•Capítulo nove•

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Antonella

Me sentei na cama macia,esperando Simona sair do banheiro. Não sabia em que lado da cama dormiria,e não queria irritá-lo ficando no seu lado da cama.

A porta do banheiro se abriu e Simona saiu,vestido apenas com uma bermuda de moletom cinza. Ele andou até o interruptor de luz e apagou,nos deixando no escuro.

Esperei ele se deitar,para ter certeza  qual seria seu lado da cama e depois me deitei devagar,me cobrindo até o queixo com os cobertores.

Por que podia sentir que Simona estava me observando no escuro?

Passou-se alguns minutos,bons minutos,e eu ainda não tinha conseguido dormir. Simona continuava quieto,então supuz que ele estava dormindo,e devagar,me arrastei para perto dele. Paolo entrava no meu quarto durante a noite e dormia comigo,quando era manhã,ele ia para o próprio quarto, já que o pai não podia pegá-lo dormindo comigo. E eu tinha me acostumado a dormir assim,agarrada com alguém,mas não pensei em como seria dormir com um “homem” literalmente.

Simona não estava se mexendo,sua respiração estava normal e eu tomei isso como a minha chance de me agarrar a ele. Ele não perceberia até o amanhecer, então não tinha problema.

Mas com certeza,eu não estava esperando pela sensação que atravessou o meu corpo quando me enrosquei ao lado do seu corpo,meus joelhos tocaram a coxa forte e minha cabeça descansou em seu braço.

Era tão.. aconchegante. Me fazia querer abraçá-lo,me agarrar a ele.

Suspirei e fechei os olhos,determinada a dormir. Mas então,seu braço se moveu. Fiquei quieta,ele podia estar apenas se virando como todos faziam a noite. Mas não. Soube disso quando Simona se virou para mim,e mesmo no escuro,eu pude sentir seus olhos me fitando.

— Não consegue dormir,anjo? — sua voz estava rouca,pelo tempo que ficara sem falar. Rouca e baixa.

— Me desculpe. — Murmurei olhando para o contorno do seu rosto no escuro.

A cama se mexeu quando ele se moveu,então uma luz fraca iluminou nossos rostos e um pouco os arredores. Um abajur,um abajur incomum na mesa de canto.

Agora ele podia me ver, e eu podia ver seu lindo rosto.

Ele estava sério,me olhando.

— Não se desculpe. — falou.

Simona tocou a minha bochecha com uma mão,fazendo a minha pele formigar,uma formigação boa.

Fiquei calada. Do quê adiantaria falar agora,quando ele estava tão concentrado em mim?

Engoli em seco quando Simona aproximou o rosto do meu. Seus olhos não largaram os meus quando seu nariz tocou o meu,sua respiração em meus lábios,me fazendo tremer. Nunca beijei um homem a não ser Simona,e mesmo assim não foi nada mais que um único encostar de lábios.

— Você é linda. — murmurou contra os meus lábios,sua mão se movendo até os cabelos de trás da minha cabeça.

Então ele me beijou. Primeiro,encostou os lábios nos meus,macios e duros,mas suaves. Depois,enfiou os dedos entre os meus cabelos e os segurou em um aperto firme,mas indolor. Me sentia no céu apenas com aquilo.

Ele afastou os lábios alguns centímetros dos meus e olhou em meus olhos mais uma vez.

— Desculpe,nem perguntei se poderia te beijar. — seu hálito fresco de pasta de dentes roçou meus lábios,me fazendo querer saber como era o seu gosto.

— Não tem problema. — minha voz não era mais que um sussurro soprado em seus lábios. — Eu gostei.

Ele sorriu,sua mão na minha cabeça acariciando meu couro cabeludo.

Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora