•Capítulo Vinte e Oito•

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Simona

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Simona

Entrei no cassino-boate clandestino que eu mantinha como a minha base. As mulheres seminuas nos palcos suspensos ao redor acenaram e continuaram a dançar, os fodidos velhos apostadores, — todos eles faziam um multirão ao redor delas enquanto gritavam e jogavam dinheiro e mais dinheiro no ar.

As máquinas caça-niqueís e as mesas de pôquer, — tanto como roleta e as demais máquinas e bancos de apostas, — enchiam o espaçoso salão de cor avermelhada. Fotos dos melhores jogadores de pôquer que já passaram por aqui adornavam as paredes, — desde a década de oitenta.

Atravessei o salão rapidamente e subi as escadas para o segundo andar do pequeno prédio. De fora, todos achavam que esse era um cassino,ou uma casa de jogos legalizada, mas o que acontecia aqui dentro era bem diferente. Prostituição, tortura, apostas, jogos clandestinos, venda de drogas — de todos os tipo, vale ressaltar, — desde a tão famosa maconha até a metanfetamina.

Passei pelo corredor de quartos, indo para o meu escritório que ficava bem no final. Assim que entrei, encontrei Nicola sentado em uma das poltronas de frente para a minha mesa. Entre o seu indicador e o polegar, um charuto mexicano, a sua frente na mesa repousava um copo de uísque dos anos noventa, um dos melhores do nosso "cassino-boate".

Me sentei na minha poltrona atrás da mesa, pegando o copo com Uísque que Nicola me oferecera. Tomei um gole, a bebida ambariana descendo como fogo contido pela minha garganta. 

— O velho, então... — Nicola começou, dando uma tragada no charuto. — ...você acredita nele?

Balancei a cabeça, me recostando na poltrona macia.

— Nem um pouco. Mas não podemos descartar essa possibilidade.

Coloquei o copo na mesa, me recostando na poltrona com um grunhido quando as minhas costas doeram. Porra, já estava ficando velho demais.

— Certo. — Nicola mexeu por um tempo na poltrona em que estava sentado, seus olhos grudados no copo vazio de uísque enquanto ele fumava o charuto.

Revirei os olhos nervoso, com certeza ele queria dizer alguma coisa.

— Diga de uma vez.

Nicola franziu o cenho, seu olhar encontrando o meu.

— Massimiliano está nos devendo de novo.

Bufei, isso não era lá uma grande novidade.

— Quanto tempo já tem que o prazo de pagamento venceu? — perguntei, pegando o meu copo de uísque de cima da mesa e tomei mais um gole.

— Mais de duas semanas.

A bebida desceu como se fosse uma pedra pela minha garganta. Esse velho já está causando problemas demais para mim.

— E por que não acabaram com ele ainda? — levantei a sombrancelha,  questionado-o.

— Um dos nossos executores foi atrás dele e não o achou em sua casa. Tinha apenas sua filha, que diz se chamar Verônica, e ela disse a ele que o pai não aparecia já fazia alguns dias.

Indecente | Série "Donos da máfia" | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora