[terceira temporada da saga Fortuna]
Passaram-se quatro anos e agora Elle é uma mulher independente, com quatro crianças dependendo dela.
Seu coração ainda dói por estar separada de Caspian, mas ela permanece firme, pois seus irmãos dependem dela.
K...
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Mal consigo manter meus olhos certinhos, de tanto revirar os olhos por ouvir Caspian e Edmundo conversando. Talvez esteja sendo imatura? Um pouco.
— Quando era pequeno, me imaginava navegando até o fim do mundo e encontrando meu pai lá. — ouço Caspian contar e sinto compaixão, mas uma tristeza surge também. Eu queria poder fazer isso, mas meu pai nem desse mundo é...
Sinto meus olhos marejarem ao olhar para o céu, repleto de estrelas, e me lembro dos meus pais. Eles não estariam orgulhosos de minha atitude nesse momento... não era assim que eles resolviam as coisas.
Após algum tempo, Jonathan se levanta do meu lado e sai, e fico esperando Gael, que está dormindo com Lúcia, vir deitar comigo, mas é Caspian que o faz. Não o afasto, pois quero fazer as pazes.
— Desculpe pelo que eu disse, querida. — ouço ele dizer e olho, finalmente, para o moreno, que já está me olhando. — Eu não deveria ter dito aquilo.
— Não mesmo. — concordo e suspiro. — Não foi o que falou, foi o jeito que falou. Como se eu fosse só um pedaço de terra a ser negociado, como se eu não pudesse sair dessa relação. — eu explico e vejo seus olhos demonstrarem culpa. — Não vejo problema em dizer que sou sua, assim como gosto de dizer que é meu, mas desde que nós dois saibamos que somos um do outro porque permitimos, não porque temos poder um sobre o outro.
— Me perdoe. — ele pede e assinto, sorrindo levemente. — Prometo nunca mais falar isso dessa forma.
Trocamos um beijo rápido e ficamos nos encarando, a paz me preenchendo por estar bem com meu amor novamente.
— Sou muito sortuda por ter você na minha vida, querido. — eu sussurro, acariciando seu rosto.
— E eu por ter você. — Caspian responde e sorrimos um para o outro, aproveitando o clima mágico.
Aproximo-me dele e deito a cabeça em seu peito, enquanto abraço sua cintura, e ele passa os braços pelas minhas costas. Suspiro, sentindo meu coração quente.
— Boa noite, meu bem. — desejo aos sussurros, no pé de seu ouvido. Sorrio ao ver que o deixei arrepiado.
— Boa noite, querida. — ele responde, com um suspiro, e dá um beijo na minha cabeça. — Sorte sua estarmos no meio das crianças, não iria deixar barato caso contrário.
— Pode cobrar depois, não tem problema. — sorrio ao responder e fecho os olhos, dormindo rapidamente.
— Pessoal! Pessoal, acordem! — ouço Lúcia gritar e sento na hora, alerta. — A estrela azul!
Olho para o lado e vejo a estrela brilhando no céu, assim como o sol nascendo.
— E eu achando que Eustáquio tinha posto fogo em algo. — eu resmungo, jogando-me no chão de novo. — Acorda, paspalho.
Caspian resmunga e se senta, então olha para o que aponto e sorri pra mim.
— Achamos a estrela! — ele comemora, animado, e inclina-se, dando um beijo em mim. — Bom dia!
— Ah, bom dia. — eu respondo e sento, respirando fundo. — Acordei com um mau humor que olha...
— E tá parecendo um leão, pra piorar a situação. — Jonathan faz piada e olho feio pra ele. — Relaxa, cenoura. Achamos a estrela!
— Eu vou jogar ele no mar. — digo para Caspian, recebendo um sorriso de volta. Argh, bom humor matutino? Jura?
— Acho que está adorável. — ele elogia e me dá outro beijo, fazendo-me sorrir a contragosto. Por que tão fofo? — Espero acordar com você mais vezes.
— Ei, cara, só depois do casamento! — Jonathan diz, olhando com olhos estreitos para o telmarino. — Ela tem quatro irmãos na sua cola, não se esqueça.
— Tudo bem, tudo bem. — Caspian ergue as mãos em rendição e dou risada, vendo ele levantar-se. — Vamos?
Seguro sua mão e me levanto, desanimada. Arrumamos as coisas e logo estamos voltando para o navio de bote. Quando estamos pertinho do navio, lembro de algo.
— Jon, lembra do que eu disse ontem? — pergunto e meu irmão me olha confuso, então arregala os olhos. Sorrio para Caspian, que ainda parece meio sonolento, e grito: — Acorda!
Tenho absoluta certeza que a água gelada deixou-o mais acordado que meu grito, já que ele me olha de olhos arregalados do mar, após ser empurrado nele.
— Eu disse pra ele que te jogaria no mar na primeira oportunidade. — eu explico, dando de ombros, e sorrio. — Eu não gosto de quebrar promessas, sabe.
— E eu não gosto de tomar banho de mar sozinho. — ele retruca, puxando-me para a água rapidamente.
— Caspian! — eu grito, sentindo a água gelada, e jogo água no seu rosto. — Paspalho!
O rei dá risada e entra no bote novamente, com a ajuda de Edmundo, e sou puxada também. Sinto o vento bater em mim, conforme somos puxados para o navio novamente, e sou abraçada por Caspian.
— Nosso primeiro banho juntos. — ele brinca, sorrindo, e reviro os olhos, mas sorrio também.
— Eu não tinha isso em mente quando pensei em um banho com você. — eu resmungo, olhando-o.
Trocamos olhares e damos risada, corando rapidamente.
Quando colocamos os pés no navio novamente, vamos trocar de roupa logo, enquanto o navio segue a estrela azul.
Eu e Caspian saímos de sua cabine pouco antes do meio-dia, sorridentes e abraçados.
— Ora, finalmente! — Edmundo exclama, revirando os olhos. — Achei que ficariam lá para sempre!
— O que estavam fazendo? — Lúcia pergunta, curiosa, ao lado de Gael.
Troco um olhar com Caspian, envergonhada, e sinto-me corar.
— Eles pareciam se divertir. — Gael comenta e eu sinto que vou explodir de vergonha. — A cama fez bastante barulho, estavam brincando de pula-pula, não?
— Exatamente. — respondo rapidamente, lançando um olhar feio pra Edmundo, que deu risada.
— Com certeza estavam brincando de pula-pula. — ele resmunga, enquanto Gael se afasta de nós. — Mas não do tipo que ela está pensando.
— Quer brincar de nadar com as ninfas, Edmundo? — pergunto ameaçadoramente. — Se não calar a boca, vai ganhar um bilhete de ida.
Com isso, o Pevensie levantou as mãos em rendição e afastou-se. Caspian seguiu-o, indo até Drinian, querendo informações de nossa jornada.
— O que faziam lá dentro, de verdade? — Lúcia pergunta e abraço-a pelos ombros.
— Te conto em um ou dois anos, ruivinha. — eu respondo e ela assente, abraçando-me pela cintura.
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Espero que tenham gostado.
Quem entendeu, entendeu, quem não entendeu, não entende mais.