capítulo 34

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- O que você falou para Luanne ? - Perguntei me aproximando de Mia que estava organizando as notas do caixa. Ludmilla já havia ido embora.

- Disse que a qualquer sinal de má educação da parte dela, eu corto a língua dela e misturo no preparo para biscoitos e bolo.

Olhei abismada para ela.

- Meu Deus, Mia!

- O que? Uma ameaça de leve no hace mal a nadie. - Disse dando de ombros.

- E dei o uniforme, expliquei como as coisas funcionavam e acredita que ela foi logo perguntando do pagamento? De boba ela não tem nada. - Brincou a olhando por cima dos óculos, luanme estava retirando as louças sujas das mesas vazias.

- E como vai ficar isso?

- Ué, se ela está trabalhando, nós devemos pagar né? Mesmo que a idéia tenha partido de Silvana, seu pai foi firme quando disse que o salário seria de nossa responsabilidade, e eu concordo. - Disse fechando a caixa registradora.

- Bom, que Deus nos ajude e a ajude também. - Finalizou fazendo o sinal da Cruz.

[...]

Eu estava bem acomodada na minha cama envolta e aquecida de cobertas grossa, já que o tempo em Miami havia mudado e esfriado mais do que normalmente. Fui dormir com cólica ouvindo música românticas dos anos 80, 90. Eu amava, me fazia dormir rapidamente e tranquilamente.

Sentir uma pessoa me beijando e sorri, eu nem precisava abrir os olhos para identificar quem era, o perfume e a forma como nossos lábios se tocavam eram únicos.

- Acorda, meu amor.

Sussurrou no meu ouvido, me espreguicei e abrir os olhos vendo minha mulher parada me observando, ela estava com uma calça preta que remetia ao couro, uma blusa de gola alta branca e um sobretudo que vinha até os joelhos, toda dark. Seus cabelos estavam soltos e jogados para o lado.

- Que horas são? - Perguntei coçando os olhos que estavam pesados.

- 2:00 da manhã. - Olhei para ela surpresa, nenhuma boate fechava essa hora.

- E você já está aqui? - Ela assentiu colocando uma sacola de papel do lado, e dois copos térmicos do Starbucks que estavam sobre uma espécie de suporte, que as cafeterias disponibilizam para seus clientes para viagem.

- Sim, nesse frio ninguém quer sair para dançar, digo, a boate estava com um movimento razoável, mas não tão intenso, então deixamos para os funcionários fecharem tudo...

- Entendi, que bom assim você chegou cedo.   Disse manhosa.

- Sim, e olha o que eu trouxe para nós duas, chocolate quente e pretzel.

Sorri.

- Comprando na concorrência? - Ela sorriu amarelo.

- Só hoje.

- Eu amo pretzel, trouxe de qual sabor? - Perguntei pegando a sacola.

- De canela e banana.

Sorri amplamente, o pão ainda estava morno.

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