todos eles. Você olha para a aqueles rostinhos de anjo mas mal imagina o mal que existe por trás daquelas máscaras.

Voltei a realidade. Eu precisava acorda-lo, a intenção de Franco era que Bailey viesse e se sentisse provocado e não que nos transamos loucamente como se não houvesse amanhã.

-Bailey... - chamei com a voz carregada.

Ele resmungou e abriu os olhos devagar, em seguida sorriu largamente me apertando mais aos seus braços. Eu senti tanta falta disso, desses braços, desse aconchego.

-Bailey precisamos levantar, se o Franco vê nós dois juntos eu nem sei o que ele é capaz de fazer.

- E você acha que eu tenho algum medo dele, Lin? - debochou com a voz sonolenta.

- Você não entende, Bailey! Franco é muito bom para mim, não quero desaponta-lo. - falei com sinceridade.

- Você sabe que eu posso ser melhor, não sabe? abaixei o olhar - Volta vai... Ta tudo tão sem graça sem você.

Eu não sabia o que dizer. Ele estava ali na minha frente, olhando nos meus olhos e pedindo com toda clareza para que eu voltasse, mas eu sei mais que ninguém que em questões de segundo aquele Bailey fofo e carinhoso pode ir embora é dar lugar a um Bailey explosivo e arrogante. Até ontem eu não saberia responder se eu ainda era realmente capaz de suportar isso, mas aqui, agora, olhando nesses olhos escuros e serenos, eu posso dizer com toda certeza que por ele eu suportaria pisar em brasas ardentes e sentir meu corpo inteiro queimar e meio a uma fogueira, por que eu sei que uma hora ou outra ele estaria ali para me salvar.

Mas, ao mesmo tempo eu não queria perder as meninas, o Franco e a vida na farra. Eu realmente mudei, sempre senti repulsa do crime, drogas, festas, bebidas... é o que faço, tudo que tenho. Eu olho para trás e imagino como seria minha vida se eu não tivesse entrado naquele car aquela noite. Eu certamente estaria estudando e me preparando para faculdade, Dave estaria vivo e eu ainda sairia aos domingos com a Dani.

Mas por outro lado, ainda haveriam as agressões do meu pai, eu não teria conhecido o Bailey,nem os meninos, a Sabi, a Shiv, a Sina, e nem muito menos o Franco. Eu não teria uma vida perfeita e agora eu sei que se eu pudesse escolher, não escolheria minha velha vida, escolheria apenas ter o Dave de volta.

Agora aqui estou, vestida apenas em minhas roupas intimas, deitada no peito do cara que quase matou o meu pai vulgo o garoto que eu amo, tentando escolher se quero voltar para ele, que matou o meu melhor amigo ou ficar aqui com seu inimigo, que cuida de mim como se eu fosse uma princesa.

- Venha me ver amanhā. - ele arqueou as sobrancelhas. -De manhã, é o tempo que eu preciso para pensar.

-Não acredito que ainda precisa pensar!

- Bailey, ponha-se no meu lugar!

-Eu no seu lugar já estaria lá, na nossa casa!

-Você me machucou muito.

- Eu não vou embora até você me dizer que sim.

-Bailey...

- E nem tente me impedir! - me cortou. -Eu não vou desistir de você, Joalin. Se tem uma coisa que não gosto é perder, ainda mais quando se trata de algo tão importante como você.

 Se tem uma coisa que não gosto é perder, ainda mais quando se trata de algo tão importante como você

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Voltei..essa semana não teve capítulos pois tava fazendo prova.. aliás quase  fechei.
50 votos e 39 comentários pra o próximo!
Um beijo na bunda até a próxima 😘

 𝑪𝒓𝒊𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 𝑳𝒐𝒗𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora