Seventeen || Strong Promises

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Bakugou corre para o estacionamento depois de conseguir acalmar a mulher do outro lado até que ela compreenda quem ele é, ainda que dizer ser o namorado de Midoriya tenha sido algo um tanto impensado quando a amiga do rapaz mal tinha uma prévia sobre sua existência.

O endereço é enviado para o seu celular e sem perder mais tempo o loiro pega o carro e cruza uma série de semáforos completamente focado em chegar no hospital na metade do tempo que o aplicativo de mapas previa. Sua mente está fervendo e sua maior irritação é voltada ao fato de Izuku ter simplesmente saído sem chama-lo, ele entenderia a situação e o faria chegar no local mais rápido do que qualquer outra pessoa, mas no momento, pensar nisso não o levaria a lugar nenhum.

O loiro estaciona o carro de qualquer jeito no meio fio e sai do veículo quase estraçalhando a porta ao batê-la, a primeira coisa que ele vê ao encontrar a recepção com os olhos e o rapaz de cabelos verdes totalmente descabelado, a camisa que ele havia usado para dormir, as calças meio amarrotadas e sequer tinha sapatos nos pés. Bakugou fica ainda mais preocupado ao vê-lo completamente suado e só então se dá conta da verdade, pelo visto Midoriya tinha chego ali literalmente correndo.

O que Katsuki havia concluído estava certo, depois de receber a ligação de sua amiga desesperada dentro da ambulância Izuku sentiu o terror se instalar em seu corpo até chegar aos ossos, ele não pensou duas vezes antes de vestir sua calça e sem nem se importar em colocar os sapatos saiu porta a fora correndo o mais rápido que podia. Ele quase foi atropelado pelo menos duas vezes e murmurou mais desculpas do que podia contar devido aos esbarrões que dava em alguns pedestres no meio de sua maratona, ele corria desesperadamente e sua respiração ainda estava ofegante quando perguntou à recepcionista onde estava sua mãe.

- Ela está sendo atendida pelos médicos agora, mas o senhor só vai conseguir mais informações no andar da UTI – A recepcionista diz e Izuku sente sua mente girar com a informação recebida. Ela está mal ao ponto de estar na UTI e ele mal tivera a decência de estar lá quando ela precisava.

O rapaz se vê paralisado no mesmo lugar, suas pernas tremem pelo esforço feito para chegar até o hospital e suas mãos apertam o balcão da recepção até que as juntas fiquem brancas pela força empregada. Bakugou se aproxima dele lentamente como se temesse que ele fosse quebrar a qualquer momento, mas ao pousar sua mão no ombro do menor, Midoriya sequer move um músculo para olhar em sua direção.

- Onde é o andar da UTI? – Katsuki toma a frente e absorve completamente a explicação da recepcionista enquanto fita o esverdeado ao seu lado que está mais pálido que uma folha de papel. – Você pode me arrumar calçados ou algo do tipo? – O loiro questiona a enfermeira rapidamente e ela assente sem entender, dispondo de um pacote fechado com alpargatas descartáveis que os pacientes costumam utilizar.

Com certa cautela, Bakugou se abaixa e ergue um pé de cada vez do rapaz estático, colocando os calçados para que ele ao menos não continue caminhando descalço dentro do hospital. Quando ele se levanta, Izuku está olhando para ele com um semblante confuso.

- O que você está fazendo aqui? – Midoriya questiona com um tom de voz agressivo que não condiz com sua atitude, suas mãos agarram a camisa do maior e ele parece segura-lo por medo de que ele fuja e o deixe sozinho. Ele não gostaria de estar sozinho naquele momento e também não queria ser um estorvo tão grande para alguém importante e influente. Aquilo só alimentava a insegurança que o cercava desde o começo, ele tinha problemas demais para carregar e seria apenas um peso para quem estivesse ao seu lado. Bakugou não merecia tanto trabalho, não merecia ter algo que lhe deixasse estagnado, contudo, como faria para deixar de querer a presença do loiro ao seu lado?

- Não saia correndo assim, da próxima vez você me acorda – Bakugou apenas diz isso sem se abalar pela dualidade de emoções que o esverdeado passava com seu descontrole. Ele se sentia horrível por não ter ajudado no primeiro momento em que Midoriya recebera aquela notícia e agora ele só estava prezando pelo bem-estar do rapaz e nada além disso, jamais sentiria vontade de estar vendo todo o caos se desenrolar na vida da pessoa que ele almeja sem ao menos se dispor para auxiliar como pode.

The Emerald Masked || BakuDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora