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- Claro que ela tinha que ficar com o Edward - Jisoo repete inconformada.

E eu agradeço por esse restaurante estar vazio, ela está fazendo um escândalo.

- O Jacob era muito mais bonito e legal - continuo tomando meu suco e comendo meu Kimbap.

O plano de vim aqui e comer até não aguentar mais ainda está de pé, porém depois que minha mãe praticamente me assaltou, esse plano foi adiado.

- Mas ele ficou com a Reenesme, foi destino - tenta me convencer novamente.

- Destino uma ova, ela poderia muito bem ter arrumado um vampiro quando crescesse - argumento de novo.

- Eu realmente não tenho paciência pra pessoas com mente fechada - se levanta bufando.

- Eu não sou mente fechada, só dei minha apinião, o problema não é meu se você faz um escândalo por conta de pensamentos que não condizem com os seus - me levanto também, levando meu copo e prato já vazios até o balcão.

- Eu não fiz um escândalo, só usei argumentos super válidos para quebrar sua perspectiva muito errada sobre um filme - pega os objetos em cima da balcão e os leva a uma pia.

- Você tentando falar algo formal é a melhor coisa que existe - digo rindo assim que Jisoo volta.

- O pior foi você - gargalha também.

- Mas me diz, onde estão os clientes daqui ? - pergunto intrigado.

E de fato eu não vi nenhum cliente entrar aqui desde que cheguei. A comida daqui é realmente muito boa, não entendo o porquê das pessoas não frequentarem este lugar.

- Nós recebemos mais clientes as terças e quintas, ao contrário do que você pensa esse restaurante não tem dois andares - tenho quase certeza que tem um ponto de interrogação enorme em minha face.

Geralmente quando no andar de cima se encontra outro estabelecimento, ou algo parecido, também se encontra uma placa ou cartaz, afirmando que o local é utilizado para outros fins ou práticas. Mas nesse não. Então todos que passam aqui, provavelmente devem achar que é um restaurante de dois andares.

- Como assim ? - questiono.

- No andar de cima se encontra um estúdio de dança. Ele só funciona nas terças e quintas, que é quando temos mais clientes, já que frequentemente os alunos param aqui para comer - acenti ainda duvidoso - Minha prima fez um acordo com o professor, é para parecer que o restaurante é chique e atrair mais gente, então ele não coloca placa, nem nada do tipo, mas em compensação nós temos que entregar uns plafetos a todos os clientes. E falando nisso, aqui está o seu - jisoo retira e me entrega um pequeno papel do bolso de seu avental.

- Ah, ok, bom eu já vou indo, só me diga quanto ficou a conta - guardo o plafeto no bolso de minha calça.

- A Jimin, me poupe, vai embora logo, pode deixar que essa ficou por conta casa - me agarra pelos ombros, me virando e empurrando na direção da saída.

- Tudo bem então - assim que chego na porta me viro para a morena.

- Tchau Chim - diz enfatizando o apelido indesejado.

- Aí aí, depois eu mato um troço desse e ainda vou preso. Tchau rapariga - nos abraçamos em uma despedida final.

Saio do estabelecimento e vou a caminho do meu carro. Ainda não me sinto a vontade para voltar para casa, então, entro em meu automóvel e dirijo até a praça que fica a algumas quadras da minha residência.

...

Caminho tranquilamente por uma rua qualquer, minha intenção inicial era ficar na praça, mas lá não tinha nem uma alma viva, então decidi caminha pelas ruas enquanto como pipoca, que comprei de um vendedor ambulante.

Aprecio a paisagem ao meu redor enquanto passo por algumas casas, ando devagar saboreando o alimento em minhas mãos. Eu estava realmente adorando esse pequeno passeio.

Passo enfrente a uma casa simples, por assim dizer, de cor amarelo claro, algumas janelas, e portão com grade. Enfrente a essa casa há um cachorro. A princípio eu o achei adorável, tem cor marron e pelo curto, mas enquanto passo enfrente a residência o animal se levanta derrepente, olhando diretamente pra mim ele mostra os dentes, os pelos de suas costas se arrepiam e ele começa a rosnar.

Eu continuo andando lentamente, fitando o canino que agora se abaixa em posição de caçada.

- Vai deitar, anda! - bato meu pé no chão e faço um movimentos com as mãos, tentando espantá-lo.

E esse foi o ato mais estúpido que eu já fiz em toda minha vida. Ao terminar o movimento, que eu achei que fosse assustar o cachorro, o animal simplesmente corre em minha direção. Tomado pelo desespero eu arremesso meu saco de pipocas e começo a correr o mais rápido que minhas pernas permitem.

Enquanto corro repito em minha mente o quanto eu sou burro, porque eu fui inventar e tentar espantar aquele cachorro meu Deus ?! Eu sou um otário.

Ainda correndo, olho para trás para verificar se ele continua me seguindo e puta merda! Ele tá muito perto de me alcançar. Quando retorno a olhar para frente, na esquina da rua, há uma mulher jovem parada com a porta aberta, vejo nela uma chance de salvação.

- Moça socorro! - grito alto, atraindo atenção da mulher de cabelos loiros longos para mim.

- Ai meu Deus menino, corre! - com os olhos arregalados ele grita de volta.

E não sei se ela percebeu, mais eu já estou correndo, correndo tanto que minhas pernas doém, porém o medo é maior. O cachorro late e rosna atrás de mim, me fazendo acelerar mais, se é que isso é possível.

Me aproximo da casa da loira e a adentro com tudo, a mulher fecha a porta logo em seguida e só se é possível ouvir os latidos furiosos do cão.

- Jesus amado, quase morri - com as mãos apoiadas nos joelhos eu tento controlar minha respiração acelerada.

- Eu já falei pro senhor Jayeon prender aquele cachorro, ele nunca me escuta, vou ser obrigada a chamar o controle de animais - ela esfrega a testa.

- Muito obrigada, meu nome é Park Jimin - com um sorriso, estendo minha mão em um comprimento.

- Meu nome é Lee Sunhye - pega em minha mão, aceitando o comprimento.

- E aquele cachorro, meu Deus ele é um perigo pra sociedade - Sunhye ri de minha fala.

E assim continuamos a conversar, até ela ligar para o dono vir buscar o animal. Depois disso continuamos a conversar e trocamos números.

É acho que fiz uma nova amiga.

O filho do meu chefe • Pjm + Jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora