[terceira temporada da saga Fortuna]
Passaram-se quatro anos e agora Elle é uma mulher independente, com quatro crianças dependendo dela.
Seu coração ainda dói por estar separada de Caspian, mas ela permanece firme, pois seus irmãos dependem dela.
K...
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Quando afastamo-nos, eu e Caspian notamos que minha blusa está transparente e que meu espartilho está aparecendo, na frente de dezenas de homens.
Eu fico corada e Caspian coloca um cobertor ao meu redor e ficamos abraçados de lado.
— Como vieram parar aqui? — o telmarino pergunta, olhando para Lúcia e Edmundo, que também ganharam cobertores.
— Então, existe algo chamado magia... — eu brinco, iniciando uma explicação, e Caspian me olha de forma intensa demais para eu não corar. — O que foi?
— Senti falta das suas brincadeiras. — ele responde e me faz sorrir ao "roubar" um beijo meu.
— Eca, cara. — Jonathan reclama e gargalho, jogando a cabeça pra trás, vendo a cara de confusão que Caspian faz. Afasto-me do telmarino e ando até meu irmão, puxando-o para perto de nós.
— Pirralho, esse é rei Caspian, o décimo, conhecido também como meu namorado imaginário. — eu apresento, abraçando meu irmão pelos ombros. — Querido, esse é Jonathan pirralho Cooper, meu irmão mais novo.
— Ele existe! — Jonathan faz uma falsa expressão de surpresa e sorri. — Estou brincando, prazer em te conhecer, cara. Ou é majestade? Posso te chamar de cara?
— Pode me chamar de cara. — Caspian diz, apertando a mão de Jon com um sorriso bem-humorado no rosto.
Eustáquio começa a gritar alguns metros à esquerda e logo reviro os olhos, sem paciência para o garoto. Claro, isso até ver que Ripchip está em cima dele e entender o lado dele. Eu também teria gritado histericamente se um rato gigante subisse em cima de mim quando cheguei à Nárnia pela primeira vez, há quatro anos.
Lúcia e Edmundo parecem com vergonha pelo primo, enquanto Jonathan parece querer um balde de pipoca para assistir.
— Mais empatia, Jon! Não te criei assim. — eu dou um tapinha no ombro de meu irmão, ao repreendê-lo.
A empatia some quando Eustáquio joga Ripchip longe, com violência, fazendo com que eu queira socar a cara do loiro. Ele podia simplesmente ter empurrado Ripchip, mas quis jogá-lo longe.
— Aquele rato quase arranhou minha cara toda! — o loiro reclama.
— Eu só tentei tirar a água dos seus pulmões, rapazinho. — Ripchip responde, e eu olho estranho pra ele. Como que ia ajudar arranhando a cara dele? Um tapinha nas costas já não estava bom?
— Ele falou! Vocês ouviram? Alguém mais ouviu? — Eustáquio aponta para o rato, apavorado, e vejo Jonathan de olhos arregalados ao olhar para Ripchip.
— Ele fala sempre, fazer ele se calar é que é difícil. — Caspian comenta, de braços cruzados e eu seguro o riso, admitindo pra mim mesma que senti falta desse jeito dele.
— Se não houver nada a dizer, majestade, eu prometo ao senhor que não direi nada. — Ripchip fala e Caspian olha pra ele com careta bem-humorada, claramente não acreditando.
— Eu não sei que brincadeira é essa, mas eu quero acordar agora! — Eustáquio grita e eu respiro fundo, tentando ser paciente. Ele é apenas um garoto assustado, Elle, mimado pra caramba e isso justifica a reação, mas ainda assustado.
— Por que não o jogamos de volta ao mar? — Ripchip sugere e eu sorrio, negando com a cabeça. É uma ideia pior que a outra.
— Edmundo! — ouço Lúcia ralhar com o moreno, que parece ter pensado no assunto.
— Jon, vem cá. — eu chamo meu irmão e seguro ele pelos ombros, indo até Eustáquio. Então viro o loiro pra mim, fazendo o mesmo com Jon. — Eustáquio, para de surtar. Estamos em Nárnia, um outro mundo, e aqui os animais falam. Vocês vão se assustar, porque aqui tem seres que não têm no nosso mundo, mas se acostumam rápido.
— Está louca! — Eustáquio fala e então sai andando pelo navio, fazendo com que eu revire os olhos.
— A gente podia desmaiar ele. — eu brinco com Jon, fazendo o garoto rir, e bagunço seus cabelos. — Tudo certo com você, pirralho?
— Sim, é só... estranho pra caramba. — ele responde e sorrio, compreendendo.
Ouço as risadas dos tripulantes e olho na direção de onde Eustáquio foi, vendo ele desmaiado, em frente à um minotauro, Tavros.
— Que boca santa, hein, Elle? — Jon fala rindo, e eu dou uma cotovelada nele, rindo também.
— Homens! — ouço Caspian gritar e volto minha atenção para ele. — Vejam nossos náufragos: Edmundo, o justo; Lúcia, a destemida e Elle, a resiliente. Grandes rei e rainhas de Nárnia.
— Você o que...? — Jonathan pergunta, vendo os tripulantes se ajoelharem, e eu apenas sorrio e aceno para eles.
— Harry me considerava doida, lembra? — eu sussurro e ele assente, entendendo. — Depois te explico. — uma ideia surge e grito: — E sua namorada, paspalho!
— E minha namorada, sim. — Caspian diz, dando risada junto dos tripulantes, que logo se levantam.
— Vamos colocar roupas decentes, você vai acabar pegando uma gripe com esse vento. — eu digo para meu irmão e ando até Caspian, querendo roupas novas. Afinal, além de frio, esse cobertor não tampa bem minha blusa, e consequentemente nem meu espartilho exposto. Mas nunca me senti tão grata por isso, porque se estou nesse estado apenas pela minha vinda para Nárnia, não me importo nem um pouco.
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Espero que tenham gostado.
Ontem o watt não me deixou publicar, mas hoje consegui irraaa