28- DNA

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Júlia e Steve aparecerem pouco tempo depois se sentando ao nosso lado. Os dois sorriam mais que palhaços.

- Gente, vocês ficaram sabendo que Ed e Cat foram expulso? Que absurdo - Júlia diz em um tom debochado.

- Como vocês sabem disso? - pergunto.

- A escola toda já sabe, Sol - Steve diz dando uma mordida no seu lanche.

- Foi alguém que disse, mas não faço ideia - Dylan diz.

- Poise, também não faço ideia - Júlia desvia o olhar.

- Foi você? - eu e Dylan perguntamos no mesmo instante.

Ele sorri maliciosamente.

- Não ia deixar eles passarem em branco depois de quase destruir meu casal - diz me fazendo rir.

- Você e fogo - ela da de ombros.

Steve volta sua atenção para nós com uma sombrancelha levantada.

- Falando em casal, quando que vocês vão assumir o namoro? - me engasgo com minha própria saliva.

Fecho meus olhos com força.

Não, não, não. Isso é muito constrangedor.

- Verdade e o pedido? - Júlia comenta

- Não precisa fazer isso - falo só para ele.

- Claro que precisa - diz e nego - Não tenho aliança aqui.. mas, Sol você aceita namorar comigo?

Sorrio quando ele segura minhas mãos.

- Pensei que já estivesse claro - ele sorri e me beija.

Bom, acho que estou namorando.

[...]

- Fica calma - digo para mim mesma.

Acabo de chegar em frente ao hospital onde diz o meu exame junto com Tom.

Estou com medo, medo de minha vida ter sido uma mentira de ter passada anos da minha vida acreditando que Jaden era meu pai, que meu pai matou minha mãe.

Mas em compensação, não ter Jaden como pai irá ser um alívio. E saber que o homem que me deu a vida amava minha rainha é melhor ainda.

Steve segura minha mão me incentivando a andar para dentro do local.

De longe posso ver Tom, ele andava de um lado para o outro balançando sua mão. Se eu não estivesse tão nervosa poderia rir dele.

Um sorriso é lançado a mim quando ele me vê. Em passos rápidos ele se aproxima e cumprimenta a todos com um aperto de mão.

- Pensei que você tinha desistido - ele diz.

- Acho que minha curiosidade não deixaria eu desistir - ele ri.

- Vamos? - anuo.

Caminhamos até o balcão e pedimos o resultado dos exames.
A mulher abriu uma gaveta e pegou uma passada amarela, dedilhou alguns envelopes e puxou um. Assinamos alguns papéis e finalmente estávamos com o resultado em mãos.

- Você merece saber primeiro - Tom me entrega o envelope.

Com as mãos trêmulas pego o papel e o abro. Passo meus olho por toda a extensão, alguns nomes científicos, números e..

Conclusão

Considerando a conhecidência em, pelo menos, um alelo entre o suposto Pai e o(a) Filho(a) Investigante, em todos os marcadores testados e uma probabilidade maior que 99,999999%, concluímos que Tom Collins é pai biológico de filha Sol Backer.

- E aí? - a voz de Dylan me faz voltar a realidade.

Ele é meu pai

Sinto a primeira lágrima cair, não consigo dizer absolutamente nada. Entrego o envelope para Tom para que ele mesmo descubra.

Os olhos claros deles percorrem todo o papel e para no resultado. A feição nervosa de seu rosto da lugar para um sorriso enorme.

Tom passa as costas da mão em seu rosto para limpar as lágrimas antes de me olhar.

- Filha! - ele sussurra.

Posso ouvir a comemoração da tia Luci e de Grace. Steve apenas sorria enquanto Dylan chorava mais que eu.

- Aí meu Deus, eu acho que vou desmaiar - Tom diz sorrindo - Eu tenho uma filha, ouviram? Uma filha - grita.

Arregalo os olhos enquanto ele comemora, contando a todos que agora tem uma filha. Sou eu.

Ele se aproxima de mim.

- Posso? - abre os braços.

Não respondo, apenas abraço seus ombros abraçando meu pai.

Em toda a minha vida, eu nunca fui chamada de filha, nunca recebi um abraço, nunca fui querida, nunca fui desejada.

E em menos de horas que descubro quem é meu pai de verdade eu já vivi isso tudo.

- Eu prometo ser a melhor pessoa, Sol - diz ainda me abraçando - Me desculpa por não ter aparecido antes, eu poderia ter mudado tanta coisa..

- Acredito que tudo aconteceu da forma que deveria ter acontecido - digo me afastando - Não se culpe pela morte dela.

- Tudo bem - ele sorri - Se não for rápido demais, eu quero te levar na casa dos meus pais... Dos seus avós.

- Avós? Tipo vô e vó? - ele anui.

Nunca tive contato com meus avós parte de mãe, e nem quero pois eles são os verdadeiros culpados pela morte da própria filha.

- Eu vou amar.

Nossos familiares se aproximam para nos parabenizar. Acho que nunca estive tão feliz.

Continua..

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