Simona
Entrei no cassino-boate clandestino que eu mantinha como a minha base. As mulheres seminuas nos palcos suspensos ao redor acenaram e continuaram a dançar, os fodidos velhos apostadores, — todos eles faziam um multirão ao redor delas enquanto gritavam e jogavam dinheiro e mais dinheiro no ar.
As máquinas caça-niqueís e as mesas de pôquer, — tanto como roleta e as demais máquinas e bancos de apostas, — enchiam o espaçoso salão de cor avermelhada. Fotos dos melhores jogadores de pôquer que já passaram por aqui adornavam as paredes, — desde a década de oitenta.
Atravessei o salão rapidamente e subi as escadas para o segundo andar do pequeno prédio. De fora, todos achavam que esse era um cassino,ou uma casa de jogos legalizada, mas o que acontecia aqui dentro era bem diferente. Prostituição, tortura, apostas, jogos clandestinos, venda de drogas — de todos os tipo, vale ressaltar, — desde a tão famosa maconha até a metanfetamina.
Passei pelo corredor de quartos, indo para o meu escritório que ficava bem no final. Assim que entrei, encontrei Nicola sentado em uma das poltronas de frente para a minha mesa. Entre o seu indicador e o polegar, um charuto mexicano, a sua frente na mesa repousava um copo de uísque dos anos noventa, um dos melhores do nosso "cassino-boate".
Me sentei na minha poltrona atrás da mesa, pegando o copo com Uísque que Nicola me oferecera. Tomei um gole, a bebida ambariana descendo como fogo contido pela minha garganta.
— O velho, então... — Nicola começou, dando uma tragada no charuto. — ...você acredita nele?
Balancei a cabeça, me recostando na poltrona macia.
— Nem um pouco. Mas não podemos descartar essa possibilidade.
Coloquei o copo na mesa, me recostando na poltrona com um grunhido quando as minhas costas doeram. Porra, já estava ficando velho demais.
— Certo. — Nicola mexeu por um tempo na poltrona em que estava sentado, seus olhos grudados no copo vazio de uísque enquanto ele fumava o charuto.
Revirei os olhos nervoso, com certeza ele queria dizer alguma coisa.
— Diga de uma vez.
Nicola franziu o cenho, seu olhar encontrando o meu.
— Massimiliano está nos devendo de novo.
Bufei, isso não era lá uma grande novidade.
— Quanto tempo já tem que o prazo de pagamento venceu? — perguntei, pegando o meu copo de uísque de cima da mesa e tomei mais um gole.
— Mais de duas semanas.
A bebida desceu como se fosse uma pedra pela minha garganta. Esse velho já está causando problemas demais para mim.
— E por que não acabaram com ele ainda? — levantei a sombrancelha, questionado-o.
— Um dos nossos executores foi atrás dele e não o achou em sua casa. Tinha apenas sua filha, que diz se chamar Verônica, e ela disse a ele que o pai não aparecia já fazia alguns dias.
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Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3
RomanceObra registrada! Plágio é crime! ATENÇÃO!-Esse livro contém sexo explícito, violência e palavras de baixo calão. +18-Maiores de dezoito. O pecado em carne e osso,de uma forma tão atraente que nenhuma mulher consegue resistir. Simona Carbone. Um hom...