Capítulo 10

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Caspian

Tokai me falou um pouco sobre a família de Enola antes de eu sair com o destacamento de soldados para fazer a escolta deles durante a viagem. Estava indo cumprir as ordens do meu líder e não imaginei que conheceria um anjo, um deleite para os meus olhos. Lauren era linda, sua pele era bem clarinha e seus cabelos brilhavam e refletiam a luz do sol. Eu não conseguia parar de admirá-la.

Eu tenho 27 anos, já fui casado, minha esposa morreu há alguns anos, durante o parto, naquela noite fatídica perdi duas pessoas especiais, ela e o meu filho. Me dediquei às batalhas, sempre que tinha uma eu ia, e quando não era designado me voluntariava para ir. Numa delas, a mais sangrenta, ganhei essa cicatriz no lado esquerdo do meu rosto.

Ela percebeu que eu a olhava e baixou a vista assustada. Será que ela me considera um selvagem repugnante como pensa o povo dela? Será que tem medo da minha cicatriz? Ela é a primeira mulher, em todos esses anos, que eu estou me sentindo atraído e capturado por sua beleza. Eu me peguei desejando-a, querendo ela para mim, seria uma luz nas sombras da minha vida. Durante toda a viagem não tirei os olhos dela, ela parecia inquieta, muitas vezes ela retribuía o olhar, percebia que ela ficava corada e desviava a vista rapidamente. Será que ela não é tão indiferente a mim como pensei?

Jantamos na casa de Tokai à noite e eu novamente me pegava admirando ela. A imaginava sem roupas na minha cama, aberta para mim enquanto eu bombeava nela com força... Passei todo o jantar duro! Ela me olhava inquieta, estava muito corada e se abanava frequentemente. Ela estava sentindo o mesmo, eu sei! Com o meu olhar, eu transmitia para ela a intensidade do meu desejo.

No outro dia, Enola convidou minha irmã para um mergulho na cachoeira e eu sabia que Lauren também iria. Vi isso como uma oportunidade de me aproximar dela.

E a oportunidade perfeita apareceu quando a vi passeando sozinha pelos arbustos que escondiam as plantas de frutas silvestres, me aproximei devagar, ela percebeu minha presença e assustou-se, derrubando todas as frutas. Ela queria saber porque eu estava ali e eu disse que estava garantindo sua segurança. Seus olhos se arregalaram e, bem devagar, ela passou a língua sob seus lábios.

Isso foi o estopim para o pouco controle que eu tinha ruir. Avancei sobre ela e a devorei num beijo selvagem. Logo ela me correspondia e aí eu percebi que estava perdido. Possuí ela sobre a relva, foi maravilhoso, ela foi deliciosa como imaginei. Essa não era minha intenção inicial, eu sabia que ela era virgem, não queria possuí-la desse jeito, no meio da floresta.

Depois disso eu não tinha dúvidas, a queria como companheira. Na verdade, acho que desde a primeira vez que a vi eu já sabia o que queria. Usei a desculpa de reparar sua honra para dizer que iria tomá-la em compromisso. Sim, isso seria o mais honrado a fazer dadas as circunstâncias, mas eu não queria casar com ela só por isso. Eu a desejava, queria poder ter ela ao meu alcance para possuí-la e desfrutar de seu corpo.

Senti ela relutante em relação ao compromisso, mas eu a queria demais para deixá-la escapar. A primeira coisa que fiz quando voltei foi marcar uma reunião com os tios dela na casa de Tokai. Eu achei que poderia precisar do seu apoio caso eles fossem contrários à nossa união. Cheguei cedo lá e conversei com Tokai, contando tudo que aconteceu. Logo depois os tios dela chegaram e fomos direto para a sala de reunião. Fui direto, falei que gostaria de me unir a Lauren e que ela também queria isso. Bem, isso eu não sabia, mas se eu teria que mentir para tê-la, eu mentiria. Sei que estava sendo egoísta, forçando ela e agindo pelas suas costas, mas a queria demais.

Os tios dela ficaram chocados, não esperavam isso. Eu fui paciente e conversei com eles com seriedade e para minha total surpresa, eles aceitaram e disseram que se ela quisesse, eles apoiariam a união. Firmamos o acordo de casamento e eu senti algo tão bom dentro de mim, não sei expressar o que seria isso. Nesse momento, Enola entrou na sala seguida por Lauren, que parecia que ia desmaiar tamanha era sua palidez.

O selvagem que me consquistouOnde histórias criam vida. Descubra agora