CAPÍTULO I

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Os últimos raios de sol levavam a claridade dos céus, assim como os últimos instantes de vida de Dom Jeon Junhong. O homem convalescia enfermo em cima de uma cama, rodeado por seu administrador, a filha dele, o capataz da fazenda e Padre Min, que se encontrava com um documento nas mãos tentando fazer o senhor das terras fluviais da colina assiná-lo.

- Por favor Dom Junhong, assine. Não vá se arrepender justamente agora. Em pouco tempo o senhor vai estar de frente para o criador e o que responderá quando lhe perguntarem sobre seus deveres cristãos? Vai dizer que nem mesmo em seu último dia de vida não teve um gesto de amor pelo seu único filho?

O sacerdote tentava convencer o velho Jeon, em seu leito de morte, reparar anos de erros e abandono parental ao reconhecer ao bastardo Jungkook como seu herdeiro. O rapaz não estava presente no quarto, havia acabado de chegar da capital e aguardava no jardim malcuidado da Casa Grande, as últimas ações de seu progenitor. Não o chamava de pai, pois odiava ao homem que violou uma pobre camponesa da vila e a abandonou a própria sorte carregando em seu ventre as consequências de um crime.

- Senhor Jungkook! - O rapaz ouviu seu nome ser chamado ao longe pela filha do administrador de Dom Jeon. - Ele assinou - Disse ela sorrindo. - Com muito custo e com auxílio do padre, que precisou segurar em sua mão, Dom Jeon terminou de assinar o documento em que reconhece o senhor como seu filho e único herdeiro.

Assim que ouviu as palavras da mulher, Jungkook se levantou e partiu em direção ao quarto. Não se surpreendeu ao ver o velho deitado em sua cama, com olhos desfocados, mirando para o nada e gemendo de dor. Já fazia alguns anos que não andava bem de saúde, porém nós últimos meses seu caso havia piorado. O rapaz ficou sentado na janela enquanto ouvia os murmúrios do velho e os cochichos das pessoas que também estavam ao redor.

- Estive fora numa comissão, mas vim assim que eu soube. Como ele está? - Prefeito Lee Seunghyun perguntou ao padre Min.

- Ele não resiste até amanhã. - Respondeu o sacerdote.

- Seja feita a vontade do criador. Me disseram que apareceu um filho de Dom Jeon? - O homem perguntou com curiosidade.

- Sim. É o rapaz que está ali, próximo a janela. Parece que o criador tocou o coração de Dom Jeon em seus últimos momentos de vida e reconheceu Jungkook como seu filho.

O moribundo começou a tossir e gemer mais alto em seu leito, chamando a atenção de todos. Os olhos estavam abertos, mas não focava em nada, pois a avançada idade e a doença lhe tinham tirado a visão.

- Dom Jeon, aqui está seu filho. - O padre chegou mais perto do enfermo para que ele o escutasse melhor. - Jungkook diga alguma coisa para que ele escute sua voz.

O rapaz chegou perto da cama e pode observar que o velho Jeon estava de olhos abertos, mas já não fazia som algum.

- Padrinho... - Jungkook chegou mais perto e colocou o ouvido no peito do velho, confirmando que não havia sinais respiratórios ou batimentos cardíacos. -... ele se foi.

O rapaz fechou os olhos do falecido e deixou que o padre se aproximasse para dar sua última benção. O ambiente estava sério e todos os presentes fizeram o sinal da cruz em respeito ao defunto. Jungkook não estava diferente dos demais, se encontrava sério, mas não havia tristeza em seu olhar, já que não tinha consideração por aquela pessoa que acabava de partir.

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- E de onde surgiu esse filho de Dom Junhong? - Perguntou prefeito Lee enquanto descia as escadas da Casa Grande acompanhado pelo administrador da fazenda e sua filha.

- Nós também não sabemos de muita coisa, chegou há poucos dias da capital. Quando Dom Jeon piorou, padre Min mandou chamá-lo. - Informou administrador Kwon Doyeon.

Amor Real 🌈 JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora