Inexorável

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O corpo de Archie me esmagou completamente contra a parede, suas mãos firmes em minha cintura me fizeram estremecer com esse toque.

Eu não gostava dele, mas mesmo assim meu corpo obviamente reagia a esses estímulos com ou sem minha permissão.

Sua boca colou na minha me deixando completamente surpresa com sua atitude repentina e com a maciez de seus lábios nos meus. Suas mãos subiram até o meu cabelo e ele o puxou tão forte que eu podia jurar ter perdido cabelo no processo.

Sua língua pediu passagem e eu imediatamente neguei a ele, tento empurrar seu peito para longe de mim mas Archie apenas se afastou da minha boca e foi até o meu pescoço.

Ele deu um leve chupão naquele local e isso me fez grunhir.

Que merda ele pensa que está fazendo!

Minhas mãos apertam seus ombros tentando o afastar, mas ele continuou o seu trabalho e isso me desestabilizou um pouco. Sinto minhas unhas afundarem em sua camisa.

Como se não bastasse, sua mão livre segurou minha coxa e ele fez ela se enroscar em sua cintura se apertando ainda mais em mim.

Antes que eu tenha a chance de raciocinar, a porta é aberta e com isso a luz ilumina o cômodo.

Ele tira seu rosto do meu pescoço e nossos olhos se encontram, Archie me lança um sorriso vitorioso e me solta calmamente se virando para olhar na direção do segurança.

—O que vocês dois estão fazendo aqui?— pergunta o segurança já sabendo a resposta com um sorriso malicioso em seu rosto ao ver nosso estado.

Meus cabelos bagunçados, os lábios vermelhos de Archie, as marcas em meu pescoço. E é claro, minhas pernas antes enroscadas na cintura dele deram o ponto final na imaginação do segurança.

Archie havia pensado em tudo.

—Bem, nós sabíamos que aqui era restrito, então pensamos ser um ótimo lugar para, você sabe.— Archie comenta sorrindo.

Outro segurança se junta ao que já estava na porta e, ao olhar pra nós, seus olhos se semicerraram.

—Espera aí, vocês não são os prodígios?

Os dois seguranças trocam um olhar firme entre eles e depois olham para nós curiosos.

Até então eu não havia aberto a boca, eu ainda estava petrificada contra a parede. Mas sinto minhas mãos soarem.

Enquanto isso, Archie tomava as rédeas da situação.

—Sim, somos. — ele comenta e segura minha mão fazendo com que eu me choque contra seu corpo e saia da parede.

O segurança número um aponta para mim.

—Então quer dizer que ela é a filha do...

—Por favor não conte para o meu pai. — digo um pouco assustada enrolando as palavras por ter dito rápido demais.

Os dois seguranças riem de mim e logo assentem.

—Tudo bem, não falaremos nada para ele. Mas aqui é proibido a entrada de qualquer um, se nós vermos vocês aqui de novo faremos o seu pai saber disso.

Nós dois assentimos e Archie me puxou para fora da sala.

—Nos desculpem, isso não vai se repetir. Sabem como é, os hormônios ficam a flor da pele na nossa juventude. O proibido é exitante. — ele argumenta.

Os seguranças riram do comentário dele. e logo depois nos observaram cuidadosamente até pegarmos o elevador.

Até então a mão de Archie ainda estava entrelaçada na minha, assim que a porta do elevador se fechou, nós dois desfazemos isso e se separamos abruptamente.