Acordo com a luz do dia batendo em meu rosto. Por que sempre esqueço de fechar a cortina?
Vou para o banho e logo após coloco uma calça preta com um moleton verde musgo e por fim um tênis branco que sempre uso.
Saio do quarto indo em direção a cozinha onde sou recebido por um cheiro maravilhoso de panquecas.
- Filho! - dona Grace me olha enquanto joga mais uma massa pro ar pegando a com a frigideira - Bom dia.
- Bom dia - me aproximo e dou um beijo em sua bochecha.
Dona Grace, a mulher que mudou minha vida, me amou sem ao menos né conhecer. Vivi no orfanato até meus onze anos, já estava sem esperanças mas, em uma sexta-feira de calor ele e seu marido apareçam. Eles tinham tantas opções, crianças novas mas eles me escolheram.
Minha mãe biológica morreu no parto e meu pai me deixou na porta do abrigo pois não tinha condição de criar um filho sozinho pois o mesmo já estava doente. Como eu sei disso? Ele deixou um bilhete e um colar que uso até hoje dentro da cesta que eu estava. Eu não os conheci mas os amo tanto.
Muitas pessoas teriam raiva do pai, mas eu não. Talvez ele tenha agido no calor do momento não pensando no futuro, mas eu sei que ele estava apenas preocupado e não queria que eu sofresse.
Quando eu já estava perdendo a esperança de ser adotado Dona Grace e Paul apareceram e me fizeram o garoto mais feliz do mundo. Infelizmente meu pai adotivo teve uma doença que não tinha mais cura e se foi a quase dois anos.
- Mãe?- digo enquanto a ajudo colocar o café da manhã sob a mesa - Vou almoçar no sítio hoje.
- Mas por que? - ela pergunta e nos sentamos começando a comer.
- Quero levar uma pessoa lá - digo baixo e posso ver o sorriso dela.
- Posso saber quem é? - ela pergunta.
- Em breve - me levanto dando um beijo em sua testa e saindo de casa mas antes pegando a chave do sítio.
Enquanto dirigia em direção a escola pensava de era uma boa ideia levar Sol lá. Na verdade eu nem sabia porque eu estava fazendo aquilo, algo dentro de mim pedia por isso.
Desço do carro quando termino de estaciona-lo no estacionamento.
Vejo uma cabeleireira loira vindo em minha direção com um sorriso no rosto assim que entro na escola.Viro para outro corredor tentando fugir dela. Cat era uma garota legal e muito bonita porém não entende que não quero nada com ela.
A mesma já tinha tentando me agarrar umas três vezes e em uma delas conseguiu um selinho roubado.
Confiro se ela está perto de mim e entro em uma sala cheia de vassouras e produtos de limpeza, deduzo ser a sala do zelador. Ouço passos.
- Pra onde ele foi? - reconheço a voz de Cat.
- Deve ter ido para o banheiro - uma de suas amigas diz e logo ouço passos novamente.
Espero alguns minutos antes de sair da minúscula sala.
Abro a porta devagar para não chamar atenção, coloco a cabeça para fora e agradeço mentalmente por não ter praticamente ninguém no corredor. Termino de abrir a porta e começo a andar ainda olhando para a direção que elas seguiram.
Paro de andar quando sinto um impacto no meu peito, olho para frente vendo Sol sentada no chão e me olhando preste a me matar.
- Desculpa - a ajudo a levantar.
- Te contar um segredo - ela diz com um tom de sarcasmo na voz - Quando você for andar, tem que olhar para a direção que está indo não para a oposta.
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Uma Chance Para O Amor |Concluída|
Romantizm- Ela não acredita no amor . - Ele quer faze- lá feliz. Marcada por um passado traumático, Sol deixa de sonhar com príncipes que chegam em cavalos brancos para salvar a pobre jovem com um beijo de amor verdadeiro e começa a acreditar que O AMOR NÃO...