07-Estão namorando?

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- Ser um lobisomem com certeza - Dylan diz colocando um salgadinho na boca.

- Não - falo rindo - Um vampiro seria bem melhor

Ele nega.

- Lobisomens são bem mais legais - me olha - eles se viram em lobos!

- E vampiros são imortais - digo tentando o convencer.

Depois de Dylan perguntar se eu preferiria ser um vampiro ou lobisomem eu estava considerando não ser mais sua amiga pelo fato dele querer lobisomem e não vampiro.

- Okay - ele se ajeita se sentando de lado na arquibancada - Edward ou Jacob?

- Jacob - digo.

- Viu?! Você também prefere os lobos - ele sorri convencido e eu jogo um salgadinho nele.

- Essa não valeu - digo e ele da de ombros.

Já fazia quase um mês que Dylan e eu nos aproximamos, no começo achei que essa "amizade" não duraria nem uma semana pois já vivi uma história parecida. Mas acho que Dylan apareceu para fazer outra história na minha vida.

Apesar de ser do time e poder estar no refeitório sendo bajulado por todas as garotas, ele sempre ficava comigo na arquibancada olhando pro nada.

O sinal toca e nos levantamos andando em direção as sala, agora teríamos aula de música.

Viramos o corredor depois de deixarmos as bandejas no refeitório. Enquanto andávamos eu ria de alguma coisa que Dylan havia dito, rir agora era constante.

Estava tudo bem até Ed se esbarrar propositalmente em Dylan o fazendo dar alguns passos para trás.

- Olha por onde anda imbecil - Ed diz e Dylan sorri sarcartiso.

Ele abre a boca para responder Ed, mas eu toco em seu braço ganhando sua atenção.

- Vamos para a aula - puxo o mesmo mas paramos assim que ouvimos Ed.

- Vem cá - ele pragueja - Vocês estão namorando?

Engasgo com minha própria saliva.

- Nã.. - sou interrompida.

- E isso importa para você? - Dylan pergunta.

- Por que importaria? - ele me olha e pisca repentinas vezes.

- Então, já que não se importa - Dylan olha Ed e passa o braço por meus ombros - Tchau.

E assim saímos dali em direção a sala de música. Dylan não tirou o braço de cima de mim, e também não me importei.

Ao passar pela porta recebemos alguns olhares, principalmente de Cat que pude ver a fumaça saindo de sua cabeça.

A aula começa normalmente, me surpreendi ao ver Dylan ficar na parte de canto. Eu ao contrário ficava nos instrumentos, peguei o triângulo que era o mais fácil e quase nunca era usado.

- Okay, vamos pro aquecimento - a professora disse e os "cantores" começaram a aquecer a voz.

Depois deles ficarem um bom tempo soltando soltando barulhos estranhos da garganta a professora pede alguma sujestão de música e uma das alunas pede uma música do Lewis Capaldi.

A professora Martz se põe de pé diante deles e cada aluno pega seu respectivo instrumento, por minha sorte não terei que tocar.

Martz aponta para a garota que pediu a música fazendo um sinal para ela começar a cantar. A menina tinha uma voz simplismente incrível.

Enquanto ela cantava, Martz passa o olho por todos os alunos e para no Dylan, em seguida ela aponta pra ele que se prepara para cantar.

- I'm going under and this time I fear there's no one to turn to
This all or nothing way of loving got me sleeping without you
Now, I need somebody to know, somebody to heal
Somebody to have, just to know how it feels
It's easy to say, but it's never the same
I guess I kinda liked the way you helped me escape

- Estou afundando e desta vez temo que não haja ninguém a quem recorrer
Esse jeito tudo ou nada de amar me faz dormir sem você
Agora preciso de alguém para conhecer, alguém para curar
Alguém para ter, só para saber qual é a sensação
É fácil dizer, mas nunca é o mesmo
Acho que eu meio que gostava do jeito que você me ajudava a escapar

Ele começa a cantar e eu abro a boca impressionada, a voz dele era... Perfeita. Dylan olha para mim e sorri balançando a cabeça por minha reação e eu bato palmas sem fazer barulho sorrindo.

A professora faz um sinal para todos começarem a cantar juntos com Dylan, mesmo com todas as vozes juntas eu conseguia ouvir apenas a voz dele enquanto o mesmo não desviou o olhar de mim.

Senti meu coração esquentar.

[...]

- Por que você não me contou que sabia cantar tão bem assim? - bato em seu ombro sem força enquanto andávamos para o lado de fora da escola.

- Pensei que essa informação fosse insignificante - ele da de ombros.

- Sabe que agora você vai ter que cantar pra mim sempre né? - digo e ele ri.

- Todas as músicas que você quiser - ele fala com um tom brincalhão.

- Bom mesmo - digo convencida.

- E você vai ter que desenhar de biquinho - ele diz e eu reviro os olhos.

- Você é obcecado por esse biquinho né? - ele faz o bico com os lábios me fazendo rir.

Me despeço dele assim que vejo que Steve está indo em direção ao seu carro e ele vai para seu acenando com a mão para mim.

Continua...

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