Capítulo 23.

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Desço da cadeira com meu KitKat e como, ele fica me olhando de braços cruzados.

- Perdeu alguma coisa em mim? - pergunto comendo e ele arqueia a sobrancelha.

- É proibido olhar, última Coca do deserto?

-Ah, vai se foder.

- Que foi, hein? Tá zangadinho só por quê me viu beijando a Soyeon e viu ela no meu colo? - Jungkook se aproxima e se apoia na bancada.

- Eu não, por que estaria zangado? Você beija quem quiser, a boca é sua... Eu hein, cada coisa. - bufo revirando os olhos.

- Já que a boca é minha e eu beijo quem eu quiser... - ele me pegou pela nuca e me puxou 'pra ele me beijando, no começo não quis corresponder mas ele me apertava com força, então abri minha boca e dei espaço para a língua habilidosa dele invadir-me, seus lábios macios tocavam os meus.

Jungkook me impressou e me prendeu em seus braços, eu segurava em sua nuca e abraçava seu corpo quente. Sentia-me pegando fogo.

Mas logo me lembrei que meu primo estava bem aqui do lado na sala e o empurrei. Limpei o canto dos meus lábios e o encarei ofegante.

- Jungkook! - bati no peito dele e ele riu com cinismo.

- Que foi, ruivinho? - ele veio se aproximando de novo com um sorriso ladeado.

Olhei em seus olhos negrumes por um tempo e suspirei, nada de enlouquecer, Taehyung!

- Meu primo está bem alí, seu descarado. - desviei o olhar no qual estava perdido.

- Eu sei, mas não gosto de ser desafiado.

- Problema seu. - vou guardando a cadeira e pego minhas sacolas no chão.

Era quase impossível resistir à ele.

Mas só para provocar, e ele ficar na vontade, me curvei para tirar meu vans e empinei, quando olhei por cima do ombro vi ele me olhando e balançando a cabeça com negatividade.

Mandei beijo no ar e fui para o quarto.

Coloquei as sacolas em cima da cama e tirei a roupa para tomar meu banho. Depois que tomei o banho, vesti uma bermuda moletom e uma camisa, deitei na cama pegando o iPad 'pra falar com meus pais.

Iniciei a chamada de vídeo e quem atendeu foi papai.

- Peixinho magro do papai! - ele ri e também abro um sorrisão.

- Oi, pai! - que saudades eu sentia.

- Nada de pai... - me repreende.

- Mestre das cervejas. - digo de forma secreta e ele ri.

- Meu lindinho, como você está? Seu primo está tomando conta de você? Se ele não estiver eu vou cortar esse projeto de pintinho que ele chama de pau. - diz e gargalho, meu pai sempre foi bem humorado.

- Estou bem pai e ele está cuidando muito bem, como vocês estão?

- Felizes por você não estar mais no nosso pé, todos os dias agradeço à Deus por ter me livrado de você. - diz rindo e faço biquinho. - É brincadeira, estamos morrendo de saudades, anjinho.

- Eu também estou demais! - digo quase chorando.

- Todos os dias acordo de madrugada e não tenho mais o meu escoteiro para atacar a geladeira comigo. - ele diz com a voz meio embargada.

- Eu também pai, mas nas férias vamos fazer isso. E próximo ano também, mas fala aí, a Itália é legal?

- Ainda estou meio confuso sobre o fuso horário mesmo quase não mudando muito e o frio, mas tudo bem, sua mãe acorda no meio da noite pensando que é de manhã.

Paraísos Perdidos. [Vkook • Taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora