•Capítulo Dezesseis•

20.7K 1.7K 247
                                    


Antonella

— Eee... Simona? — chamei. Estava de frente para o espelho no dia seguinte,olhando a roupa de academia que Simona mandara um dos seus soldados comprar para mim.

Ele estava sentado na cama amarrando o cadarço dos tênis,usava uma regata preta e uma bermuda de academia cinza,seus tênis eram pretos também.

Estava simplesmente lindo com aquela roupa. Seus músculos bem definidos debaixo da pele bronzeada,os cabelos castanhos ainda bagunçados.

Não passavam das oito da manhã e Simona e eu já estávamos de pé. Tinha que admitir que fora trabalhoso pra mim conseguir sair daquele sono gostoso em que eu estava,mas Simona estava inflexível sobre isso,ele quer que eu faça esses tals exercícios.

Simona olhou para mim quando amarrou os cadarços e sorriu.

— Sim?

Voltei a me olhar no espelho.

Estava vestindo uma leg preta com as laterais cor de rosa que se apegava nas minhas pernas e bumbum como uma segunda pele,e um top preto com a marca da Nike cor de rosa na frente. Eu não tinha seios para enchê-lo, mas estava me sentindo desconfortável com a minha barriga aparecendo.

— O que foi,meu anjo?

Suspirei,passando a mão pelo rabo de cavalo alto que eu fizera nos meus cabelos.

— Não acha que está aparecendo pele demais não? — perguntei,tampando a minha barriga com a mão.

Simona riu,vindo para trás de mim.

Ele me abraçou,colando a sua frente na minhas costas.

— Não meu bem,você está linda. — ele beijou os meus cabelos e encontrou o meu olhar no espelho.

— Se você diz. — Suspirei,olhando para baixo.

Simona me soltou rindo e se afastou,indo para a porta do quarto.

— Vamos descer,ou não vamos chegar na academia hoje.

Bufei. Como se a academia fosse longe e não no próprio prédio.

— Certo. — andei atrás dele,o meu rabo de cavalo balançando a cada passo que eu dava.

Ele parou abruptamente e se virou.

— Estava me esquecendo. — arredei  para o lado e o deixei passar. Simona voltou para o quarto e fiquei observando da porta. Ele abriu a primeira gaveta da mesinha de cabeceira e tirou uma pistola (arma) preta de lá.

Ele levantou a perna da bermuda e a prendeu em um coldre de coxa na sua coxa.

Não percebi que estava paralisada até que ele voltou para o meu lado e segurou a minha mão na dele.

— O que foi? — ele perguntou quando eu olhei para ele,piscando para espantar o susto.

— N-nada. Eu só não estou muito acostumada a ver armas e facas escondidas em cada canto da cobertura.

Ele deu uma risada e começamos a andar para a escada.

— Não se preocupe,apenas eu sei onde todas elas ficam,ninguém pode achá-las se não eu.

Levantei uma sombrancelha.

Descemos a escada e quando nos aproximamos da porta da cobertura eu o respondi.

— Mas você sabe,a mesinha de cabeceira não é lá um lugar muito bom pra se esconder uma arma. Eu poderia tê-la achado lá facilmente.

Simona meneou a cabeça enquanto abria a porta. Saí da cobertura e esperei enquanto ele a trancava.

Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora