31 - Valery

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Sábado, 03 de Outubro

Maya

Toc. Toc. Toc. Toc. Toc. Toc.

- Já vai. – Grito enquanto desço a escada e continuam batem na porta. – Já vai, calma. – Digo e quando abro tomo um susto. – Aí meu Deus. Valery. – Digo e a abraço.
- Oi. Eu tava morrendo de saudade amiga.
- Eu também amiga. Entra. – Digo e ela entra se sentando no sofá. – Me conta, como tá tava as coisas da Suíça?
- Estavam ótimas. Bati centenas de fotos pra nova campanha de roupa de inverno de uma loja aí. E você com tá pra cá?
- Bom, tenho duas novidade pra te contar.
- Qual?
- Bom, eu tô namorando o Bruno. – Digo e ela arregala os olhos.
- Tá de brincadeira. – Diz e nego com a cabeça. – Até que fim. – Diz e bate palmas.
- Até tu?
- Qual è a outra?
- Você vai ser titia. – Digo e ela paralisa.
- Você tá grávida? – Diz e põem as mãos na boca. – Gente, quanto tempo eu fiquei fora? 5 anos? – Diz e eu reviro os olhos.
- Deixa de doidice.
- Parabéns amiga. – Diz e me abraça.
- Valeu. Vou ligar pro pessoal, eles vão amar ter ver.
- Maya, posso chamar uma amiga que veio comigo?
- Claro. Que pergunta, Valery. – Digo e subo para pegar meu celular e ligo para eles, eles dizem que estão vindo.

Minutos depois...

- Chegamos gatas. – Diz Helô passando pela porta com o Bruno logo atrás dela. – Olha quem voltou. – Diz e abraça Valery. Pouco depois, chega a Mel com o Sal e o Rafael. O Joca não pode ir, tava no almoço da família da Raquel. A amiga da Valery disse que ia demorar um pouco, pois foi rever a família.
- Estávamos com saudade de ti. – Diz Mel a abraçando.
- Eu senti saudade de vocês também. Maya, me contou. Parabéns pelo casamento e a bebê.
- Obrigada.
- O que acha de me ajudar com o almoço, Bruno? – Pergunto ao meu namorado que levanta do sofá e vem me ajudar. Acabamos escolhendo fazer macarronada de carne por ser rápida e mais prática.
- Mas e aí? Não arrumou ninguém por lá? – Perguntou Rafa.
- Eu não me prendo a ninguém, baby, você sabe. Relacionamento não é comigo, mas pode ter certeza que sem companhia eu não fiquei. – Sorri maliciosa.
- Tu não sente falta do Brasil não? – Perguntou Helô.
- Sinto, mas gosto de posar e desfilar. Quem sabe um dia, eu volte pra cá, mas por enquanto quero curtir mais a minha carreira. – Diz e a campainha toca. – Dever ser a minha amiga. – Diz e levanta. Logo ela volta com uma loira. – Pessoal, esse é a Giovanna. Gigi, esses são a Maya, o Bruno, a Mel, o Sal, a Helô e o Rafa. Falto só o Joca.
- Prazer. – Diz um pouco tímida.
- Senta Giovanna. Já vamos servir o almoço. – Digo a ela que se senta perto da Valery.
- Podem me chamar de Gigi.
- Tá bom, Gigi. – Diz Mel. Bruno trás a travessa de macarronada, almoçamos e conversamos bastante. - Valery, lembrei da gente curtindo o carnaval ano passado, quando até os policiais ficaram rindo de ti - Digo rindo.
- Credo Maya, esquece essa história. - Diz rindo.
- Que história foi essa? - Perguntou Gigi sorrindo.
- Conta pra ela, ela vai rir de mais. - Diz Mel sorrindo.
- Eu vou contar. - Digo rindo. - Ano passado essa maluca veio passar o Carnaval com a gente, então resolvemos sair e formos curtir na Cidade Velha. Fomos só eu, a Mel, a Helô e ela. Ela tinha acabado de ficar solteira. Nós arrumamos e fomos, durante a festa, ela já porre, tentou ficar com um cara, ele não quis, então ela começou a brigar com ele, aí chamaram os policiais pra apaziguar a brigar e quando perguntaram o que tava acontecendo, ela disse chorando: "Esse doido que não quis ficar comigo." Aí ela veio comigo: "Amiga, eu sou feia? Porra, eu sou feia né, porque meu namorado me meteu chifre com uma das modelos e esse idiota aqui não me quis. Vou virar é puta pra ver se eu arrumo alguém nesse Carnaval." Aí nem a gente e nem os policiais aguentamos e começamos a rir dessa maluca. - Digo e todas nós começamos a rir.
- Sério Valery? – Pergunta Gigi e ela concorda rindo. – E eu pensando que não tinha nada pior do que tu fez na festa do Luis.
- Agora quero saber o que ela aprontou. – Digo rindo.
- O Luis é um dos modelos de lá da Suíça. Ele nos convidou para uma festa e nos formos, chegando lá, essa daí começou a beber todas, e foi dançar, até aí tudo bem, o engraçado vem depois. Tinha uma música meio sensual tocando, não sei o que deu nela que essa doida subiu em cima da mesa, começou a dançar e fez um striptease, quando ela foi tirar a saia, escorregou e caiu no chão. – Diz e ri, nós a acompanhamos.
- Tu tem que parar de beber, Valery. – Digo rindo.
- Pensem pelo lado bom, sempre vamos ter uma história nova pra contar. – Diz e dá de ombros rindo. É cada amiga que eu tenho. Ficamos conversando até o fim do dia quando a Valery e a Gigi disseram que iam para a balada. Prefiro ficar em casa na companhia do meu namorado e também na próxima semana é o aniversário do meu pai e estamos organizando uma festa surpresa para ele.
- Então, como anda os preparativos? – Pergunta Bruno se sentando ao meu lado com um balde de pipoca.
- Estamos bem adiantados. Algumas coisas que fizemos, estão na casa da Liz pro papai não desconfiar, assim espero. – Digo pegando um pouco de pipoca. Bruno coloca um filme para assistirmos, mas não demora muito e já estamos nos beijando esquecendo totalmente dele.
- Esperei tantos anos que é como se eu tivesse sonhando te beijar agora. – Diz Bruno ao paramos o beijo para respirar.
- Não tá sonhando não. – Digo e voltamos a nos beijar. – Vamos pro quarto é melhor.
- Vamos. – Desligamos a TV e subimos, voltamos a nos beijar e não demora muito já estamos sem roupa. Ele me deitar na cama devagar e beija meu corpo todo até chegar em minha intimidade.
- Bruno. – Digo num sussurro.
- O que vocês quer?
- Você dentro de mim agora.
- Com prazer. – Diz e entra em mim, nos conectamos numa intensidade e logo chegamos ao ápice. Ele deita ao meu lado e me puxa para deitar no seu peito.
- Nossa, isso foi incrível. – Diz sorrindo e ouço seu coração bater. O olho e digo:
- Você parece uma garota que acabou de ter sua primeira vez. – Digo e rimos.
- Bom, nossa primeira vez, meio que estávamos bêbados e não lembramos de nada, agora estamos sóbrios pra lembrar dessa nossa história sempre. – Diz e beija. Umas imagens surgem na minha cabeça: eu e o Bruno numa balada nos beijando. – Maya, eu...
- Também surgiu umas imagens nossas na tua cabeça? – Pergunto e ele assente. – Será que vamos lembrar de tudo?
- Não sei. Pode ser que sim. – O celular do Bruno toca, ele pega, atende e bota no viva voz.
- Gente, eu e a Mel achamos que lembramos alguma coisa do aniversário da Maya.
- Sério? Eu e a Maya também.
- O que vocês lembraram?
- É umas imagens da gente se beijando na balada e vocês?
- Eu e a Mel abraçados ao Elvis Presley. – Diz e rimos.
- Não sei se fico feliz por estamos lembrando ou se fico com medo do que aprontamos. – Digo rindo.
- Verdade. Bom, estamos indo dormir. Tchau.
- Tchau. – Dizemos juntos. Fico pensando nessa possibilidade de estamos lembrando e acabo adormecendo.

Uma semana depois...

Sábado, 10 de Outubro

Hoje é o aniversário do meu pai, 46 anos. Eu, a Liz e o Rafa estamos organizando tudo enquanto nossa mãe o enrola no cinema.
- Quero só ver a cara do papai quando ver o tema da festa. – Diz Liz rindo.
- Ele vai rir pra caramba. – Diz Rafa. – E você mocinha, vai se sentar um pouco. – Diz apontando para mim.
- É mesmo Maya, você tá grávida de 5 meses, vai descansar um pouco. – Liz me senta no sofá e eu fico brincando um pouco com a minha sobrinha de 3 meses, mas que é bem espertinha. Ela parece bastante com a minha irmã. Minutos depois, o pessoal chegou, eram os mesmos convidados de sempre, com a diferença que agora tem o Bryan com os pais.
- Gente, gente, mamãe acabou de mandar uma mensagem, eles já estão aqui perto. – Diz Liz e todos nós fomos nos esconder. Desligamos a luz como sempre fazemos quando não tem ninguém.
- Poxa, as crianças saíram, ia chamar eles pra irmos comer uma pizza. – Diz papai um pouco triste antes de abrir a porta. Ele acende a luz e todo nos gritamos:
- SURPRESA. – Abraçamos meu pai e ele riu que só quando viu a decoração.
- É sério o pessoal? – Pergunta rindo. – Comida? Esse é o tema. – Diz e começa a rir. A festa foi ótima. Eu e a Mel comemos muito.

Estamos comendo por dois, então já viu.

Já estava bem tarde, meu pais foram deitar, o Rafa também porque iria sair com o Bryan para a praia, ficamos só eu e o Bruno.
- Maya?
- Hum?
- Tava pensando, que tal falarmos com nossos pais e fazemos a festa de Natal lá em casa esse ano? Eatamos juntos, somos uma família agora. O que acha?
- Eu adorei. Vou falar com meus pais amanhã tá bom?
- Tá ok. – Diz e sorri. – Bom, vou indo, já tá tarde e vocês precisando dormi. – Diz se levantando e eu o acompanho, na porta o beijo e ele vai.

Dia seguinte...

- Bom dia família. – Digo ao sentar na mesa.
- Bom dia barriguda. – Diz Rafa rindo e dou língua para ele.
- Vocês não crescem mesmo né. – Diz papai rindo.
- Aqui a salada de frutas, sem morando. – Diz mamãe rindo, até hoje ela acha engraçado eu ter enjoado justo morango, mas o que posso fazer se a Tatia não gosta?
- Mãe? Pai? Tava conversando ontem com o Bruno e ele queria saber se esse ano a gente pode passar com a família dele lá na casa dos pais dele. – Pergunto depois e engolir um pouco da minha salada.
- Claro filha, agora somos uma família, a Tatia uniu a gente. Só tenho que ligar pra Olga pra saber no que posso ajudar. – Diz e concordo.
- O Bruno disse que ia falar com a mãe dele e depois ia me avisa. – Digo e ouço uma buzina.
- Tchau família. – Diz Rafa e dá um beijo em cada um de nós.
- A relação pelo jeito tá seria né. – Digo rindo. – Pelo andar da carruagem não vai demorar muito para o seu Arthur ganhar mais um genro. – Digo rindo e papai se engasga com o café, o que faz com que eu e mamãe ríamos ainda mais.
- Calma aí que as coisas tem que ir devagar. Eu gosto desse Bryan, mas vocês lembram como ele ficou por causa daquele outro idiota. Não quero ver meus filhos triste. – Diz papai e suspira. Nessa parte eu concordo, mas concordo também que o Rafa tem que ser feliz. Pouco depois, o Bruno me mandou uma mensagem dizendo que a mãe dele adorou a idéia e que já ia ligar para minha mãe para resolverem tudo.

Loucura em Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora