Pov Emanuelly
– Alô... – Atendi a ligação de Alex que estava esperando a cerca de uma hora.
– Ema, peguei o homem. – Ela disse calma, mas sua voz denunciava raiva. – Esse sujeito deu trabalho e não parece disposto a abrir a boca, eu juro que tenho vontade de fazê-lo perder a língua, assim ele silencia para sempre.
– Não o machuque, eu preciso desse desgraçado vivo e consciente. – Adverti Alex ao perceber o quanto ela estava irritada e isso definitivamente não era um bom sinal. – Para onde você o levou?
– Estamos no esconderijo ao leste.
– Ok, estou a caminho.
Eu não costumava tratar pessoalmente de casos extremos, mas aquela situação estava indo longe demais e agora tinha virado questão de honra descobrir quem estava por trás das sabotagens utilizando minhas rotas de exportações.
– Emanuelly! – A voz autoritária de Edgar me parou no meio do corredor. – Para onde está indo? Nós temos uma reunião em poucas horas.
– Ô bonequinho de chumbo, em primeiro lugar eu te devo satisfação dos meus passos. Em segundo não preciso que você me lembre dos meus compromissos, é justamente para isso que tenho uma secretaria.
Me virei para sair, mas novamente a voz de Edgar me barrou, porém dessa vez a provocação me fez sentir uma irá jamais sentida.
– Sempre tão arrogante que às vezes chego até pensar que você não é uma bastarda, é puro sangue Santoro, mas sabe de uma coisa? Sua incompetência nos últimos tempos só me mostra ao contrário, o sangue ruim da sua mãe sobressai em suas veias.
Não raciocinei nas palavras de Edgar, quando percebi já estava praticamente esmagando meu irmão na parede fria do corredor que dividia nossas salas. Por mais que ele claramente tivesse mais força que eu, ele não tinha as mesmas habilidades, eu sempre fui melhor que Edgar no quesito de luta corporal.
– Anda perdendo a noção do perigo, irmãozinho? Experimenta falar mais uma vez no nome da minha mãe e eu juro que acabo com sua raça antes de você dizer sim no altar.
Eu conseguia sentir minhas mãos esmagando o pescoço de Edgar, seus lábios estavam começando ficar levemente roxos e por mais que ele tentasse se livrar das minhas mãos não conseguia, o que acabava tornando tudo ainda mais divertido.
– Me solta sua desgraçada. – Suas palavras saíram com dificuldades. – Eu vou acabar com você Emanuelly.
– Mas o que diabos está acontecendo aqui? – Albert surgiu do inferno bem no momento que a raiva que me consumia estava praticamente me fazendo mandar a alma sebosa do Edgar para o capeta jantar. – Solta ele Emanuelly. – Não me mexi um centímetro para obedecer à ordem do meu pai. – Solta ele, e já mandei.
Meu pai me puxou com fúria tirando-me para longe de Edgar que levou sua mão ao próprio pescoço enquanto tentava recuperar o fôlego.
– Essa idiota... Você quer me matar? – Edgar falava com dificuldade me fazendo rir e saborear o momento ao mesmo instante.
– Adoraria, mas nem para morrer você presta.
– Quem vai me explicar o que está acontecendo aqui? – Meu pai parecia furioso, mas eu não me atingia.
– Olha bem para minha cara, Albert. Vê se eu tenho cara de quem vou perder meu tempo brincando de papai e filhinha enquanto você tenta ser o pai exemplar que nunca foi. – Dei dois passo em direção a saída, mas voltei me virar para os dois que me encaravam surpresos pela resposta que dei. – Já que gosta de brincar de ser pai de vez em quando aconselha seu filhinho nunca mais falar no nome da minha mãe ou eu juro que você presenciará o enterro de um dos seus filhos.
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O jogo do amor
RomansaUma família tradicional comandada pelo o poderoso Germano Santoro, homem frio, sério e tem quem diga que é também sem escrúpulos algum quando todo seu império está em xeque. Todos os membros da família Santoro, vivem seus dias sob ensinamentos rígi...