CAPÍTULO IX

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Dias Atuais

Kate Moraes

O bip agudo que indica a abertura da cela soou. Logo em seguida ouvi a voz rude de um dos policiais de plantão.

_Visita para você!

Quando abri os olhos do silêncio que me acalentava identifiquei(juntei) a voz do policial com a mesma figura que semanas antes me dera um tapa na cara.

_É. Pelo visto você vêm sempre aqui. - Zombei, e vi sua testa franzir. Essa brincadeira está ficando cada vez mais legal.

Ao chegar na sala cinzenta vi uma miragem decrépita e girei, em direção à porta por onde entrei.

_Não conheço esse aqui, podem me levar de volta.

Ele levantou rápido e fiquei surpresa por não ter caído ou se desfeito no ar.

_Tenho uma proposta para fazer.

_Mas eu não quero saber.

_É do seu interesse.

_E como você sabe o que é do meu interesse? - Fui até a mesa e apoiei minhas mãos na madeira com tanta força, que a ponta dos dedos ficou sem circulação sanguínea, e as veias aparecendo. Arqueei a sobrancelha, esperando por sua resposta.

_Foi o que eu pensei. - Conclui e andei novamente em direção à porta.

_Fred-ônix. - Abruptamente, parei no caminho que me levava à solidão profunda. - Sei que quer se vingar da empresa e tudo que ela indiretamente fez a você e estou aqui como um amigo que irá te ajudar.

_Por que eu deveria acreditar em você? - Perguntei, curiosa.

_Porque eu tenho objetivos e você precisa de mim e eu jamais deixo para trás os meus objetivos. O que acha?

Sem pensar muito eu respondi:

_Não me convenceu.

_O tempo acabou. - A policial me puxou.

_Smile. - Chamou e olhei em sua direção. - Ele vai vir te tirar daqui e quando vier ele irá dizer o nome de outra pessoa que vai tirar de você. Eu só preciso saber se sua atitude será a submissão ou a enganação. Seja qual for a sua atitude, eu te encontro.

Como As Estrelas Morrem: A Caixa De PandoraOnde histórias criam vida. Descubra agora