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A biblioteca da escola é um ótimo lugar para se estudar. Um ambiente traquilo e silencioso, longe do barulho de fora. Fico encantada com as diversidades de livros. Quando inciar as parciais, virei aqui com toda certeza.

Josh se aproxima e joga um livro grosso e pesado sobre a mesa provocando um barulho alto. A bibliotecária nos encara e ele acena para ela sentando logo em seguida.

-Resumir tudo isso? - Pergunto tentando falhamente folhear o livro.

-Não. Copiar só as cinquenta primeiras linhas. Ele não vai ler. Tem coisas mais importantes para fazer. - Ele diz ainda chateado. É visível.

-O que aconteceu? Ontem estávamos querendo ser amigos, hoje estamos de castigo porque brigamos com o outro. - Falo e ele olha em meus olhos.

-Também quero saber. Apenas refleti o modo como você me tratou. - Ele abre seu caderno procurando se ocupar de outras coisas.

-Não é bem assim... Eu estou desnorteada com tudo o que aconteceu.

-Isso inclui os bons momentos? - Ele se aproxima um pouco com um sorrisinho.

-Que bons momentos? - Pergunto muito constrangida, ainda me choca como ele consegue me deixar sem graça.

-Nada. - Ele volta ao seu lugar. -Então, o ensaio, pode ser as quatro? Tenho treino, mas pedirei para ser liberado mais cedo.

-Tudo bem. Pode ser. - Eu começo a copiar e o silêncio volta a reinar.

-Eu não acho o cheiro do seu shampoo ruim. Falei isso para te provocar. - Ele diz quebrando o silêncio e suas palavras sooam como baque.

-E por quê você fez isso? - Paro de escrever e levanto a cabeça lentamente, encarando.

-Você estava sendo estúpida comigo. Olho por olho, dente por dente. É a lei de talião.

-Não venha com essa pra cima de mim, não. - Semicerro os olhos. -É melhor terminarmos isso logo.

Ele sorri sem mostrar os dentes e volta a copiar.

Copio as primeiras quarenta e cinco linhas e minha mão começa a doer. Paro um pouco e faço uma leve massagem.

-Quer que eu copie pra você? - Ele pergunta quebrando o silêncio.

-Não, não. Só faltam cinco linhas.

-Sério? Eu já terminei. - Ele se gaba. -Letra grande e espaçosa.

-Você já vai? - Pergunto, torcendo mentalmente pra que ele me espere.

Ele sorri. Ele deveria fazer isso menos vezes, porque cada sorriso é um suspiro que eu prendo.

-Quer que eu te espere? - Ele se levanta da cadeira e se escora na mesa.

-Uhum.

Começo a copiar rápido, sem me importar se a letra está bem desenhada ou não. Estava com fome e o importante era terminar logo.

-Escuta... - Ele diz enquanto encara seu relógio de pulso. -Temos três minutos para comer alguma coisa. Se você não se apressar, vamos ficar com fome.

Isso seria uma maneira indireta de me chamar para faze-lo companhia? Porque é assim que eu interpreto.

-Já terminei. Vamos!

>><<

alguém avisa pra any parar de se fingir de boba?? esqueçam de votar e comentar! 💙
maratona 1/8
xoxo, carol

entre gatos e acasos  ↯ beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora