Acordei em um hospital horas depois, com Tekila debruçada sobre mim.
— Você tá vivo — falou aliviada, suspirando.
Soltei uma risada e me apoiei nos cotovelos, me sentando na cama da enfermaria.
— To, to vivo.
Ela levantou da cama e deu um tapa no meu braço.
— Achei que você fosse morrer, desgraçado. Se você morresse eu te matava!
Tekila cruzou os braços e olhou para longe, fazendo um bico, que tremia. Ela ia chorar ou era impressão minha?
— Posso ir embora? — perguntei, me sentando e colocando as pernas para fora da cama.
— Não, o médico ainda precisa vim te dar alta.
Tekila se sentou ao meu lado e me olhou brava. Ela estava bem revoltada por achar que eu iria morrer.
Aparentemente foi a fumaça do DJ que atacou minha asma. Muitos jatos seguidos não foi uma boa ideia. Liguei para minha mãe, que quase surtou ao saber o que tinha acontecido.
Quase meia hora depois eu já tinha recebido alta, e seguia para o estacionamento com Tekila.
— Viemos de carro? — perguntei ao ver ela apertar o alarme e um carro preto piscar. — Como?
Se eu me lembrava bem, ninguém tinha ido de carro, já que era uma regra da festa. Carrie não queria ninguém sofrendo acidente por sair bêbado de sua casa.
— Eu peguei na mansão.
— Você... Simplesmente pegou?
— Carrie emprestou.
Entrei no lado do passageiro, sentindo meu corpo dolorido.
— Ela é filha do seu chefe? — perguntei, vendo Tekila entrando do outro lado.
— Não — respondeu, virando os olhos. — A mãe dela é casada com ele, só.
Franzi a testa ao ver Tekila ajustando o banco do carro, e me controlei para não rir. O carro era grande, e as pernas pequenas dela não alcançavam os pedais.
— Quer que eu dirija?!
— Ei, eu dou conta disso. — Ela se levantou um pouco do banco, olhando o retrovisor para poder sair de ré.
— Tekila! — quase gritei, me segurando no banco. O carro que vinha no corredor freou bem a tempo, quase batendo em nós. Se tivesse um carro na vaga atrás de nós ela tinha batido nele. — Você da conta? — falei irônico, me virando para ela.
— Desculpa! — gritou para o carro do seu lado. Com um sorriso amarelo ela colocou a primeira marcha e voltou para a vaga, permitindo o carro passar. — Sim, eu dou conta.
A olhei, sentindo um pequeno medo. Passei o cinto e me agarrei ao banco.
E lá foi ela, colocando a ré e saindo com a traseira do carro.
— Você precisa virar o volante — contei, vendo que ela tinha simplesmente entrado na vaga de trás. Peguei no cambio, colocando a primeira marcha. — Vira o volante pra direita, se você não sair de frente não sai de nenhum jeito.
Ele se inclinou para frente e girou o volante, saindo da vaga.
Algo me dizia que eu iria voltar para o hospital em breve. Tekila iria me matar no caminho para casa.
— Ok, me deixa dirigir — pedi ao pararmos em um semáforo, com o carro morto. — Você deixou o carro morrer pela terceira vez.
— Fica na sua ai.
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Tekila
Hayran KurguEm uma noite na mais famosa balada de Miami, a Mynt Lounge, Joel conheceu Tekila, uma carismática atendente da casa noturna. Após aquela noite, eles passaram a se encontrar por situações que julgavam ser mera coincidência, apesar de Joel estar sempr...