•Capítulo Treze•

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Antonella

Suspirei,dando mais uma olhada no relógio na parede da cozinha. Já se passavam das onze e nada de Simona. Eu sabia que ele disse pra mim ir dormir se ele não chegasse a tempo,mas eu ainda tive esperança de que ele chegaria cedo.

Não mais.

Me levantei e coloquei os pratos de volta em seus devidos lugares,a lasanha estava no forno desligado, mas a tirei de lá e a coloquei na geladeira para não azedar. Depois de ter certeza de que tudo estava no lugar,desliguei a luz da cozinha e fui para o quarto.

Estava vestindo uma camisola de tecido leve amarelada que descia até o alto dos meus joelhos.

Assim que entrei no quarto,fui para a cama. Me arrastei as cegas debaixo dos cobertores e me encolhi. A cama estava fria,não quente como me acostumara nesse pouco tempo que passei com Simona.

Não percebi que estava chorando, eventualmente,senti as lágrimas escorrerem dos meus olhos para o travesseiro. Funguei e fechei os olhos,determinada a adormecer,e isso não foi difícil,alguns minutos depois estava em um sono muito profundo,deixando minhas frustrações para trás.

Acordei durante a madrugada com o outro lado da cama afundando. A primeira coisa que senti fora o cheiro de sabonete masculino,o cheiro tão maravilhoso de Simona.

Senti uma mão na minha cintura e então o corpo duro de Simona pressionando a minhas costas. Estava tão feliz por tê-lo em casa, tinha adormecido tão preocupada com ele.

Soltei o fôlego que nem sabia que estava prendendo e me mexi,estendendo a mão para o abajur. Assim que acendi o abajur, olhei para o meu lado e meu coração saltou no meu peito.

Simona estava machucado,um hematoma tomando forma em seu rosto. Seus olhos azuis estavam suaves como sempre estavam quando ele me olhava,sua expressão serena.

Me virei completamente para ele,sua mão firme na minha cintura.

Toquei o seu rosto,sentindo a minha garganta apertar.

— Você está machucado. — minha voz não era mais do que um sussurro,meus olhos queimando com lágrimas não derramadas.

Por que ia chorar? Ele não estava morto, afinal.

— Me desculpe não poder chegar a tempo do jantar. — sua voz rouca se infiltrou em cada poro do meu corpo.

Era um pecado um homem ter uma voz como a dele.

— Não tem problema. — pisquei várias vezes,espantando aquela sensação estranha. — Estou feliz que esteja bem.

Simona sorriu para mim. Sua mão na minha cintura começando a massagear devagar a pele ali.

Suspirei,sentindo aquela sensação boa de formigar entre as pernas,e logo o líquido quente molhando a minha calcinha. Fechei os olhos sugando o ar,tudo ao meu redor cheirava a Simona.

Soltei o ar devagar,abrindo os olhos. Simona me observava calado,seus olhos azuis se movendo constantemente pelo meu rosto. Ele subiu a mão da minha cintura para o meu rosto,seus dedos acariciando a minha bochecha com delicadeza.

— Meu anjo,eu quero beijar você. — estremeci ao ouvi-lo,não conseguia desviar meus olhos dos dele.

— Pode me beijar. — sussurrei com a voz trêmula.

Simona segurou o meu rosto na palma da mão e aproximou os lábios dos meus devagar,tomando tempo. Fechei os olhos e esperei pelo seu beijo. Ele roçou os lábios nos meus,passando o nariz contra o meu. Seu corpo estava muito longe,e eu o queria perto,como ontem,sua pele quente e dura.

Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora