Epílogo

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" Todo esse dinheiro não pode me comprar uma máquina do tempo, não
Não posso te substituir com um milhão de anéis, não
Eu deveria ter te contado o que você significava para mim, uou
Porque agora eu pago o preço

Em uma outra vida, eu seria sua garota
Nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar
Para eu não ter que dizer que você foi aquele que foi embora
Aquele que foi embora

Aquele (aquele)
Aquele (aquele)
Aquele (aquele)

Em uma outra vida, eu faria você ficar
Para eu não ter que dizer que você foi aquele que foi embora
Aquele que foi embora "

The One The got away, Katy Perry.


Epílogo.



As gargalhadas de Roselyn eram e ainda são o meu som favorito no mundo, competiam com a de Henry.

  Fazia cinco anos desde a partida de Roselyn, e dois anos que Henry estava na minha vida. A minha salvação.

Sorri fraco, beijando seus cabelos castanhos, vendo ele brincando com os anéis em minha mão direita, enquanto eu tentava dar comida para ele, que dava risada e negava.

— Henry... — falei, o repreendendo, vendo seu sorrisinho para mim. Os olhos castanhos esverdeados, como os da mãe dele. Tudo nele me lembrava ela, apenas ela.

Era insuperável.

Henry é o lembrete de que eu tenho que me manter em pé, mesmo após cinco anos. Ainda doía como no dia que ela partiu, mas, Henry amenizava. Ele era como morfina diária.

— Papai, quer brincar — Fala, a voz doce e infantil.

— Nada disso, bebê. Papai vai te dar banho e vamos dormir — Ele fez bico, e eu ri, abraçando ele.

  Deixei Henry brincar no chão, e limpei a bagunça da janta, e após isso, coloquei Henry para dormir após um banho e escovar os dentes dele.

Voltei para a sala após contar mais uma história de dormir para Henry, e vê-lo adormecer suavemente entre a leitura.

Sentei no tapete da sala, vendo a foto de casamento minha e de Rose ali. E sorri, dolorosamente ao pegar a mesma em mãos, tocando suavemente o vidro, pensando em tocar sua pele suave.

— Sinto sua falta, meu amor. Todos os dias.

E beijei a foto.

...

  Acordei em meio a madrugada com os gritos de Henry, e fiquei assustado. Quando cheguei ao seu quarto, ele chorava sentado na cama, tentando limpar seu pequeno rostinho angelical, soluçando.

— O que foi, meu amor? — pergunto, puxando-o para meu colo.

— Eu vi a mamãe, papai. No meu sonho — Henry já tinha cinco anos, e agora, um pouco mais velho, já entendia como a mamãe dele havia ido para o céu. — Ela disse que me amava muito, e me beijava muito no meu cabelinho, papai.

Sorri, com os olhos cheios de lágrimas, abraçando-o, e beijando seus cabelos.

— Sim, meu amor. Ela te ama muito. Sempre vai amar, meu pequeno — E ele sorriu, limpando o rosto.

— Posso dormir com você? — Sussurra, docemente. Eu concordei.

E dormi abraçado a ele, após dizer várias vezes que eu o amava.

....

  Era quase cinco da tarde quando cheguei ao cemitério onde havia enterrado Roselyn, papai e Jules. Deixei flores para os três, e fiquei ali, por minutos olhando a imagem do meu padrinho e meu pai. Mas, quando chegou a imagem jovial de Roselyn, não resisti a vontade de sentar e conversar com ela.

— Oi, meu amor — Falei, suavemente tocando sua lápide — Sinto sua falta todos os dias. Todo santo dia. Não sei mais o que fazer para curar esse buraco que você deixou, mas, prometo que com o tempo, vou trabalhar isso. Mas, até lá, esse buraco permanecerá aberto, porque nada cobre ele como você, papai e Jules. Eu amo vocês, muito. Não importa onde estejam — Sussurro, baixinho, arrumado o vaso de flores que deixei ali da última vez que vim vê-los — Henry sonhou com você está noite. Acordou chorando de saudades, e eu queria tanto que ele tivesse te conhecido, que tivesse sua presença, mas, entendo que não é culpa de ninguém, mas, saiba que te amamos, e sentimos muito a falta de vocês. De você, meu amor. Meu eterno amor.

E beijei sua lápide, deixando as lágrimas caírem.

Eu sentiria a falta dela, eternamente. Porque eu só ficaria completo, quando a tivesse novamente, mas festa vez, seria em outra vida, até lá, eu suportaria.

  Ate nossa próxima vida, Vie.

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