Loucura em Las Vegas

5 - Um Pouco Atrasados

2 dias depois...

Quinta, 30 de Abril

Maya

Chegou finalmente o dia da nossa viagem a Las Vegas. Com certeza o dia do meu aniversário entraria para a história.
- ACORDA MAYA. – Grita minha mãe do lado de fora.
- JÁ VOU. – Levanto com a maior preguiça que existe e assim que vejo a minha mala na frente do meu guarda roupa, um sorriso igual o do Coringa surge em meu rosto.

Daqui três dias faço 21 anos.

Para muitos fazer aniversário é chato, para outros é maravilhosos, já eu sou meio a meio: não gosto de envelhecer, mas adoro fazer festa. Minha mãe diz que sou louca, eu acho super normal, fazer o que né. Depois de tanto enrolar, decido me levantar, fazer minha higiene e decidir o que irei vestir, depois de tempo decido por uma calça jeans com um blusa azul com o desenho do pânico que ganhei ano passado da minha prima Stella, ela ama filme de terror, e um tênis branco.
- MAYA ANGELIN, SE TU NÃO DESCER EM 5 MINUTOS, TU NÃO VAI MAIS VIAJAR. – Vixx, é melhor eu correr para me arrumar.
Me arrumo correndo e desço para o café encontrando mamãe, papai e...
- Rafael? – Pergunta surpresa por meu irmão não ter ido a aula hoje. – Porque não foi pra aula?
- Se eu fosse não ia conseguir me despedir de ti né. E também não ia poder dar o meu presente. – Diz me entregando uma caixa. – Mas só pode abrir no domingo. Espero que goste.
- Vou amar com certeza. – Digo sacudido para ver se faz barulho, mas não escuto nada. Levanto e Abraço meu irmão.
- Tomé logo seu café, já são 8hs. – Diz meu pai. O vôo sai daqui 30 minutos.
- Tô ferrada. – Digo já me servindo de café. Quando estou quase terminado a campainha toca.
- Eu atendo. – Disse Rafael. – Oi Mel, ela ainda tá tomando café.
- Não acredito Rafael. Vou matar a tua irmã. – Ela entra na sala no momento que coloco um pedaço de pão na boca. – Maya! – Ela fala indignidade e eu apenas lhe dou um sorriso. – Tu não tem jeito né. Termina logo isso aí que só temos 20 minutos pra chegar no aeroporto.
- Já são 8:10hs? – Pergunto assustada.
- Sim.
- Meu Deus. – Digo levantando e dando um beijo nos meus pais e outro no meu irmão.
- Maya. – Meu pai me chama.
- Oi pai.
- Toma. – Ele me entrega uma caixa no tamanho médio. – Espero que você só abra no domingo. Mel fica de olho nela.
- Pode deixar tio. Tchau. Tchau tia. Tchau Rafa. – Diz já saindo de casa.
- Tchau mãe. Tchau pai. Tchau Rafa. Amo todos vocês. – Digo indo em direção a porta.
- A gente te ama também. – Dizem os três juntos.
Ao sair me deparo com Mel no carro dela.
- Por que tu tá no teu carro, Mel?
- Porque a gente vai nele e a Heloisa vai levar ele pra minha casa.
- Ata. – Entro no carro e vamos em direção ao aeroporto. Encontraremos os rapazes lá.

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Quinta, 30 de Abril

Bruno

Acordo com um peso em cima de mim. Só poder ser um elefante ou a minha irmã. Abro o olho só pra ter certeza.
- Pensei que era um elefante em cima de mim. – Falo com a voz rouca de quem acabou de acordar.
- Nossa, eu venho te acordar pra você ir viajar com a mulher da tua vida e ainda sou assim. – Acordo de vez com essa notícia dela.
- Que horas são? – Pergunto já sentando na cama procurando o celular. Até que achei ele em baixo da cama. – Puta merda, já são 7:30hs, o vôo sai as 8:30hs e eu ainda tenho que passar no Sal. – Me levanto correndo, faço minha higiene o mais rápido possível e por pouco na passo sabonete no queixo e o barbeado no dente. Vou em direção ao guarda roupa e visto a primeira roupa que encontro: uma calça moletom verde escura e uma camisa preta e um tênis preto também. Desço para tomar café e só está minha mãe e a Heloisa.
- Bom dia.
- Bom dia. – Dizem as duas juntas. Dou um beijo na cabeça de cada uma e me sento para comer um pouco.
- Obrigado por me acordar Helô.
- Fica me devendo uma. – Ela diz e dá o sorriso do gato de botas. Tenho até medo quando ela faz isso.
- Conheço esse sorriso, não vou fazer e nem comprar nada.
- Eu não quero isso. Quero, eu só ia pedir um dos teus livros emprestado.
- Ok. Pode pegar qualquer um, mas depois que terminar coloca onde achou.
- É por isso que eu te amo. – Diz e vem me abraçar. Ela nunca compra livros, pois ela sabe que eu vivo comprando. Sempre pede um emprestado.
- Interesseira. – Digo tomando o último gole do meu café e pegando mais um pedaço do bolo que a Helena fez. – Tchau mãe. – Digo me levantando. – TCHAU HELENA. – Grito para ela que está na cozinha.
- Tchau meu amor. – Diz minha mãe me Abraçando.
- Tchau menino Bruno. – Diz Helena me abraçando também.
- Vamos Helô.
- Já tô indo. Calma. – Diz vindo atrás de mim. Depois de ela por o cinto de segurança, partirmos rumo a casa da tia Solange e do tio Vicente, buscar os dois patetas que se eu chamam Joaquim e Salvatore. Assim que chegamos somente eu sai do carro. Toco a campainha e pouco depois a tia Sol vem me atender.
- Oi Bruno. Tudo bom meu filho?
- Oi tia. Tudo sim e a senhora?
- estou ótima. Entra o Sal e o Joca estão descendo já. Esperamos lá na sala.
- Tá bom. Obrigado. – Vou rumo a sala e encontro o pai dos meninos. – Oi tio. – Estendo a mão para ele cumprimentar, o que ele faz de bom grato.
- Oi Bruno. Tudo bom?
- Tudo sim e o senhor?
- Bem. Cadê a Heloisa não vinha com você? – O tio Vicente e a tia Sol sempre foram loucos para que a Heloisa fosse sua nora, na minha opinião, acho o Joca muito mulherengo.
- Esta no carro esperando a gente.
- Vai Sal. Deixa eu pegar os teus filmes. – Diz Joca descendo a escada.
- Já falei que não, Joaquim. – Diz Sal descendo na frente do irmão.
- Mas tu é chato.
- E tu é folgado.
- Salvatore, você não tem que fazer uma viagem? – Pergunto para que ele me note ali.
- Fala cara. Tenho mesmo e já estamos atrasados. Tchau pai. Tchau mãe. – Diz dando um beijo na mãe e saindo.
- Tchau tio. Tchau tia. – Me despeço dos dois. Na hora que eu estou saindo ouço o Joca perguntando para o Sal:
- Nossa quem é a gatinha no carro?
- Aquela é a Heloisa minha irmã. – Digo para mostrar que estou escutando ele.
- Sem ofensa Bruno, mas tua irmã é linda. Mas não mais que a minha namorada.
- Disque tá namorando? Acredita nisso. – Diz Sal fazendo graça do irmão.
- Vai te catar Salvatore. – Diz indo para o carro revirando os olhos. Nós dois caímos na gargalhada.
- Joca, essa é minha irmã Heloisa. Helô, esse é o irmão do Sal, Joaquim, mas se pode chamar de Joca. – Apresento os dois.
- Satisfação bela moça. – Diz Joca tentando ser galanteador.
- Satisfação cavalheiro. – Diz Helô se controlando para rir.
- Chega de palhaçada e vamos logo pro aeroporto. O vôo sai daqui 15 minutos. – Diz Sal entregado na parte de trás do carro. Joca entra no banco do motorista, pois ele vai levar o meu carro enquanto a Helô vai levar o da Mel.
- Temos que voar então. – Digo me sentando no banco do passageiro. Depois de me acomodar, partirmos rumo ao aeroporto.