11 - Pai?

29 2 0
                                    

Enquanto isso...

Salvatore

Pai.

Uma palavrinha com três letras que está me assustando desde a hora que acordei.

"Você é pai Salvatore."

Desde a hora que a Jessica me ligou para conversar comigo, eu não consigo para de pensar nisso. Até conversei com a Maya sobre isso porque sabia que se falasse com o Bruno não adiantar muito.

"Ele se chama Oliver, tem três meses e é lindo."

Eu sempre sonhei em ser pai, mas queria que fosse com a Mel, a mulher da minha vida e não com a vagabunda da Jessica.

"Tô voltando pra Belém pra você conhece a criança e pra fazermos um teste de DNA se quiser."

Balancei a cabeça e liguei para a pessoa que poderia me fazer me ajudar bastante com isso. Acho um banco na praça onde estou.
- Alô, mãe?
- Oi filho. Aconteceu alguma coisa?
- Preciso falar com a senhora, pode ser?
- Claro filho, só um minuto. Joaquiiiim. – Ouço ela chamar meu irmão. – Fica de olho nas panelas que eu vou falar com o Sal.
- Tá bom mãe. – Ouço o Joca dizer.
- Pronto filho, pode falar.
- A Jessica me ligou hoje, ela disse que eu tenho um filho com ela. – Digo logo tudo sem rodeios. Fica um silêncio do outro lado da linha. – Mãe? A senhora ainda tá aí?
- Tô sim meu amor, eu só tô tentando digerir o que você disse. Como assim você teve um filho com a Jessica? Vocês não terminaram já há 1 ano?
- Sim mãe, mas dizendo ela que já estava grávida quando terminamos. Eu não sei o que fazer.
- Bom, primeiro tem que fazer um teste né. Se for teu, assumir, se não for, manda ela embora. Mas não se preocupe, vou tá contigo.
- Obrigado mãe. – Conversei com ela por mais algum tempo até que desliguei. Tudo estava dando certo para mim ficar com a Mel e agora me aparece isso. Só espero que a Jessica não me atrapalhe.
- É melhor eu ir, se não eles vão virar Las Vegas de cabeça pra baixo atrás de mim. – Digo a mim mesmo já me levantando do banco. Vejo um casal brincando com duas crianças: uma menina que aparentava ter 1 ano e um menino que aparentava ter 3 anos.

Que sejamos nos no futuro, minha Mel.

Minutos depois...

- Demorou em Sal. – Diz Maya assim que chegou no Stratosphere Las Vegas.
- Tava precisando pensar.
- Ainda sobre o bebê? – Fiz que sim com a cabeça. – E a tia Sol falou o que?
- Ela disse que eu tinha que ver se é verdade essa história, e que é pra mim fazer dois teste: um na frente da Jessica e onde ela quer, e outro numa outra clínica sem que ela saiba, pois se derem resultados diferentes, ela forjou o resultado do primeiro.
- Tia Sol é esperta mesmo.
- Sim, por isso liguei pra ela. Minha mãe é maravilhosa.
- É verdade. E o que ela falou sobre a Mel? – Ela diz e eu suspiro. Minha mãe desde o começo sempre soube que eu sou louco pela Mel, vive dizendo que tenho que dizer para ela e eu vivo dizendo que não tenho coragem.
- Ela concorda contigo. Ela acha que eu devo mesmo me declarar e também tenho que pedir ela em namoro logo. – Digo rindo.
- Tia Sol sendo tia Sol. – Ela diz rindo.
- Mamãe quando quer, é maluca. Mas tenho que admitir que vocês duas tem razão.
- O que? Sério mesmo?
- Sim. E eu vou contar pra Mel no dia seguinte do teu aniversário. Quero voltar pra Belém já com a minha vida amorosa resolvida.
- Olha, quero ser madrinha de casamento de vocês. – E eu quero ser o padrinho teu e do Bruno.
- Pode deixar.
- Ei. – Ouço Mel chamar. – Vocês vem ou não?
- Já vamos. – Respondemos juntos. A manhã inteira foi boa. Me fez esquecer um pouco sobre o assunto de eu ser pai. Chegamos no hotel por volta das 21:30hs, pois as duas moças resolveram passear mais um pouco pela cidade. Cansados resolvemos ver um filme no quarto das meninas com ela. Hoje seria o dia da sessão romance já que a meia noite seria o dia do aniversário da Mel.
- Sério Maya? – Pergunto indignado.
- Sim. Em poucas horas será meu dia, então eu escolho qual o estilo de filme. – Diz com um sorriso do gato risonho da Alice.
- Ok então. A gente vai no quarto tomar um banho e encontramos vocês lá. E vê se tomam banho direito pra não ficarem cheirando a porquinhas. – Digo e logo em seguida recebo um tapa no ombro.
- Ei. Os porcos aqui são vocês.
- Ok. Depois vocês continuam com a DR. Quero tomar um banho e comer. – Diz Mel.
- Tchau então. – Digo. Depois de um tempinho, e de pedirmos uma lasanha e um bolo de chocolate, formos para o quarto das meninas. Tanto eu quanto o Bruno com uma calça moletom preto e eu de camiseta vermelha e ele de camiseta marrom. Mel abre a porta para a gente e eu desisto de entrar na mesma hora.
- Por favor, Maya. Qualquer filme menos esse.
- Porque? Esse filme é tão bom.

Onde que Simplesmente Acontece é bom????

- Ah, só vou assistir porque daqui a pouco é teu aniversário. Se fosse qualquer outro dia, mas nem a pau eu ia ver contigo. Assistirmos o filme água com açúcar até o celular apitar que já era 00:00hs.
- Meia noite. – Disse e três pares de olhos se viraram para mim.
- É MEU ANIVERSÁRIO! UHUU. – Grita uma Maya completamente louca dançando pelo quarto.
- Parabéns amiga. – Diz Mel abraçando ela.
- Obrigado.
- Parabéns pequena. – Diz Bruno abraçando ela também.
- Obrigado.
- Parabéns porquinha. – Digo e também vou abraça-la.
- Vem apagar a vela amiga. – Diz Mel. Cantamos parabéns para ela. Comemos o bolo, que estava uma delícia, e depois de mais um filme água com açúcar chamado A Culpa é das Estrelas que eu só entendi que o nome vinha da bebida chique que eles tomavam, dormirmos todos no quarto delas.

Loucura em Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora