12 - Aniversário

26 4 0
                                    

Domingo, 03 de Maio

Maya

Finalmente chegou o dia do meu aniversário. Até hoje, esse com certeza foi o melhor aniversário que eu já tive.
- Bom dia. – Gritou Mel pulando em cima de mim. Assim como eu, ela amava o meu aniversário, pois foi nesse mesmo dia que ela se mudou para a casa ao lado da minha e a gente se conheceu.
- Bom dia elefante. Agora sai de cima de mim que eu quero respirar. – Falo fingindo que não estou respirando.
- Eu não peso tá querida. – Diz ela saindo de cima de mim. – Levanta que já é 11:30hs aqui e 16:30hs da tarde no Brasil. Daqui a pouco o povo começa a ligar pra... – Ela é interrompida com o meu celular tocando. – Tia Regina. – Com muita preguiça, consigo me levantar.
- Atende e depois me dá. – Ela atende enquanto ajeito meu cabelo.
- Oi tia Regina, tio Arthur, Rafa. A Maya acabou de acordar, tá só ajeitando o cabelo.
- Oi meu amor, tá bom então. E você como tá?
- Eu tô bem e vocês?
- Estamos bem também.
- Que bom. Tia, vou passar pra Maya.
- Tá bom amor. – Mel me passa o celular.
- Oi mãe, oi pai, oi Rafa.
- Feliz aniversário. – Diz os três juntos.
- Obrigado família. Amo vocês.
- Amamos você também. Já abriu o presente que lhe dermos? – Pergunta meu pai.
- Ainda não. Mel? – Ela que estava penteando o cabelo me olha. – Tu pode pegar aquela caixa vermelha com preto ali? – Ela deixa os cabelo de lado e pega.
- Aqui oh. – Me entrega e senta de frente para mim e pega meu celular para me filmar. Minha curiosidade é tão grande que fica meio o difícil abrir a caixa devagar. Ao abri-la me deparo com uma camisa do meu time do coração, Paysandu, ela é branca e rosa, vem meu nome atrás, mas o que realmente me deixou surpresa é que no começo da blusa tem a assinatura de um dos melhores jogadores do time: Yago Pikachu.
- Pai, como... como... – Não consigo nem terminar.
- Incrível né? Como vocês estava sem uma camisa do Paysandu, resolvermos comprar uma e colocar o seu nome, pra ser especialmente sua. Ficamos de buscar em dois dias e assim formos. – Diz meu pai animado.
- No dia combinado, buscarmos a camiseta e formos pro restaurante, na hora do almoço, virmos um alvoroço lá na frente e quando virmos, era ele chegando, depois de almoçar conversamos com ele e ele disse que poderia sim assinar a camiseta com prazer já que era pro seu aniversário. – Diz minha mãe também animada. – Você gostou?
- Eu amei. Obrigado.
- Agora o meu. – Disse Rafa um pouco animado de mais.

Aí tem.

- Mel? – Olho para minha amiga e nem preciso dizer mais nada, pois ela já levantou e pegou o presente que o Rafa me deu. Era uma caixa pequena, nas cores lilás com um laço rosa em cima.
- O que tu tá aprontando seu Rafael Angelin? – Perguntei meio desconfiada. Balancei a caixa assim como fiz em casa e não escutei nada.
- Abre logo sua chata. Não tem uma bomba aí não.
- Assim espero. – Digo e abro a caixa me deparando com uma linda pulseira com vários pingentes: a lua, um coração, uma espátula, um casal, uma concha, a Torre Eiffel, uma estrela e uma patinha. – Que linda.
- Eu não sabia o que te dar, até ver uma pulseira com a lua, a estrela e o coração. Então comprei e comprei esses outros pingentes. Cada pingente tem seu significado: a lua é porque eu sei que você ama olhar pra ela assim como ama uma noite estrelada, o coração é porque eu sei o quanto o amor é especial pra você, a espátula é o teu amor pela cozinha, o casal é a mamãe e o papai, a concha é o nosso último verão com a família toda reunida antes da Liz casar, a Torre Eiffel é o seu sonho de conhecer o lugar e a patinha é a tua vontade de ter um cachorrinho e os nossos pais nunca deixaram. Tu gostou? – Eu vou bater nele. Estou chorando e ele ainda pergunta se eu gostei.
- Se eu gostei? Eu amei, esse é o melhor presente que tu já me deu. Obrigado. Vou usar hoje a noite. Obrigado por tudo família. Amo vocês.
- Amamos você também. – Dizem os três juntos. Ainda conversamos por um tempo até desligarmos.
- Agora o meu presente. – Diz Mel vindo o com uma caixa retangular de tamanho média, na cor lilás e verde.
- Não precisava amiga. – Pego e abro. – Que lindo amiga. – Era uma escultura de duas meninas se abraçando.
- Somos nós duas quando éramos crianças. – Ela diz olhando a escultura e vendo melhor, era mesmo eu e ela no dia que nós conhecemos.
- Eu não tinha reparado ainda. É lindo. Eu amei muito. Obrigada. – Digo e a abraço.
- De nada.

Loucura em Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora