N/a: Leiam esse capitulo com atenção.
__________Suburbio de Paris, França. — 2022.
O bistrô seguia cheio diante de seus olhos verdes cansados, era oito horas da noite e seu turno se encerrava as dez, com o peso do cansaço correndo em suas veias, continuou trabalhando em busca de distrair a ansiedade pelo vício adquirido há dois anos atrás.
Clientes chatos, pedidos servidos, "você realizará o pagamento no cartão ou no dinheiro?", senhoras gentis, bebês de choro esganiçado, seu chefe acelerado e sempre bem humorado os incentivando a trabalhar com empenho.
Finalmente livre.
Com a jaqueta jeans nos ombros — porque sua jaqueta de couro... bem, ela já não sabia dizer como sua jaqueta estava e aonde estava — um cigarro Camel perdido na boca e passos largos diante das poças de água, caminhava na direção da garota loirinha de pele bronzeada, baixíssima, passava um ar angelical puramente mentiroso.
Aquela garota era terrível.
— Hey, Ally. — Lauren Jauregui se sentou na mesa do barzinho, logo sendo recebida por um copão suado de cerveja que fez os olhos verdes brilharem em relaxamento. Trabalhar era desgastante, ter seu próprio dinheiro era bom, mas terminar um turno e despedir-se dele diante de uma dose de álcool com amigos em plena sexta-feira...
Era perfeito.
— Hey, Laur. — A loira sorriu animada, enquanto observava o movimento diante do bar cheio.
Fim de semana, a boemia parisiense naquele local de baixo porte levava até Lauren Jauregui a calmaria que necessitava, com tragos atrás de tragos, fotografava com os olhos verdes todos os olhares, fisionomias, trejeitos. Naquela área da cidade era muito comum pessoas de descendências africanas, seja ela da parte norte ou sul, negros ou árabes. Ali estava a maior diversidade cultural oferecida por imigrantes na cidade.
— Dinah e Normani, onde estão? — Perguntou casualmente, enquanto acendia outro cigarro em meio ao último que já se perdia no cinzeiro.
Era o terceiro.
— Estamos aqui, green eyes. — Dinah Jane, como sempre espalhafatosa agarrou a Jauregui por trás e a encheu de beijos, enquanto Normani lhe oferecia um sorriso e um selinho na têmpora.
Era inacreditável pensar no quão inseparáveis se tornaram em tão pouco tempo.
— Pensei que fossem me abandonar para foder a noite inteira na republica como duas universitárias fogosas. — A Jauregui debochou sem escrúpulos, com a voz rouca explodindo em gargalhadas após a cara de espanto de Dinah. — Oh, Normani.. Oh... — Afinou a voz em meio a gemidos falsos, enquanto tragava mais da nicotina de forma exagerada, sendo acolhida pela risada de todas naquela mesa.
— Garota? Você perdeu o juízo? — A loira mais alta ameaçava. — Não é porque está portando desenhos ridiculos de tatuagens no braço que de repente virou uma gangster, nós sabemos que você não teria coragem de matar ao menos uma barata sem soltar gritos histéricos de burguesa safada.
— Ouch, DJ, essa doeu. — Os olhos verdes cerraram-se em antipatia, mas tudo não passava de brincadeira.
Ally, a loira baixinha, sorriu ao observar a amiga tão mais leve, mesmo que, na calada da noite, a mesma acordasse em meio a berros e gritos esganiçados em busca da tal Camila qual a Jauregui nunca sequer lhe explicou direito do que se tratava. Mas nem precisava, os ataques de ansiedade eram certeiros, a forma como suava em meio a seus chamados, eram tão sofridos e cheio de saudade, não havia meios para não perceber o óbvio.
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Me Ame Se For Capaz - Camren fanfic
FanficMuitos dizem que os opostos se atraem, mas sejamos francos. Há algo de mais insuportável do que ver no outro os seus próprios defeitos? - Me Ame Se For Capaz. Seguindo algumas vertentes da Teoria do Caos - criada para fins matematicos, fisicos e e...