[terceira temporada da saga Fortuna]
Passaram-se quatro anos e agora Elle é uma mulher independente, com quatro crianças dependendo dela.
Seu coração ainda dói por estar separada de Caspian, mas ela permanece firme, pois seus irmãos dependem dela.
K...
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Roupas novas foram dadas para mim, roupas essas que consistem em uma camisa branca de botões de mangas longas, uma calça verde escura com um cinto que mais parece uma cinta de aperto de tão grande, e uma bota marrom até o joelho e até ganhei um colete marrom, mas decidi não usá-lo por ficar mais confortável sem. Jonathan ganhou um conjunto parecido, mas sua calça é marrom escuro e suas botas são pretas, enquanto seu colete é marrom claro.
Se não fosse a bota de cano tão longo, eu teria amado essa roupa (tirando a parte do cinto, parece que ainda estou de espartilho! Mas o espartilho pelo menos me deixa linda e sexy, esse cinto só me deixa agoniada mesmo). Fiz um rabo de cavalo alto, porque sei bem que esse vento não vai me deixar ter paz com tanto cabelo na minha cara.
Saio da cabine que me troquei e vejo que apenas Caspian está pronto. Não me surpreende muito, já que, pelo que Lúcia disse, Edmundo parece uma noiva pra se vestir, Jonathan não fica muito atrás e Lúcia está com dificuldade com o cinto, que é muito parecido com espartilho, coisa que ela odeia.
— Que tal? Esplêndida como sempre? — eu pergunto para meu namorado, fazendo pose, e ele dá risada.
— Sem dúvida, embora eu também não possa reclamar de como estava antes. — Caspian responde, sorrindo de forma - pasmem! - maliciosa. Aproximo-me dele rindo e dou um tapa em seu braço, sabendo que ele se refere ao meu espartilho exposto pela blusa encharcada.
— Olhe que te jogo no oceano e digo que escorregou. — eu brinco estreitando os olhos pra ele, enquanto sou abraçada pela cintura e abraço-o pelo pescoço.
— Você é apaixonada demais por mim pra fazer algo assim. — ele devolve, sorrindo brincalhão.
— Certo, então terei de te punir. — eu digo, fazendo uma falsa cara pensativa. — Posso pensar em uma ou duas formas de fazer isso.
— Ah é? — Caspian questiona, desviando seu olhar para meus lábios. — E como isso aconteceria?
— Assim. — eu respondo, após roçar nossos lábios e me afastar rapidamente. — Achou que eu tava brincando? Não é pra sair falando... bem, você sabe, com risco do meu irmão ouvir!
— Então se não houver risco, eu posso...? — ele pergunta, erguendo uma sobrancelha, e eu meneio a cabeça, com um sorrisinho no rosto.
— Digamos que esteja não só autorizado, como é incentivado. — eu respondo e vejo o telmarino sorrir maliciosamente.
— Incentivado a que? — Jonathan pergunta, saindo da cabine que os meninos estavam usando, e dou um pulo. Aproximo-me de Caspian, abraçando-o de lado.
— A me elogiar, não é, querido? — pergunto para o moreno que assente.
— Exatamente! Estava falando sobre como gostei da franja dela. — Caspian explica pra Jon e se vira pra mim, sorrindo ao observar meu rosto. — Parece mais adulta com ela.
— Deve ser porque sou adulta. — eu caçoo e ele franze o nariz pra mim, então sorrimos um pro outro e passo a mão pela sua barba, puxando levemente. — E você ficou tão atraente com essa barba...
— Ei! Eu já entendi, vocês estão apaixonados! Edmundo, me ajuda aqui. — Jonathan reclama e eu dou risada. Isso que ele não sabe o que eu queria falar de verdade...
— Não tenho nada a ver com isso, cara. Quer que eu diga que vão para um quarto? — Ed pergunta, erguendo uma sobrancelha, e eu abafo o riso no ombro de Caspian, que tenta fazer o mesmo ao levar a mão à boca.
— Não! Isso seria pior! — Jon diz e eu olho pra ele.
— Como você sabe disso, mocinho? — eu levanto uma sobrancelha pra ele, que se encolhe um pouco. — Ah, você definitivamente vai passar menos tempo com George Jenkins!
— Tudo bem, mas como você sabe disso? — ele pergunta cruzando os braços, achando que virou o jogo.
— Mamãe conversou sobre isso comigo quando fiz 16. — eu respondo e Jon parece se dar por vencido. — E iria fazer o mesmo com você, assim como fiz com Harry.
— Oh, por isso ele estava tão nervoso naquela semana... — o castanho comenta e eu assinto, sabendo que ele se refere à semana posterior ao aniversário de Harry. Honestamente, aquela foi a conversa mais constrangedora da minha vida, perdendo até pra minha conversa com mamãe (já que ela sempre foi aberta para nossas dúvidas, e é péssimo falar de sexo com alguém - Harry - que parece prestes a correr porta a fora).
— Do que estão falando? — Lúcia pergunta, parecendo confusa, e eu olho dela pra Edmundo, que arregala os olhos, negando com a cabeça.
Ergo as mãos em rendição, deixando a bomba pra o Pevensie. Ele lutou duas guerras, com certeza consegue se virar com uma conversa assim.
