05-Vai dormir aqui

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- Sol, acorda - Steve pula em cima de mim

- Me deixa em paz, é sábado- puxo o cobertor cobrindo meu rosto.

- Me ajuda Sol - ele se deita em cima de mim, me deixando sem ar.

- Cinco minutos - me sento.

- Me ajuda a arrumar a casa? - gargalho

- Ah vai a merda Steve - me deito de novo - Era o que me faltava mesmo, me acordar para pedir ajuda pra arruma a casa.

- Te dou churros - ele diz e deita na minha frente encarando meus olhos.

- Você acha que vai me convencer a lavar louça me oferecendo minha comida preferida? - pergunto.

Era só o que me faltava.

[...]

- Steve cadê o rodo? - pergunto indo até o banheiro que ele estava lavando.

- Deve estar no banheiro social - ele diz enquanto lavava a privada fazendo careta.

Poise, eu sei.
Mas em minha defesa ele ofereceu cinco churros e ainda aceitou a condição de lavar todos os banheiros.

E aqui estou eu, toda encharcada porque não sei lavar vasilha sem me molhar.

Depois de horas que pareciam dias nos terminamos de arrumar a casa que nem estava tão suja assim.

- Finalmente - eu e Steve nos jogamos no sofá depois de tudo limpo. A casa cheirava a desinfetante de rosas.

O celular dele começa a tocar e o mesmo atende levando o aparelho até o ouvido.

- E aí... Tudo certo... Beleza.... Vem lá pelas oito... Falou - desliga.

Encaro ele com as mãos na cintura.

- Não acredito que você me fez limpar a casa para seu amigos virem para cá - jogo uma almofada nele, mas ele se desvia.

-Talvez?- pulo em cima dele o fazendo dar alguns passos para trás segurando meus braços.

- Calma, quem vai vir é só Júlia e..- interrompo.

- Anão Steve, vai me fazer de vela de novo? - me sento no sofá de braços cruzados.

Já estava acostumada de ser vela, não que que quisesse ter alguém. Longe de mim. Mas é que...vê se tem coisa mais chata do que ficar ouvindo o barulho de beijos de outras pessoas? Não, é a pior coisa do mundo.

- O Dylan também irá vir - ele diz e arregalo os olhos.

Os dois já estão íntimos assim?

- Dylan?! - pergunto.

- Algum problema? - ele diz levantando uma sombrancelha e fazendo cara de malandro que só ele sabe fazer.

- Não. Por que teria? - me levanto e subo as escadas mas antes ouço a risada de Steve.

Vou para meu quarto e me jogo na cama. Estou morta de cansaço.
Tia Luci trabalha durante o dia no sábado, provavelmente chegará quando Júlia e Dylan já estiverem aqui.

Dylan é um cara legal e espontâneo. Consegue fazer amizade muito rápido, ainda não entendi por que ele se aproximou de mim. Justo eu, a invisível do colégio.

Aceitei ser sua "amiga" por educação, mas espero que ele não ache que tenha intimidade comigo. Nunca tive amigos, mas acho que não é assim que funciona. Conheço ele não tem nem uma semana.

Passei o resto do dia desenhando. Flores, era o que eu mais gostava de desenhar. Elas me transmitiam paz e despertava o melhor de mim, principalmente margarida que era a preferida de minha mãe Suzana.

Uma Chance Para O Amor |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora