capítulo 24

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Capítulo narrado por Ludmilla

- Então é isso senhorita oliveira, como pode vê no gráfico os materiais tem chegado, e temos conseguido reduzir o desperdício em 50%.

Olhei para os papéis na minha frente, o barulho da britadeira, e do martelo batendo o prego na madeira ecoava sobre todo o local, barulhos habituais que ecoam sobre uma construção.

- Ainda não está bom Juarez, 50% em uma margem de 100% no quesito desperdício definitivamente não está bom.

O homem tirou o capacete da cabeça e coçou os cabelos em um sinal claro que não havia gostado do meu comentário.

- Estamos trabalhando nisso senhorita, eu não sei mais o que fazer, eu pensei que estávamos indo bem.

Declarou voltando a colocar o capacete na cabeça.

- Olha, eu não costumo me contentar com pouco eu sempre exigo o melhor do melhor, porque eu procuro ser melhor.

Entreguei as folhas para o homem que era o chefe de obras.

- Eu vou ver o que eu faço então!

Sorri maneano minha cabeça em negativo:

- Não senhor Juarez, o senhor não vai ver o que vai fazer, o senhor vai fazer algo imediatamente pra reduzir ainda mais o número de desperdício, um bom líder sempre sabe o que fazer, busca sempre por soluções e não por desculpas.

- Sim senhorita é isso que eu vou fazer.

- Ok, agora me leve para conhecer a obra.

Pedi arrumando minha roupa, agradeci por ter colocado uma calça social justa, uma blusa ombro a ombro bege, e por cima um blazer branco ,nos pés estava com uma botina com um salto baixo marrom.

- Me acompanhe.

Pediu andando na frente, lembro como se fosse hoje a primeira vez que visitei uma obra sozinha, todos os empreiteiros ficaram fazendo piadinhas e soltando assobios, tive que lutar bastante pra impor respeito, a mulher nunca pode ser simpática ou até mesmo permisiva nesse meio da construção Civil por que eles interpretam como se estivesse dando permissão para flertes .

Então, tive que demitir bastante funcionários quando eu visitava as obras por conta de comentários e piadas machistas.

- Aqui estamos trabalhando para...

Meu celular tocou interrompendo o que o homem explicava, era Brunna.

- Desculpa, mas preciso atender.

Informei tomando um pouco de distância.

- Oi Brunna.

Falei percebendo que tinha funcionários por perto.

- Brunna é?

Sorri.

- Não é seu nome?

- Pra você é amor, mas acho que posso começar a te chamar de ludmilla.

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