Desviei a minha atenção do filme que passava na TV e olhei para Simona que descia a escada. Ele já não mancava mais do ferimento na perna, estava novo em folha.
Ele me encarou com aqueles lindos olhos azuis hipnotizantes, estava sério, diria que até com raiva se pudesse apostar.
Engoli em seco e voltei a olhar para a TV. Não o provocaria, muito menos falaria alguma coisa com ele, ainda mais nesse estado perturbado que ele está.
Ouvi os seus passos seguindo para a cozinha e relaxei. Pelo menos ele não iria bater em mim, disso eu tinha certeza — ainda não sabia porque.
Mordi o interior da bochecha nervosa, batendo uma mão na outra. Por que ficara nervosa assim tão facilmente? Respirei fundo, um monte de possibilidades passando pela minha cabeça, tudo o que podia ter acontecido para deixá-lo assim tão furioso.
Os passos de Simona voltaram e começaram a subir a escada de novo, estava relaxando, — contando os segundos que levaria para ele sumir no seu escritório, quando os seus passos pararam.
Prendi o ar, minhas mãos se fechando em um punho cerrado quando ele voltou a descer, e dessa vez os seus passos não seguiram para a cozinha, mas sim “para mim”.
Engoli em seco quando ele contornou o lado do sofá e veio para perto de mim, parando na minha frente.
Simona não usava nada mais que uma calça, e tinha aquele volume tão grande e chamativo na frente, bem perto do meu rosto.
Olhei para cima, encontrando os olhos azuis de Simona. Ele segurava uma xícara de café em uma mão, o outro braço cruzado na frente do peito forte.
Não fiz um som sequer, mas Simona me olhava com tanta determinação, que eu estava me perguntando o que ele estava aprontando. Dava pra perceber que ele ainda estava nervoso, pela sua expressão dura, séria.
— Você ainda está brava comigo? — olhei para o chão quando ouvi a sua voz, ele estava muito, mas muito nervoso.
Não respondi nada, apenas o ignorei. Não queria falar nada, sendo que o tom da minha voz estaria dizendo “eu quero muito você”. Simona se abaixou na minha frente, uma mão indo descansar no meu joelho. Engoli em seco quando a pele áspera e cheia de relevos entrou em contato com a minha.
— Você vai continuar com isso, Antonella? — agora, “pelo seu tom”, ele ‘exigia’ uma resposta.
Fiquei calada, quieta, não disse uma palavra sequer. Ele subiu a mão do meu joelho para a minha coxa, podia ver seus olhos azuis — me fitando, — colados no meu rosto, observando a minha reação.
Quando a grande mão de Simona chegou no tecido do meu short, eu a impedi de adentrar o tecido, colocando a minha mão em cima da dele.
— Não. — foi a única palavra que eu disse, se Simona continuasse eu não sabia se aguentaria muito mais tempo, e eu queria ter um tempo para pensar e deixar essa sensação estranha desvanecer.
Ele sorriu para mim, aquilo fez o meu interior todo revirar.
— Certo. — ele tirou a mão da minha coxa e se levantou, endireitando o corpo e tomou mais um gole, “do que supuz”, ser café. — Se você prefere assim.
Olhei para Simona mais uma vez, vendo que ele estava frustrado.
Mordi o canto da boca com nervosismo.
— Eu “quero” assim. — Murmurei, vendo-o sair da sala e subir as escadas.
No momento, era o melhor a se fazer.
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Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3
RomanceObra registrada! Plágio é crime! ATENÇÃO!-Esse livro contém sexo explícito, violência e palavras de baixo calão. +18-Maiores de dezoito. O pecado em carne e osso,de uma forma tão atraente que nenhuma mulher consegue resistir. Simona Carbone. Um hom...