Capítulo 18

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Elas seguiram sem interromper o beijo até se colidirem na porta do quarto. Gizelly empurrou a mineira contra o batente, e começou a sugar seu pescoço com uma força urgente. Rafa pôs uma das mãos na cabeça da capixaba, segurando-a contra si e a incentivando a continuar, enquanto passou a arranhar de leve, com as unhas da outra mão, as costas da advogada por baixo da camiseta que vestia.

A roupa lhe atrapalhava e, por isso, colocou as mãos na barra da camiseta de Gizelly, que entendeu o recado e, com alguma relutância, afastou-se de seu pescoço para erguer os braços e permitir que a peça fosse retirada.

Rafa sentiu um grande arrepio com a cena que viu em sua frente. A advogada estava ofegante, com a boca levemente inchada devido ao beijo, o cabelo já bagunçado e os seios semiexpostos, exceto pelo sutiã preto translúcido que os cobria.

Não era a primeira vez que via Gizelly com tão pouca roupa – afinal, a advogada se trocava cotidianamente em sua frente na casa do BBB –, mas parecia que era a primeira vez que realmente a via. Ou talvez fosse a primeira vez que Rafa se permitia ver. Finalmente, não tinha mais constrangimento de deixar seu olhar se satisfazer enquanto percorria atentamente aquele corpo, observando suas curvas, seu volume, o movimento que fazia com a respiração, a maciez visível de sua pele, que mal podia esperar para tocar.

Portanto o fez. Levou as mãos aos seios de Gizelly, cuidadosamente. Não por medo ou timidez, mas por querer tomar seu tempo, aprendendo cada gesto, cada sensação, cada reação, tanto as suas quanto as da outra mulher. Apertou-os de leve, e não segurou seu próprio gemido baixo ao ouvir a respiração cada vez mais pesada de Gizelly. Sentindo-se encorajada pela reação, começou a se aventurar mais, apertando o bico de um dos seios ainda sobre o tecido. A advogada viu-se forçada a apoiar a cabeça no encontro do ombro de Rafa com seu pescoço, ao mesmo tempo em que levou suas mãos à barra do camisetão da mineira, pedindo silenciosamente para retirar a peça.

Obedecendo à advogada, Rafa fechou os olhos, erguendo os braços, e sentiu a pressa da outra mulher em seus movimentos bruscos. Quando os reabriu, viu seu próprio torso seminu. A visão imediatamente a transportou para a cena de seu sonho, em que esteve em situação parecida, parada sob a porta, despida, presa entre dois caminhos possíveis. Lembrou-se da mudez e da imobilidade, como se, uma vez que cruzasse aquele limite invisível da porta em direção ao quarto, não houvesse mais retorno.

Vendo Gizelly lhe observar com tanto desejo e carinho como estava fazendo naquele momento, Rafa não teve dúvida de que não havia retorno fazia muito tempo.

— Vamo pra cama? — reencontrou a voz.

Com o sinal positivo de Gizelly com a cabeça, encerrou a distância entre as duas e a beijou, conduzindo-a em direção à cama. Rafa ajudou a advogada a se deitar e colocou cada uma de suas pernas de um lado do quadril da capixaba. As duas ficaram um tempo se olhando, sorrindo, até a mineira se aproximar do rosto de Gizelly.

Ela não a beijou, entretanto. Aproximou sua boca e a retirou assim que relou na de Gizelly. A advogada imediatamente ergueu a cabeça e tentou lamber seus lábios, mas foi impedida por Rafa, que pressionava seus ombros com os braços. Isso se repetiu mais algumas vezes até que a mineira finalmente chupou a língua de Gizelly, e sentiu mais do que ouviu o ruído que saiu da garganta da advogada.

Elas se beijavam quase agressivamente, mas a influenciadora queria descobrir mais sobre como Gizelly reagia a seu toque e a seus lábios. Por isso, percorreu com a boca seu pescoço e seguiu em direção ao vale entre seus seios, ao mesmo tempo em que passou a arranhar as costas da advogada, que captou sua intenção e se ergueu para permitir que seu sutiã fosse retirado. Tentou levar as mãos nas costas da outra, à procura do fecho, mas bateu nos braços de Gizelly, que havia se apressado para remover a peça ela própria.

O começo pode ser assim (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora