O filho do meu chefe • Pjm + Jjk

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Cara eu gosto tanto do Jinhey.

Tá bom que estava usando ele um pouquinho pra provocar o Jungkook, mas eu realmente gostava da companhia dele. Por mais que nós só tenhamos saído uma vez, e que por sinal foi um desastre, nós já tínhamos conversado muito pelo direct do Instagram.

Ok, conversar virtualmente não é lá uma grande coisa, mas pra mim é sim. Jinhey foi responsável por arrancar várias risadas minhas nas madrugadas a fora, mesmo que ele não ouvisse eu ria muito quando ele mandava alguma mensagem boba.

Eu nunca mostrei muito interesse nele, e a verdade é que Jinhey não é a minha pessoa preferida no mundo, esse cargo já pertence a minha mãe e meus dois melhores amigos, porém eu gosto bastante do jeito como ele me faz rir.

- Jimin acorda, bela adormecida de Taubaté - ouço a voz de Taehyung invadir meus ouvidos.

Assim que abro os olhos, os fecho novamente colocando a mão na frente dos mesmos. A claridade em que a sela se encontra me incomoda.

Eu acabei dormindo ontem. Demorou bastante, mas no final eu acabei cedendo ao sono, por mais que já tivesse dormido antes isso de nada adiantou já que eu capotei de novo e só acordei agora, e por que Tae me chamou.

Porém a algo na fala de Tae que me confundiu.

Taubaté ? O que é Taubaté ?

- Tae de onde você tirou essa coisa de Taubaté ? Pelo amor de Deus - dentre outras perguntas, no entanto, é essa que faço.

- Primeiramente bom dia, e segundamente, Taubaté é uma cidade de algum País americano, eu vi em um meme no Pinterest. Anda levanta - dá tapinhas em minhas coxas.

A até me esqueci que o Taehyung gosta de ver meme de gringo nas redes sociais.

Com o maior esforço do mundo, eu consigo me sentar. Com o corpo curvado para frente e os dois braços sobre as pernas, me preparo mentalmente para sair daqui o quanto antes.

Mas minha barriga parece ter outros planos, já que solta um ronco alto, me lembrando que tenho outras prioridades no momento.

- Será que eles dão lanche aqui ? - olho para Taehyung em minha frente.

Esse que tenta dobrar sua coberta, mas sem muito sucesso iminente.

Mas comer é minha preocupação agora, já que minha última refeição foi uma torta que comi na cafeteria de Jyong.

- Claro que não né Jimin. O máximo que você vai conseguir aqui é um cacetete no meio das costelas, agora limpa aí ó, tem uma remela enorme no canto do olho - assim que termina de falar, ouço uma risada nasal.

Me viro para encarar Jinhey em sua cama, sentado em posição de índio, com as mãos sobre os tornozelos. Ele tem a expressão divertida, e leva sua mão até o canto do olho, como que se me avisa-se para limpar minha remela.

Meu Deus que vergonha.

Rapidamente eu limpo o escremento, tirando-o com o dedo e passando-o na parede. Tenho certeza de que minha cara está mais vermelha que a bandeira da China.

Eu nasci pra passar vergonha não é possível.

Me viro para encarar Jinhey novamente, e ele faz um sinal de jóia com o polegar. Oxi... Achei que ele estava bravo/triste comigo.

Vai entender esse povo.

Interrompendo meus pensamentos, uma policial chega para abrir a cela. Taehyung quando percebe, embola a coberta que estava tentando dobrar e joga na parte de cima da beliche, a cama de Jinhey já está completamente arrumada, já a minha eu nem me dou ao trabalho de tentar arrumar.

A mulher nos acompanha em silêncio até fora do cômodo. Assim que vejo Jin já fora de sua sela, sem dizer nada, apenas caminho até ele e o abraço, um abraço mole e fraco por que acabei de acordar e estou com muita fome. Taehyung também se junta a nós no abraço, o dele no entanto é mais firme e forte do que o meu.

- Jin eu tô com fome hyung... - digo um tanto manhoso.

- O meu Deus... Vem vamos embora, nós passamos em algum lugar e compramos comida pra gente - se separa de nós e me segura pelo ante-braço.

Quando caminhamos para pegar nossos celulares e afins, eu passo por Jungkook que me encara com os olhos cerrados e o maxilar travado, mas eu nem me importo, já tô até acostumado com essa cara de bosta dele, o cara nunca tá feliz quando se trata de mim.

Logo depois de Jungkook está Jyong, esse por outro lado tem um sorriso miúdo nos lábios e eu paro de caminhar quando chego perto dele.

- Jyong, me desculpa, você não deveria estar aqui e, me desculpa também pela sua cafeteria, eu sei que foi um grande estrago - enquanto falo alterno meu olhar entre seu rosto e o chão, talvez com vergonha de o olhar nos olhos.

- Não Jimin, você não precisa se desculpar, nada disso foi culpa sua - sorri simpático.

Na verdade 70% disso foi culpa minha.

Mas ao contrário do que penso, apenas aceno com a cabeça e sigo meu caminho com Jin ainda segurando meu braço.

...

- Eu ligaria para o Hobi, mas acho que ele já está na empresa - diz Tae, já com seus objetos pessoais em mãos.

Bom, em nenhum momento de ontem eu pensei na empresa, mas eu tenho coisas mais importantes para pensar no momento do que minha falta em um dia de trabalho.

- O jeito vai ser nós pedimos um táxi, eu tenho um pouco de dinheiro aqui e da para pagar algumas corridas, mas a comida fica com vocês - responde Jin, esse que já não segura mais meu braço.

- Tudo bem, mas vamos levar a comida lá pra casa, eu preciso urgentemente de um banho - digo assim que termino de guardar meu celular no bolso, juntamente com minha carteira.

Sim, eu estou com muita fome, mas preciso banhar antes de comer. É uma questão de higiene, mas Jin e Taehyung também vão ter que banhar lá em casa, já que eu não vou esperar eles irem até suas residências, banharem e voltarem com meu lanche. Se for necessário eu até empresto minhas roupas pra eles.

Recebo um aceno positivo de ambos e depois de pegarmos todas as nossas coisas, seguimos nosso caminho.

...

- Mas me diz, quando os americanos comeram carne pela primeira vez ? - pergunta Taehyung com um sorriso quadrado enorme.

- Não sei, quando ? - responde Jin.

Eu não digo nada, pois minha boca está ocupada devorando um sanduíche.

- Quando chegou Cristóvão Com Lombo - revela, logo em seguida caindo na gargalhada e levando Jin junto.

Eu até tento rir, mas acabo me engasgando e tendo que forçar o bolo de comida garganta abaixo para não morrer sufocado.

Já recuperado da quase morte por engasgamento, de banho tomado e terminando meu sanduíche, eu só penso em passar o resto do dia com meus amigos, e é isso que eu vou fazer.

Apesar de estar comendo um sanduíche tão cedo do dia, eu não poderia estar mais feliz, tenho meus amigos e um dia inteiro para fazer todo tipo de loucuras e brincadeiras com eles.

E é isso que fazemos.

Jogamos: Banco imobiliário, Caras e Baralho.

Assistimos: Sempre ao seu lado ( e choramos muito como sempre), Meninas malvadas e Como treinar seu dragão.

Fizemos: Bolo, Pipoca e Brigadeiro de panela.

E no final da tarde fomos dar uma volta naquela praça aqui perto de casa e de lá mesmo nos despedimos, seguindo assim, cada um o seu rumo.

Voltei para casa e me peguei pensando em como esse dia foi ótimo, tirando a parte de que acordei em uma delegacia é claro.

Mas enfim, amo meus amigos e não sei o que seria de mim nessa cidade se não fossem eles.

I love you, my best friend.