CAPÍTULO XXXIV

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Jimin já estava na reta final da gravidez, o tempo havia passado surpreendentemente rápido. Os primeiros meses não foram fáceis, mas as últimas semanas estavam sendo piores por causa das mudanças bruscas em seu corpo e a rotina intensa de trabalho.

O ômega se sentia enorme, cansado e impaciente, passava o dia inteiro fora de casa e quando voltava não conseguia descansar porque nenhuma posição parecia ser confortável. 

O pobre gestante sofria com azia, cãibras e prisão de ventre, porém o que mais lhe atordoava era os inchaços e as dores nas costas que as vezes lhe dificultava até levantar da cama.

Park estava quase concluindo o treinamento de auxiliar de enfermagem, agora já fazia serviços específicos da área como atender pacientes, cuidando de sua higiene e alimentação, fazia curativos e ministrava medicamentos seguindo as indicações dos médicos.

Não era uma rotina tranquila, devido a demanda de profissionais seu horário havia mudado e trabalhava das 7 da manhã até às 19:00 da noite, depois seguia para as aulas e ficava até às 21:00 horas. Resolveu pegar dois turnos no hospital, pois iria ganhar melhor e ter mais experiência, sem falar que praticamente o obrigaram a aceitar a proposta já que faltava pessoal qualificado.

Jimin ficava o dia inteiro pé, andava de uma lado para o outro quase sem parar nenhum momento. Tinha dias que sucumbia a exaustão, e aproveitava as duas horas de descanso para chorar em algum quanto reservado longe de olhos julgadores.

O rapaz se negava a deixar-se vencer pelo cansaço, então quando as dificuldades começavam a lhe abater, ele respirava fundo e conversava com seu bebê, uma ação que sempre lhe ajudava a manter a calma.

Outra atividade que lhe fazia bem, era escrever cartas para as famílias dos soldados feridos nos confrontos com os rebeldes. O ômega ficava emocionado com as palavras que eles pediam para colocar em suas correspondências, era tanto amor envolvido que lhe comovia e consequentemente o fazia lembrar de seu amado. 

A rotina corrida e estressante dos estudos e trabalho, ocupavam sua mente e lhe distraia do sofrimento, a mágoa havia passado, mas a saudade e o amor ainda permaneciam intactos em seu coração. Jungkook não tinha aparecido nem para expulsá-lo de casa, até agora não sabia se ele ainda não havia tomado conhecimento de sua invasão ou não queria vê-lo nem para o despejar.

Park afastou os sentimentos negativos de sua cabeça, apesar de momentos difíceis, sua vida estava entrando nos eixos. O trabalho no hospital o permitiu fazer o acompanhamento correto da gravidez, e as instruções que os médicos passavam amenizavam os sintomas dos enjoos, um pouco dos inchaços entre outras complicações.

Jimin aproveitou o raro dia de folga para ir a missa acompanhado da tia e Iseul, O lugar lhe trazia paz, os cânticos do coral eram belíssimos e lhe ajudavam a relaxar, assim como o bebê. Encontrou alguns conhecidos na igreja, tirando Seulgi que lhe visitava e contava as novidades, não teve mais contato com as pessoas de seu círculo de amizade. Foi até o pessoal com quem fazia algumas atividades beneficentes, mas eles não pareciam muito felizes em lhe ver.

— Bom dia! Como estão? — Park cumprimentou o grupo de mais ou menos cinco ômegas conhecidos.

— Olá, Jimin. Como está? — Um rapaz alto e pálido o cumprimentou de volta, os outros apenas acenaram com a cabeça.

— Muito bem, obrigado. — O ômega sorriu. — Seulgi me contou que vocês estão organizando um leilão beneficente para reconstrução da catedral de Ilsan que foi prejudicada nos confrontos.

— Ah sim. Meu marido disse que o governo tem que priorizar os gastos com o exército, então sobra para a nossa classe juntar forças para ajudar a preservar nosso patrimônio. — Ong Seongwu justificou. Ele parecia nervoso, olhava toda hora em direção aos amigos que haviam saído dali.

Amor Real 🌈 JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora