18-Dylan que lute

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Sol narrando

Dylan está cada vez mais perto de mim, e mesmo se eu quisesse não conseguiria desviar porque pela primeira vez eu queria que isso acontecesse mas ao mesmo tempo não.

Posso sentir sua respiração se misturar com a minha, mas minha pequena faísca acaba quando ele desvia seu rosto depositando um beijo demorado em minha bochecha, não tão na bochecha assim. O beijo foi no canto da boca.

Minha vontade era puxar ele, e colar nossos lábios.

Que safada.

O desapontamento da "platéia" é nítido e o meu também.

Ele me olha com um sorriso nos lábios e me conduz para descer do palco.

Ganhamos o tal prêmio mas acabamos presenteando Júlia e Steve já que eles são namorados e merecem essa saída para o cinema.

Não consegui aproveitar o resto da noite já que meu pensamento estava sempre no momento em que eu e Dylan tivemos. O som de voz no meu ouvido, seu toque, seu cheiro...

Já era quase meia noite quando nos despedimos e cada um seguiu pra suas casas.

Assim que cheguei em meu quarto tomei um banho apenas para tirar a adrenalina que ainda estava presente em meu corpo.

Devidamente vestida, desço para sala encontrando Steve sentado no sofá vendo algum filme que desconheço.

Me aproximo e me deito colocando minha cabeça em seu colo. Steve sempre foi especial para mim, ele é como um irmão mais velho para e sei que posso contar tudo para ele.

- Steve - falo baixo depois de alguns segundos em silêncio.

- Hum? - ele resmunga enquanto fazia alguma coisa no meu cabelo.

- O que você sentiu quando soube que...- forço uma tossi- Gostava da Júlia?

As mãos dele param de mexer em meus cabelos mas depois de um tempo voltam.

- Por que quer saber? - pergunta

- Porque... - me levando me sentando encarando seus olhos - Ultimamente eu tenho sentido coisas

- Que tipo de coisas?

- Ah - dou de ombros - Coração acelerado, choques estranhos, arrepios - eu estava morrendo de vergonha.

- Eu sentia isso quando descobri que gostava da Júlia - ele sorri - Dylan?

Talvez eu esteja errada, talvez isso não é gostar, talvez eu esteja agindo por impulso.

Mas que mal tem em arriscar?

- É - abaixo a cabeça mexendo em meus dedos.

- Então, se eu fosse você não esconderia dele - diz chamado minha atenção.

- Mas, eu não sei se é o certo ao fazer - digo

- É claro que é, mas só faça se estiver pronta.

O abraço segurando em seu tronco.

- Obrigada - digo.

- Você não sabe a felicidade que estou sentindo por finalmente você estar se abrindo.

Eu estou gostando dele.

[...]

- Por que eu não posso ir de calça? - pergunto assim que entramos na loja de vestidos.

- Se você não gostar de nem um, você vai de calça - Júlia diz.

Uma mulher alta com a pele bronzeada aproxima de nós com um sorriso simpático.

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