Simona
Antonella desviou o olhar do meu, encarando Marta. Segurei a vontade de agarrá-la e sair puxando ela dali, mas tinha medo de irritá-la ainda mais.
— Vai ficar calado, Simona? — Marta perguntou com ironia.
Olhei para ela,querendo matá-la. Não me importava que ela fosse a minha mãe,ela estava estragando tudo entre mim e Antonella, a única mulher que eu já gostei em toda a minha vida de merda.
— Não tenho nada para falar com você, Marta, tudo o que sai da sua boca são coisas insignificantes. — retruquei, minhas mãos se fechando em punho ao lado do meu corpo.
— Certo. — ela se virou para encarar Antonella,seus olhos castanhos claros cheios de sarcasmo e maldade. — E você? Não vai dizer nada sobre o seu marido tê-la trazido ao mesmo restaurante que costumava trazer as suas outras 'prostitutas'? — Olhei para Antonella. Ela encarava Marta, séria,seus olhos não estavam lacrimejados e nem acuados,mas tinha um brilho assassino neles.— Agora você vê que você não passa de mais uma para ele.
Franzi o cenho,abrindo a boca para retrucar, foi quando Antonella acertou em cheio o rosto de Marta, o estalo do tapa enchendo o restaurante. Marta arregalou os olhos surpresa,colocando a mão na bochecha que começava a se avermelhar.
As pessoas ao nosso redor pararam tudo o que estavam fazendo para olhar o que estava acontecendo.
— Eu não me importo com o que você pensa de mim, ou de Simona. A única coisa que importa é o que nós achamos sobre isso. — Antonella deu um sorriso, cuspindo sarcasmo em Marta. — Agora,eu não vou mais aceitar que você pise em mim,e nem ninguém mais. Pega toda essa sua superioridade e “enfia no rabo”.
Não consegui deixar de sorrir. A companhia de Maggie estava lhe fazendo bem.
— Quero ir pra casa,Simona. — ela olhou para mim,mas não tinha nenhuma fagulha do que tinha antes de Marta chegar,apenas decepção. — Agora. — completou.
Ela saiu andando, me deixando para trás com Marta.
Olhei para Marta e passei por ela,a deixando ali,parada no meio do restaurante.
Corri atrás de Antonella, ela já estava abrindo a porta de trás do carro. Segurei o braço dela com delicadeza e ela parou.
— Antonella... — comecei,mas ela me interrompeu.
— Não fale comigo. — o ar saiu de mim em uma única lufada,como se eu tivesse levado um soco no estômago. Por que caralho,aquilo doeu tanto?
Ela puxou o braço do meu aperto e entrou no carro,indo se sentar do outro lado,olhando pela janela. Suspirei,um bolo subindo pela minha garganta,e entrei fechando a porta com força. Olhei para ela de novo,mas Antonella nem sequer virou o rosto para me olhar.
Suspirei pesadamente,olhando para as minhas mãos juntas enquanto Mike dava partida no carro e saía da frente do restaurante.
Que porra eu fiz?
Antonella
Assim que as portas do elevador deslizaram abertas eu saí. Simona me seguiu,abrindo a porta da cobertura e assim que ele a destrancou,eu a empurrei e entrei na mesma.
Queria tomar um banho longo e relaxante,e o mais importante,ficar longe de Simona. Ele me levara naquele maldito restaurante,o mesmo que ia com outras mulheres,as conquistas de uma noite dele.
Segurei as lágrimas enquanto subia a escada apressada,os passos de Simona apressados atrás de mim escada acima.
— Meu anjo... — ele começou assim que terminei de subir a escada.
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Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3
RomanceObra registrada! Plágio é crime! ATENÇÃO!-Esse livro contém sexo explícito, violência e palavras de baixo calão. +18-Maiores de dezoito. O pecado em carne e osso,de uma forma tão atraente que nenhuma mulher consegue resistir. Simona Carbone. Um hom...