EXTRA PARTE I

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É tão difícil entender o coração e a nossa capacidade de amar. Quando pensamos que temos o controle de nossos destinos e sentimentos, algo muda, nos fazendo perceber que esse novo direcionamento será a melhor coisa que acontecerá em nossas vidas. Foi assim com Park Jimin quando se apaixonou pela primeira vez, pensava que seria para sempre, que ao ter seu coração partido nunca seria capaz de recuperá-lo. 

Ledo engano, Jeon Jungkook chegou em sua vida como uma tempestade; inesperada, balançando suas estruturas e deixando tudo fora do lugar. Mas nem de longe isso significou algo ruim, e assim como um temporal leva embora tudo que está em seu caminho, o alfa arrastou a dor de seu passado, lavou seu choro e deixou espaço aberto para reconstrução. Em meio a calamidade é meio difícil vislumbrar novas possibilidades, porém instantes de tormentas são necessários para reconhecermos a importância da calmaria. Park não reconheceu como amor no primeiro momento, mas quando decidiu adaptar-se as novas mudanças que surgiram em sua vida, Jungkook inundou seu coração com amor. 

O sentimento que nutre por ele é como uma brisa da manhã, o sopro meigo e calmo que provoca sensações de frescor e paz. Com Jeon pôde descobrir que o amor é calmaria, aconchego, perdão e recomeço. O ômega descobriu que o amor tem a cor verde das árvores que via quando abria a janela do seu quarto, e o amarelo dos raios de sol que entrava pelas cortinas. Tinha o cheirinho de café recém passado que vinha da cozinha, tinha o gosto dos lábios de Jungkook, tinha o som da risada do amado e de seus filhos.

Ah seus filhos... o amor que sentia por eles era um sentimento que nem sabia explicar. Jungkook tinha razão quando dizia que as palavras era tão pobres para expressar o que significava ter eles em sua vida. Quando ainda era criança, Jimin sonhava um dia ter seus filhos e sua própria família. No entanto, de todos os lindos cenários que idealizou, nada chegou perto do verdadeiro sentimento, a maravilhosa felicidade que sentiu ao pegar seus bebês nos braços e participar de cada etapa de seu crescimento. As vezes queria que o tempo parasse para aproveitar um pouco mais com seus filhotes no ninho, porém era delicioso acompanhar as primeiras falas, o nascimento dos dentinhos, os primeiros passinhos. 

Jungsoo já era um rapazinho muito esperto e independente, já frequentava a escolinha, andava a cavalo e acompanhava o pai no dia à dia na fazenda. Rose tinha onze meses, para alegria de Jimin ainda era muito agarrada a si, ele até se sentia culpado por mima-la tanto, mas estava com saudade de ter um bebê para cuidar. E a garotinha aproveitava de seus privilégios, tinha dias que ninguém conseguia fazê-la dormir em seu próprio quarto, a pequena Jeon Park só se dava por satisfeita quando ficava acomodada entre os dois papais. Como havia acontecido na noite anterior.

— Nain! — Jimin ouviu sua pequena gungunar a palavra em resposta ao seu outro pai.

— Fala papai, Rose. — Jungkook tentou mais uma vez.

— Nain! — A bebê respondeu olhando para ele.

— Anda, minha flor. Diz papai. — O alfa falou frustrado.

— Nain!

—Nain, nain, nain... Como você pôde aprender a falar “não“ invés de “papai“? — Jeon perguntou indignado.

— Ela te chama de “Goo” de vez em quando, já é um avanço. — Jimin sorriu ao ver o bico do marido. — Ela começou me chamando de “Minmin “ e eu nunca fiquei revoltado. Logo ela aprende.

— Mamá... — A garotinha murmurou em seu limitado dialeto o que queria, então se virou para o lado do ômega, capturando seu mamilo. 

Já que Jimin estava sem camisa, a filha não encontrou nenhum empecilho para se alimentar. Ao contrário de meses atrás, ela agora só aceitava o peito de seu progenitor e de mais ninguém. Por mais que gostasse da filhota agarrada a si, o ômega enfrentava algumas dificuldades quando saia para trabalhar porque ela não queria pegar a mamadeira. Ela tinha uma rotina, mamava o peito assim que acordava e as 9 tomava a mamadeira, dificilmente aceitava o objeto em outras ocasiões. 

Amor Real 🌈 JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora