" " Amor não diminui, não se desfaz, não se perde. Amor que é amor, apesar das lutas, se mantém firme. "
Desconhecido. "
Charles Leclerc
Monte-Carlo, Mônaco.
O café estava frio, mas, não me importei. A ansiedade era enorme olhando o ponteiro do relógio. A televisão da sala de espera particular de Rose estava ligada falando sobre o bebê de Lewis em um canal de informações do automobilismo.
Arthur olhava a televisão com atenção, mas, em algum momento sempre me olhava de canto. Minha mãe havia ido com os Bianchi para casa, descansar, após horas aqui. Melanie estava com as crianças dela, mas me ligava a cada uma hora pedindo informações. O único que ficou foi Arthur, depois de muito insistir.
- Fique tranquilo, Rose vai se dar bem, sua noiva é a garota mais forte que conheci e olha que a conheço a vida toda - Arthur diz me fazendo sorrir ao concordar, ainda angustiado com a situação.
Rose era a paixão de criança do Arthur. Era bem engraçado vê-lo parecendo um cachorrinho correndo atrás de Rose como um bobo. Mamãe e Papai riam, mas, eu não. Era o ciúmes, sempre tive nuances de ciúmes com Rose, até notar nossa verdadeira relação.
- Caramba, estou um poço de nervoso - Admito, fazendo-o rir ao concordar.
- Está, mas, no seu lugar estaria pior. Rose e você são amigos desde pequenos, namoraram, fizeram tudo juntos até onde deu - Fez uma pausa breve - agora, cinco anos depois, enfrentar com ela uma doença que pode a matar a qualquer momento, admiro o casal que vocês são. É bem bonito - Arthur aperta meu ombro sorrindo para mim.
Ele tinha razão, Rose e eu passamos por poucas e boas até estarmos juntos hoje. Não batalhamos atoa.
Queria minha Rose saudável, podendo correr, andar direito. Brincar, falar, cozinhar. São tantas coisas que ficaria dias falando sobre o assunto.
Mas, o importante de tudo era tê-la. Tê-la eternamente na minha vida. Era um desejo que nunca morria.
- Senhor Leclerc? - Levantei da poltrona avistando o médico de Rose. Lovoir sorria. - Um completo sucesso. Rose esta na UTI e amanhã descera para o quarto.
Sorri abraçando ele forte. Meu coração batia forte, e eu podia chorar de alegria.
- Muito obrigada, você salvou o amor da minha vida - Falei emocionado ao soltar o médico que sorriu apertando meu ombro.
-- Fiz o meu trabalho apenas - fala gentilmente. - Vamos mantê-la em observação, amanhã iremos fazer alguns exames para vermos o progresso, e daqui dois dias, ela pode ir para casa. Amanhã pela manhã, pode ver ela.
-- Muito obrigada mesmo. Sou muito grato - Apertei sua mão sorrindo.
Assim que o médico saiu, abracei meu irmão com força, começando a chorar. Arthur me apertava com força.
[ . . . ]
Peguei a mão pequena de Lucca sorrindo largo com seu resmungo, acolhido pelo sono suave. Ele dormia calmamente em meu peito. Tão pequeno e tão molinho, tive medo de quebrar ele assim que o peguei.
- Ele parece com Lewis - Falei baixinho com Lana sorrindo ao ajeitar o cabelo do filho.
- Ele realmente parece Lewis - Suspira olhando o bebê com admiração -Falando no idiota, cadê ele? - dei um riso anasalado ao escutar ela xingando o britânico.
- Foi tomar banho e comer. O homem merece depois de te aguentar - Zombei recebendo um tapa na nuca.
- Insuportável - Fala entre dentes, sua expressão voltando ao normal ao olhar para o bebê em meus colo. - Como está Rose?
Sorri com a menção da minha noiva.
- Está na UTI, bem, graças a você e Lewis, e claro, ao Lucca - Falei aliviado ao acariciar a mão do bebê.
Lana sorriu largo, os olhos cheios de lágrimas.
- Quero ver ela. Meu Deus, obrigada - Lana fala fechando os olhos, aliviada.
- Agora, temos que acompanhar o quadro dela e da doença, e fazer o tratamento completo para que ela se cure, vamos seguir firmes e fortes - Explico sorrindo, mais aliviado com toda a situação.
- Minha amiga merece. Ai, que alívio, que felicidade dupla. Ao meu Lucca, e minha Rose, as luzes da minha vida - Lana diz baixinho para o filho comigo passando o bebê para ela.
Observei Lana cuidando de Lucca. E juro que pude imaginar Rose daqui algum tempo com um bebê nosso em seu colo, sorrindo e o amando.
Seria um cara de uma puta sorte. Eu já sou apenas por ter minha Rose comigo.
[ . . . ]
Na manhã seguinte, já estava na sala de espera do hospital. De banho tomado, tomei um café da manhã leve com minha mãe e os Bianchi, todos ansiosos para vermos Rose, mas, com o alto risco de contaminação pós-operatório, resolveram vê-la apenas quando ela fosse para o quarto, amanhã a noite.
O Oncologista de Rose liberou apenas a entrada de Tia Cris e a minha, já que eu sou noivo, e Cris por ser guardiã e madrinha de Rose, já que Maurice não quis ver a filha após a cirurgia.
Me matava de raiva pensar em Maurice e no que ele trazia de ruim para Rose, e justamente por isso, decido evitar suas visitas a porta do hospital, barrando a presença do homem aqui. Detestava demais o modo polido e frio que ele tratava minha mulher, e não me agradava.
Entrei no quarto após fazer todo o processo de esterilização, colocando a máscara de proteção, vendo minha mulher deitada vendo desenho. Ri com isso.
- Oi, minha vida - Fala baixinho, e senti meus olhos cheios de lágrimas. - Vem aqui, vem.
E fui, abraçando-a como se minha vida dependesse disso, chorando aliviado.
Dias Depois | Mônaco
- Amor, eu estou bem - Rose fala me fazendo suspirar ao deitar na cama. Rose riu beijando minha testa.
- Estou muito feliz por isso - Falei sorrindo fraco, beijando-a.
- Eu também, agora é hora de termos mais uma batalha. E se Deus permitir, a última - Fala contra meus lábios. Deitei por cima dela com cuidado, sem colocar muito peso por conta da cirurgia.
- Ele já permitiu. Vai dar tudo certo.
Rose abraçou meus ombros me beijando novamente. Sua mão esquerda em minha nuca, acariciando o local. Arrepiei com o contato de sua mão em minha pele nua, sem a camisa.
Beijei seu maxilar, pescoço, clavícula, com Rose rindo baixinho.
- Casa comigo? - Rose fala baixinho. Levantei meus olhos até seu rosto, sorrindo.
- Pedi primeiro - brinco fazendo-a rir revirando os olhos para mim - Mas, aceito. Eu caso com você.
- Babaca - Sussurra perto do meu rosto, traçando meu maxilar com a ponta de deus dedos.
Gargalhei, a beijando.
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Apologize | Leclerc
ФанфикRoselyn Chamarlet era uma garota de sorte, ou melhor, considerava-se de sorte. Tinha melhores amigos incríveis, que eram também sua família. Tinha tudo que poderia desejar. Mas tudo muda após um acidente fatal levar a morte de uma das pessoas mai...