Capítulo 3

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Eu saí do cemitério já era quase fim de tarde e então voltei pro apartamento e ao por a chave na fechadura e girar ela não girou.

Benjamin - Ué será que eu coloquei a chave errada?

Eu verifiquei e era a chave certa e só depois eu percebi que as fechaduras tinham sido trocadas e então eu levo um susto ao ver a Eliza abrir a porta e sair de dentro do apartamento, ela estava acompanhada de dois homens engravatados que pareciam serem oficiais de justiça.

Benjamin - O que você tá fazendo aqui? Você trocou as fechaduras?

Eliza - Claro que sim, afinal esse apartamento é meu, foi um presente meu para o Felipe e agora eu quero você bem longe daqui!

Benjamin - Você não pode fazer isso!

- Ela pode sim, até porque o apartamento está no nome dela. Disse o oficial de justiça me mostrando o documento do apartamento.

Eliza - Eu serei boazinha e deixarei você pegar as suas coisas, mesmo sabendo que foram compradas com o dinheiro do meu filho.

Eu tive que fazer as minhas malas no quarto enquanto eles me esperavam na sala, eu peguei as minhas roupas, nosso álbum de fotos e também o dinheiro que nós deixavamos na última gaveta na cômoda do quarto, não era muita coisa, mas daria pra mim me virar durante dois ou três meses agora mais do que nunca eu precisava arrumar um emprego.

Eu saí do apartamento sobre o olhar debochado da Eliza, mas antes de ir embora eu me virei em sua direção e disse a ela.

Benjamin - Não se esqueça que o mundo da voltas, a senhora ainda irá se arrepender amargamente do que está fazendo.

Eliza - Haha, dúvido muito querido, já estou mais do que acostumada a eliminar ratos como você.

Eu fui embora ainda sem ter noção de pra onde eu iria, eu peguei um ônibus até o centro da cidade onde eu poderia achar alguma hospedagem mais barata e foi aí que eu encontrei uma pensão, parecia um pouco velha por fora, mas o aluguel era barato fora que eles davam café da manhã e jantar. Eu aluguei um quarto que eu dividia com mais três pessoas e ao me deitar na cama dura eu pensei em o quanto a minha vida dava voltas atrás de voltas, eu vivi em um orfanato, depois fui morar nas ruas onde eu encontrei o amor da minha vida e ganhei um lar e agora estou aqui numa pensão cercado de pessoas desconhecidas.





               Alguns Dias Depois


A minha rotina era a mesma, eu levantava cedo para procurar emprego e isso levava quase o dia todo, mas de uns tempos pra cá eu tenho me cansado com mais facilidade fora os enjôos que vira e mexe eu sinto.

No sábado eu estava distribuindo currículos em baixo do sol as quente, já tinha andado bastante naquele dia e estava bastante cansado, quando sinto a minha vista escurecer e meu corpo vai de encontro ao chão.

Eu acordo em um quarto estranho e só aí percebi que eu estava em um hospital demorou alguns minutos até que a médica veio falar comigo.

— Boa tarde Benjamin, eu sou a Dr Joana, você teve uma queda de pressão o que resultou no seu desmaio, isso pode ser normal no seu caso, mas é preciso tomar cuidado.

Benjamin - No meu caso? O que eu tenho doutora?

— Você está grávida de oito semanas Benjamin.

Grávido? Eu estava sem reação, na atual situação em que eu me encontrava eu não teria como cuidar de uma criança, mas eu iria fazer de tudo pelo meu filho ou filha, apesar de assustado eu estava feliz, antes de partir o Felipe deixou um pedacinho dele dentro de mim e eu iria cuidar desse bebê com todo o carinho, porém a família do Felipe jamais saberá da existência do meu filho, até porque eles podem tentar tira-lo de mim e isso eu não iria permitir nunca.

Na manhã de domingo e eu estava na cozinha com a dona Regina, dona da pensão. Um hábito que eu adquiri e que me distraia era escrever e eu estava escrevendo um livro sobre a minha curta história de amor com o Felipe que tinha o título de "E Assim Será", não que eu pretendesse publicar um livro algum dia, mas era uma forma de expressar os meus sentimentos.  Eu estava distraído quando uma visita chega e pelo jeito eles pareciam ser parentes.

— Tia Regina quanto tempo!

O rapaz animado abraçou a Regina, ele vestia umas roupas bem elegantes, porém apertadas e tinha um corpo bem bonito também, ele era negro pouca coisa mais alto que eu e tinha um rosto bem bonito também.

Regina - Menino quanto tempo! Achei que tinha esquecido dos pobres.

— Jamais, mas na verdade eu vim pra cá pra ver se eu consigo boas ideias pra editora.

Regina - Pois é, eu fiquei sabendo que a coisa lá não tá legal.

— Pois é titia, o povo de hoje em dia não se interessa por leitura, nós tínhamos um autor ótimo e que vendia muito, mas ele já tinha 90 anos e acabou batendo as botas, agora a gente precisa mais do que nunca de um título bom se não bye bye editora e o meu emprego também.

Regina - Nossa Léo já ia me esquecendo, esse aqui é o Benjamin novo hóspede da pensão, Benjamin esse é o meu sobrinho Leonardo.

Léo - Leonardo no documento, Léo pro íntimos e Eleonora entre quatro paredes. Prazer. Disse estendendo a mão pra mim e eu a apertei.

Benjamin - Prazer.

Léo - Que menino bonitinho tia, parece um anjo. O que você tá escrevendo aqui? Perguntou tomando o caderno das minhas mãos e começando a ler.

Léo - Aaahhhh!! Gritou assustando a mim e a Regina.

Regiane - Credo menino que susto! Disse batendo no ombro dele.

Léo - Meu Deus do céu é disso que a editora estava precisando, é quase um milagre!

Benjamin - Do que você tá falando?

Ele me devolveu o meu caderno e disse.

Léo - Você trabalha com o que menino?

Benjamin - Na verdade eu tô procurando emprego no momento.

Léo - Não precisa mais procurar, você é o mais novo escritor da Editora Vermont!







                 CONTINUA...


Oi meus amores, espero que tenham gostado do capítulo e fortes emoções ainda vem por aí. Ajudem o autor aqui com seus votos e comentários e até o próximo capítulo.


Beijos

😘😘😘



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